C:61-Exterminador III.III

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Me distraio por um segundo, com o absurdo que Luciana acabou de me dizer e isso foi tempo suficiente para Rebeca me dar uma cotovelada na costela e se libertar.

Ela sobe em cima de mim prendendo os meus braços sob as suas pernas.
O peso do corpo dela estava sobre os meus pulmões e isso dificultava minha respiração, para piorar ela ainda mantinha o braço sobre o meu pescoço.
Rebeca é ágil, preve os movimentos do seu adversário, conhece muito golpes de luta e tem a força de uns três homens treinados.
Eu até que sou melhor que ela, mas Luciana é a minha criptonita.

Não Beccy! Por favor... não o machuque.

Ok filha. Se essa é a sua vontade.

O que está acontecendo aqui? Afinal.
Eu passei o dia inteiro esperando a minha amada despertar para lhe confortar, estava morrendo de fome e fui fazer um lanche rápido e ao retornar encontro uma Luciana amiga de Rebeca. Isso só pode ser um pesadelo.

Essa mulher tentou matar sua mãe Lu. Como pode defendê-la?

A enfermeira Suzana se aproxima, pedindo para que nós fizessemos silêncio ou seremos retirados.

Não meu amor... — a vadia da Rebeca começa a latir. — Naquele dia eu fui até a sua mãe, porque eu pensei que você estivesse lá. Não sabia que ela me odiava. Pensei que você não tivesse falado nada. — Ao ouvi isso dou uma gargalhada irônica.

Fala sério Rebeca. Lucy, ela sempre sabe onde você está por causa do chip.

Não querida. Eu estava tão preocupada com você que nem pensei em te localizar. Sai feito uma desesperada pensando que esse louco havia matado você.

Caralho! Eu tenho que matar essa porra!
Quantas mentiras ela falou para botar a Luciana contra mim e por que ela acredita nessa praga?

Cala a boca vocês dois. Eu acabei de perder o meu bebê, descobri que o pai dele vai me matar e a mulher que está me ajudando é a vadia que acabou com a minha vida... Então Exterminador ou você me mata ou vai embora.

Perco o ar.
Saio dessa atmosfera.
Eu ouvi? Sim... eu ouvi, mas a fixa não caiu. Ainda estou tentando me conectar com meu raciocínio para entender a Lucy.

Do que você está falando meu amor?

Não é possível que Luciana saiba o verdadeiro motivo pelo qual me aproximei dela.
A menos que... porra! Caralho! Que vacilo! Aquela chifruda disse que conheceu a Lucy no aniversário dela, então ela é amiga de Rebeca. Merda... merda... puta que pariu. Eu tinha que ter contado a verdade para Luciana. Prometi a ela que não teria mais segredo.

Eu sei toda a verdade Exterminador. Não adianta você negar. Eu ouvi a sua conversa com a Lívia.

Lívia? — de repente senti como se uma venda fosse retirada dos meus olhos.

Então ela é a mulher do Gustavo, o primeiro cliente de Lucy. Como não notei isso antes? Só agora associei a história da Lucy com a da chifruda revoltada.

Amor... — tento me defender.

Cala a boca! Não me chama de amor. Eu sinto nojo de você.

Lucy, minha filha. Eu não menti quando te falei que ele tinha um filho e não estou mentindo agora quando digo que ele só quer te iludir, te enganar para te fazer sofrer mais e depois te matar. — diz a peste da Rebeca que fica o tempo todo ao lado da cama de minha mulher.

Não é nada disso Lu...

Eu não aguento mais ouvir a sua voz. — ela não derrama uma lágrima. Está com um semblante frio. Um olhar cheio de trevas. Parece que tem outra alma habitando o corpo da minha esposa. — Vai embora daqui seu psicopata doente.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora