Fiquei parado frente à casa por algum tempo. Queria me certificar de que não teria mais ninguém ali, fora Frank e Ray. De alguma forma, eu sabia que eles estariam mesmo ali, embora nenhum som fosse audível e ninguém fosse visto.Resolvi tomar coragem e entrar. A porta, como eu já esperava, estava trancada. Dei uma volta pela casa e constatei que essa era a única entrada. Voltei até ela e a forcei um pouco, tentando fazer o menor barulho possível.
Não abriu. Fiz cada vez mais força e mesmo assim a porta insistia em não abrir. Desisti e fui tentar a janela da sala, que também não abria por mais força que eu fizesse. Olhei para dentro da casa e achei melhor arriscar, vendo que não tinha ninguém por perto. Peguei a primeira pedra que achei no chão e a arremessei contra o vidro, que se quebrou em centenas de pedaços. Passei pelo buraco recém aberto na janela e acabei com um corte no rosto, nada muito grave. Não demorou muito para meu mais novo corte se tornar uma cicatriz e sumir por completo - vantagens de ser vampiro. Eu me movia lentamente e atento a qualquet ruído. Escutei algumas batidas e fui segundo o som, que aos poucos incorporou alguns gritos de socorro. Cheguei a um corredor extenso e concluí que as batidas vinham da última porta. Fui apressado até lá e pude escutar o Ray murmurar um " Ninguém vai te ouvir daqui".
-Frank! - eu gritei, batendo também na porta.- Frank! Vocês estão aí?!
- Gerard! - pude ouvir o alívio em sua voz.- Gerard, estamos aqui!
- Se afasta da porta.
Esperei alguns segundos até ter certeza de que eles já estavam seguros e recuei alguns passos, a fim de ganhar impulso. Fui com toda a força contra a porta e esta se abriu em um baque.
Inspecionei o quarto e encontrei Frank e Ray juntos em um canto. Frank rapidamente correu em minha direção e praticamente pulou em cima de mim, me abraçando. Eu reagi instantaneamente e passei meus braços por sua cintura, retribuindo o abraço. Pude sentir sua respiração quente em meu pescoço e foi o suficiente para que eu..
- Dá para vocês dois deixarem para namorar quando a gente sair daqui?- Ray disse, em um tom de voz preocupado.
Relutantemente, Frank e eu nos soltamos. Ele estava com as bochechas avermelhadas, meio sem graça pelo comentário do Ray.
Nós seguimos em silêncio pelo imenso corredor e rapidamente chegamos à porta da casa. Não tínhamos chave e, mais uma vez, tive que passar pela janela. Eu fui na frente, já meio acostumado com aquela situação. Frank veio depois, com alguma dificuldade, apesar de ser o menor de nós, e eu tive que ajudá-lo para que ele não se cortasse. Raymond veio por último e saímos dali como se nada tivesse acontecido.
Eu sabia que Michael viria atrás de mim assim que chegasse lá e visse que não havia mais ninguém em casa, mas eu tinha mais coisas com o que me preocupar no momento.
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Vampires Will Never Hurt You /Frerard/
FanfictionDois irmão,uma profecia. Será que um amor é capaz de destruir laços? Ou será que ele cria novos?