— Não! — Era a voz de uma das meninas. — Por favor, me deixa em paz!
Sem saber o que acontecia, corro em direção a porta do quarto.
Nos quartos à frente as meninas colocavam o rosto na pequena abertura com grades nas portas.Infelizmente eu só via portas fechadas.
— Já mandei chupar essa porra 08 e se morder eu quebro a tua cara!
— Sai Geraldo, não quero, isso é nojento!
Eles nos chamávamos pelo número do quarto, por isso entendi que era no cômodo ao lado do meu.
— Já sei você gosta de apanha primeiro ? — disse Geraldo.
Ouvi o barulho forte de um tapa.
— Não! — grita 08.
Dessa vez escuto um forte barulho na parede.
— Pare! — disse 08 com uma voz rouca e escuto um breve silêncio.
Depois de uns dez segundos ela tosse.
— Socorro!
Barulhos de socos.
— Aí meu Deus por favor me ajude! — A voz de 08 estava mais fraca com choros e soluços.
— Tá gostando de apanha prostituta? — disse Geraldo.
Apavorada eu tampo os meus ouvidos e começo a chorar.
— Papai, mamãe onde estão vocês? — A voz dela era de pânico. Foi angustiante ouvir isso sem poder fazer nada. Então gritei:
—Deixa ela em paz seu pedófilo filho da puta!
— Vai safadinha dá uma chupadinha e tudo isso passa. — A voz de Geraldo no quarto ao lado.
— Eu prefiro morrer — grita 08
— Pois então toma sua piranha.
Começou de novo o barulho de espancamento.
— Ai... para de me bater!
Todas as meninas começaram a chorar. Os outros guardas gritam para nos calarmos se não nós seriamos espancadas. Então chorávamos baixinho tapando os ouvidos para aguentar a sessão de tortura da 08.
— Está bem eu faço. — Disse 08.
***Silêncio***
Então começo a ouvi gemidos iguais os que ouvia no quarto da mamãe e do tio Adolfo.
— Que boquinha gostosa você tem —disse Geraldo em tom de prazer.
Tento pensar em coisas boas mais não conseguia. Me sentia em um daqueles pesadelos angustiante que parece sem fim.
— Aí que deliciosa... hum!
— Aí... Estou quase gozando engole ele sua safada.— ofegante— É assim... Vai... aí... vou jogar tudo na sua boca agora.
Ouço gemidos.
***Silêncio***
Escuto passos se afastado em seguida o choro baixo dela.
— Senhor, não aguento tanto sofrimento — esculto 08 orando baixinho —, eu suplico que me leve para perto de ti, não quero mais viver.
Isso acontecia todos os dias com todas as meninas, não havia uma hora para acontecer.
E como eu não sou a princesa de um conto de fadas depois de uma semana nesse inferno a minha vez chegou.
Estava dormindo e sonhava que me arrumava para escola. Coloquei minha blusa branca de botões e amarro as pontas para mostrar a cintura. Uma gravata vermelha com listras violeta e branca. Saia jeans curta e cinto de fivela vermelho com detalhe azul escuro.
Coloco um aplique rosa no cabelo e saio.
Me deparo com um deserto, viro-me e tudo fica nebuloso.
Pisco os olhos tentando enxergar.Porém sou sugada para um abismo.
Durante a queda ouço vozes de crianças brincado e sorrindo quando percebo que não estou mais caindo e aparece um cenário de uma sala toda branca com variedades de brinquedos.Vejo uma grande mesa redonda com bolos, sucos e doces.
Vou em direção a ela mas bato em uma divisa de vidro.
Observo meninas de vários países vestidas de branco, o cabelo preso em forma de maria chiquinhas e todas brincavam alegremente.
Escuto um lindo soar baixo e suave de um sino.
As crianças aparecem sentadas com a expressão de satisfação em suas faces, elas comem delicadamente em sincronias como em um ensaio gracioso quando, um som alto de trombeta ecoa.
Nuvens negras descem com sete homens altos diferentes uns dos outros completamente despidos montados em sete bodes pretos com asas de fogo vermelho, dois deles tinham seios, cabelos branco cumpridos com partes intimas de um homens, esses eram os lideres.
Eu começo a bater no vidro tentando salvar as crianças mas eles descem ferozes, agarram todas as meninas pelos braços que choram esticando as mãozinhas delicadas em minha direção com os rostinhos tristes e os olhinhos negros brilhantes como as estrelas cheios de lagrimas que escorriam de encontro as suas bochechas rosadas.
Apavorada eu acordo sentindo um homem deitado do meu lado esfregando a parte intima em mim, com o susto me levanto e corro em direção a parede.
Ele é alto, magro, de pele morena com um cavanhaque.
Senti uma forte dor no coração, mal estar, um nojo e não me aguentava de pé com aquele homem com as partes intimas para fora do bermudão florido fazendo movimentos.
— O que você está fazendo aqui? — indaguei com medo da resposta.
— Você é a minha escolhida prostituta.
***
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A Prostituta e o Assassino
RomanceLucy é uma prostituta com um passado estarrecedor e não se apaixona. É capaz de deixar qualquer homem ao seus pés. Guilherme é um assassino cruel e muito profissional. Não erra um alvo. Seu primeiro trabalho foi descarta seu próprio pai. ...