Capítulo 23 Sinto sua falta

758 47 20
                                    


Cheguei no meu apartamento e não demorou para bater um arrependimento, o que estava fazendo com a minha vida? Estava na cara que aquela relação não tinha futuro e que só iria me machucar, me arrependi amargamente do que tinha acontecido, mas o ser humano quando esta apaixonado é um ser ainda mais irracional, logo eu que tanto me orgulhava de ser racional estava agindo impulsivamente movida pelo coração. Meus sentimentos eram sincero, mas não poderia ficar com ela, iriamos acabar nos machucando.


Na hora veio uma decisão, ignorar a Camila, chamada, mensagens, não voltaria a vê-la para o nosso bem. Parte de mim sabia que não conseguiria manter essa decisão, não depois de ter estado com ela, sentido tudo que senti, não dava para fugir do amor, mas estava decidida a tentar me esconder.


Deitei e peguei no sono acordei com o celular tocando insistentemente, tinha esquecido de desligar, olhei o visor e reconheci o número, era Letícia.
--Alô. -Atendo com uma voz de sono.

--Oi, Mariane, desculpa está ligando, mas fiquei preocupada com você, tu esta bem?

--Tô ótima Letícia.

--Você foi tão rápida mais cedo, dizendo que teve um imprevisto, pensei que poderia te ajudar.

--Minha linda, foi só um pequeno imprevisto, mas sexta feira podemos sair.

--Tudo bem, mas vou repetir o que eu disse mais cedo: logo hoje que eu ia te mostrar a lingerir vermelha que comprei.


--Você não tem jeito né Letícia?

--Você não respondeu o que perguntei mais cedo, o imprevisto tem alguma relação com a Isis Valverde?

--Não sei de onde você tira essas coisas.

--Não sabe? Acaso pensa que não percebi naquele dia lá na doceria, o movimento no banheiro, os olhares e o pedaço de torta que ela te mandou. Que mulher linda, parecia a Isis Valverde. -Ela percebeu e mesmo assim não falou nada, nem reclamou.

--Nem vou te responde sabia? Fique na curiosidade.

--Você é má, sabia?

--E você tá morta de saudades das minha maldades.Até sexta, tchau, Beijão linda. -Não queria falar da minha vida pessoal.

--Tchau.

Liguei para farmácia pedindo Salonpas, agradeci a Deus por esta de férias, porque se a Dani me visse com aquele Salonpas no pescoço iria se ligar que era marca de chupão, Dani tinha a malicia e sabia todas as artimanhas de disfarça um chupão.

Passei o domingo revisando meus estudos, em casa tudo foi tranquilo, mainha só ficou um pouco preocupada no "jeito" que eu tinha dado no pescoço, disse a ela que foi da soneca que dei numa cadeira e ela acreditou, ou pelo menos fingiu acreditar.

A contragosto da minha mãe, fui para academia na segunda, cheguei e comecei a fazer minha série como sempre fazia, concentrada e sem muita conversa com o pessoal. Lana veio ao meu encontro.
--Você esta bem? Não é para você fazer exercício com o pescoço machucado.

--Eu tô bem, só dormi de mal jeito, e não vou atrapalhar meu exercícios por causa de um torcicolo.

--Tudo bem, mas sem exageros viu mocinha.

--Tá certo. Lana, tô afim de fazer um esporte, tipo defesa pessoal, aqui tem? -Aproveitei para perguntar, desde que comecei a trabalhar como acompanhante estava ficando preocupada com minha segurança, apesar de ser prostituta de luxo, a gente nunca sabe o que pode encontrar, então a melhor coisa que poderia fazer é aprender a me defender.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora