Vampires Will Never Hurt You /Frerard/

Chapter 7

  Acordei no outro dia tentando me livrar do sonho louco que eu tive. Louco é mesmo a palavra ideal para descrevê-lo. Quer dizer, sonhar que você tá mordendo o pescoço de um cara que você acabou de conhecer não pode ser considerado normal, né?
  A cena não saía da minha cabeça.. Sua pele exalava um perfume delicioso e parecia tão macia.. O que mais me intrigou foi o fato de ele não parecer incomodado com aquilo. Na verdade, Frank implorava pra que eu continuasse e aquilo era realmente tentador.

  Esfreguei meu rosto numa tentativa de dissipar de uma vez por todas aquelas imagens que meu subconciente criou. Me levantei logo depois e fui fazer o que eu sabia melhor: nada.

  Passei o dia jogado no sofá, com exceção das várias vezes que tive que levantar para atender a porta. A campainha tocou o dia inteiro e quando eu ia abrir não tinha ninguém lá. Aposto que eram aqueles pirralhos que moram na casa da esquina pregando peças em mim.

  Já disse que eu odeio crianças? Elas me tiram do sério facilmente e eu não estava no meu melhor dia hoje.

  A campainha tocou de novo.

-Mas que praga..- resmunguei enquanto levantava do sofá. Podia sentir minhas presas cresecendo e tive que respirar várias vezes para me controlar antes de abrir a porta, com a certeza de que, novamente, não teria ninguém ali.

- Eu juro que eu mato quem..- fui surpreendido por uma visão não muito comum.

  Parado à minha porta estava um cara segurando um buquê de flores (que tampavam seu rosto). Fiquei um tempo tentando entender a situação quando o cara abaixou as flores e deu lugar para os olhos que mal saíram da minha cabeça a noite toda.

-Acho que eu cheguei em má hora.-disse, meio sem graça.- Eu..volto depois... Eu acho..

-Não,Frank. Espera.. Bem..desculpa por isso. É que umas crianças passaram o dia todo tocando minha campainha por nada e..

- Tudo bem.

  Encarei o buquê em suas mãos.

-Ah,pois é.. Eu consegui as flores!-disse, alegremente e eu sorri.

- Acho que entendi essa parte.. Você..er..não gostaria de entrar?

  Ele abriu um sorriso ainda mais gracioso que o de ontem na floricultura. Abri espaço pra que ele entrasse e fechei a porta atrás de mim.

Fala sério,Gerard. Não faça nenhuma burrice..