Capítulo 30 Come se non fosse stato mai amore

669 39 35
                                    


Cheguei extremamente cansada e fui para o apartamento, deixei meus pertences e as joias que ganhei, tomei banho e fui para casa.  So pensava nela, encontra-lá, me redimir, sentia tanta angústia.

Aquela quarta feira estava fria e triste e meu coração estava agoniado, não estava pensando em nada só na Camila e meus pressentimentos não eram bons.


Liguei insistentemente para Camila e ela não atendia, tentei diversas vezes. Cheguei em casas beijei e abracei a família e fui para o quarto ligar para Camila. Cada minuto que passava aumentava minha aflição, queria bater na porta de sua casa e olhar em seus olhos, pedir desculpas, abraça-lá, queria tanta coisa, porém não tinha coragem, sabia que ela estava magoada e ser rejeitada por ela era demais para mim.


Depois de mais de 50 chamadas ela atendeu.


--Camila meu amor, precisamos conversa, vou na sua casa.


--Juliane ou Mariane?


--Claro que é a Juliane, tô morrendo de saudades, preciso explicar o que aconteceu, você precisa me desculpar.


--Eu não quero mais te ver, já deu Juliane, para você é fácil separar Mariane da Juliane,  mas para mim não, não quero isso para mim, vi as fotos, você estava curtindo muito seu cliente, acho que você gosta do que faz, não tenho sangue para aturar isso, vou acabar morrendo de tristeza, não quero mais.


--Não fala assim, é só trabalho. -O nó em minha garganta me impediu de falar mais alguma coisa.


--É mesmo, você sente prazer? Você pensa em mim quando transa? Será que é só trabalho? Porque não aceita minha ajuda? Reponde Juliane!


--Por favor, me entende, eu amo você, não me deixa, não posso fica sem você, vamos conversa, não quero falar pelo telefone.


--Eu não vou te encontrar Juliane, você tem uma escolha, deixa esse trabalho, caso contrario me esqueça, não aguento mais, não há amor que resista, você não sabe o que sinto toda vez que sei que você tá trabalhando... -Ela começou a chorar e não conseguiu terminar de falar.


--Eu vou deixar, mas agora não da, espera mais um ano e eu consigo deixar essa vida. -Falei baixo para meus pais não ouvir.


--Não da Juliane, você parece que gosta dessa vida, que orgulho é esse que rejeita minha ajuda, mas aceita as propostas loucas dos seus clientes? Estou morrendo aos poucos, você me mata a cada saída sua, nunca pensei que o amor poderia doer tanto. -Ela falou chorando e eu comecei a chorar.


--Eu não gosto, você sabe disso. Queria estar com você, ficar com você, so durmo bem ao seu lado.


--O que eu sei é que para mim já deu, Juliane espero que você reveja suas prioridades e adianto que não vou esperar você um ano, que depois virará dois, depois três, seja lá quantos forem, eu quero alguém só meu, eu não aguento mais esse amor dividido. Eu quero que você entre agora por esta porta e diga que esta comigo para sempre e que será so minha, caso contrário nem venha.


--Eu deixo de trabalhar aos domingos, vou aceitar o estagio no hospital que meu orientador ofereceu, mas não desiste de mim. -Implorei chorando.


--Não da Juliane, adeus.


--Você não pode fazer isso, pelo menos tenha coragem de falar isso olhando nos meus olhos. -Falei entre lágrimas.


--Você sabe que eu te amo, e não conseguiria falar isso olhando para você, é o melhor para nós, vou sofrer, mas é melhor assim, do que deixar esse amor morrer aos poucos.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora