C:48 - Lucy III.VII

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Liberdade é um direito de todos nós, não podemos desistir de lutar por ela, mesmo com pequenas diferenças, somos todos iguais.
Homens, mulheres, ricos, pobres, homoafetivos, heterossexuais, estrangeiros, velhos, jovens, negros, brancos e etc... somos todos seres humanos.

💠 Os infratores julgados e condenados pela justiça não se aplicam nesse caso. 💠

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- Não se apavore eles não irão atirar. - ouço Guilherme dizer antes de jogar o retardado do Érick no carro ao lado de Raquel.

Eu tive que brigar com Raquel para sentar na janela, deixo bem claro que queria sentar afastada do psicopata do Érick.

- Tá louco cara? Eles trabalham para o chefe e ela é barra pesada. - Érick fala colocando a cabeça para o lado de fora.

Raquel e eu estamos com a cabeça abaixada, entre as pernas.

-Está sentindo o fedor da sua pepeca puta encubada? - Raquel me zoa.

Conversávamos baixinho, para os rapazes não nos ouvirem.

- Teu rabo que é fedorento, a minha pepeca tem cheirinho de rosas.
E você?... que é igual a um sabonete de quartel.
- revido o insulto.

- Ata! Só se for a rosa do túmulo de um difundo. - retruca Raquel e continua - e quem me dera se pudesse me esfregar nos gatos musculosos do quartel, seria o paraíso.

Sorrimos baixinhos.

"...ela é muito safada..."

- Luciana e Raquel tem que ser capturadas vivas e sem ferimento, certo? - ouço a voz de Guilherme.

- Sim. - Érick responde voltando a cabeça para o lado de dentro.

- Eles não irão perder o rastro da gente por causa do chip da Lucy, - explica Guilherme se virando para trás depois de entrar na Uber - então eles não irão atirar correndo o risco de chamar a atenção da polícia local.

- Nossa Guilherme como você é esperto. - diz Raquel levantando a cabeça, jogando o cabelo liso e longos para trás.

"...Se Guilherme se atrever, a dar confiança para essa oferecida, eu arranco o pinto dele com os dentes..."

Na mesma hora Guilherme se vira para frente, deixando a rainha das amigas da onça no vácuo.

Dou um sorriso debochado para a vaca, após levantar a cabeça.

- Para onde vocês querem ir? - escuto o motorista perguntando.

Respondo antes que a intrometida da Raquel, resolva achar que é o centro das atenções.

Os rapazes decidiram que eu desceria da Uber sozinha, eu serei uma espécie de cobaia para chamar a atenção dos capangas da Rebeca.
E aposto que na cabeça deles eu concordo com esse plano horroroso.
Guilherme está se achando o Exterminador. Que por questão... para mim é uma lenda, eu não acho que esse tal homem exista.

Sinto meu corpo sendo jogado para frente, com a freada do carro. Vejo um carro parado na frente do nosso e cinco homens saem de dentro dele.
Vejo minha vida passar diante dos meus olhos, se eu sair viva dessa, eu terei certeza que Deus me ama muito.

- Minha nossa senhora, leva a minha alma para o repouso eterno, debaixo do teu manto...- ouço motorista rezando e me desespero.

Raquel e Érick se beijam com intensidade, como se fosse a última vez.
Percebi que iremos morrer e eu não tive a chance, de me despedir do meu amor.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora