Chapter 22

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  Entrei, escutando mais uma vez aquele barulho da porta se abrindo e procurei, em vão, por alguém que pudesse me ajudar. Revirei a loja toda e parei em frente ao balcão, onde havia uma flor branca já muito conhecida por mim. Perto dela havia um bilhete um pouco amassado. O peguei e guardei no bolso da calça que eu usava, querendo sair o mais rápido possível dali.

  Ao invés de voltar para a loja do Ray, segui até minha casa. Me joguei no sofá e peguei o papel no meu bolso.

" Tenho medo que possa ser muito breve. Como ele não é  feliz a pequena flor ficou murcha. "

  Imaginei que ele usaria o mesmo código do bilhete anterior, então peguei um lápis e comecei a transcrever a mensagem, já sem algumas palavras, para outro papel.

'Tenho que ser breve. Ele é a flor murcha.'

  Pude sentir meu coração parar por alguns segundos quando li aquela frase. O sumiço de Frank estava de alguma forma ligado ao mistério das flores. Peguei meu celular rapidamente a fim de ligar para o Ray e perguntar se ele havia descoberto alguma coisa e me surpreendi ao ver que o mesmo já estava me ligando.

- Ray?- atendi ainda impressionado com o bilhete.

- Tá tudo bem contigo? Sua voz está meio diferente..

- Eu achei outro bilhete lá e.. Você teve algum sucesso com o livro?

- É por isso que eu te liguei. Seu irmão esteve aqui.

-O QUE?

-Ele entrou e disse que estava procurando o livro. Eu menti e disse que não tinha nenhum exemplar. Ele lançou um olhar meio sinistro pra mim antes de agradecer e ir embora.- ele fez uma grande pausa. - Acho que ele não se convenceu e não sei o que fazer se ele voltar aqui..

- Ray, a gente precisa ser rápido para decifrar essa profecia. Ela está ligada com o sumiço do Frank, segundo o bilhete que eu encontrei.

- Como assim?

- Você está na loja?

- Aham..

- Eu estou a caminho.

  Desliguei o celular, peguei os bilhetes e um casaco e saí apressado em direção à porta. Guardei os papéis de qualquer forma no bolso interno do agasalho e estava abrindo a porta quando vi um vulto do lado de fora da casa. Respirei fundo e escancarei a porta, me deparando com um rosto bem familiar.

- Olá, irmão..

Vampires Will Never Hurt You /Frerard/Onde histórias criam vida. Descubra agora