Vampires Will Never Hurt You /Frerard/

Chapter 37

  Depois de infinitos comentários inapropriados que Frank fez enquanto eu tentava lavar a louça (sim, eu faço isso), eu insisti que ele se deitasse para poder descansar depois de tudo que ele passou essa semana.

  Ele, relutantemente, se trocou e eu resolvi não o atrapalhar, deixando-o sozinho em meu quarto.

  Um tempo depois, voltei até lá e constatei que ele já estava dormindo. Sem fazer muito barulho, peguei algumas roupas limpas em meu armário e me dirigi ao banheiro, sendo minha vez de tomar um bom banho.

  Aquelas roupas pareciam pesar uma tonelada e eu me livrei delas rapidamente. Fechei o box do banheiro e deixei a água fria cair sobre mim na tentativa de tirar qualquer lembrança de Michael da minha cabeça. Consegui, apenas para que um par de olhos âmbar invadisse minha mente. Como sempre..

  Apoiei minha mão na parede e, deixando a água cair, voltei a lembrar de quando eu o reencontrei. Pensei nos abraços e beijos que já havíamos trocado nesse pouco tempo e vi que eu era um grande idiota. O cara estava praticamente se jogando em cima de mim e eu resolvi ignorar isso tudo e esperar mais uma vez.

  Sinceramente? Se eu pudesse voltar no tempo eu deixaria de ser um otário e agarraria ele na primeira oportunidade.

  Segundos depois de ter pensado isso, ouvi um barulho. Me virei e deparei com Frank entrando no box logo atrás de mim, com aquele seu sorriso safado estampando o rosto mais uma vez. Eu arqueei a sobrancelha enquanto o analisava e ele fechava o box atrás de si. Ele havia deixado todas as suas roupas jogadas na porta do banheiro e estava completamente nu. E foi aí que eu me lembrei que eu também estava.

- Já que você foi certinho demais para aceitar meu convite mais cedo, eu resolvi aceitar o seu.

- Mas eu nem te convidei para..

- Isso não vem ao caso.. - Eu ri. Simplesmente ri. Porque eu não estava acostumado com aquele Frank atirado e aquela situação me deixou completamente nervoso.- Sabe..gostei mais de você assim.

  Ele se aproximou um pouco.

- Assim como?- ele me analisou por um tempo.

- Sem roupa. E molhado. Me faz imaginar coisas.

  Fiquei um tempo pensando em uma resposta. Toda aquela dúvida que me consumia tinha ido embora antes mesmos de ele entrar no banheiro. Eu havia decidido que arriscaria se pudesse voltar no tempo, e é exatamente o que eu faria agora.

  Reuni toda a coragem que eu tinha e tentei soar o mais provocante possível.

- Qual é a graça de poder imaginar se não colocar as ideias em prática?