C:54-Lucy III.X

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Olá moranguinho!
Olha eu aqui novamente com mais um capítulo inédito.
Quero desejar a todos um Feliz Natal! Apesar de já ter passado.
Amo demais todos os meus leitores♡♥♡♥♡♥♡
Beijos doce!

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Cinco minutos depois da partida do Guilherme,  uma van de uma emissora de TV para na porta do hospital, em seguida começam a surgirem outras como formigas saindo do formigueiro, vários repórteres e paparazes aparecem vindo em nossa direção, já tirando fotos.
Corremos para dentro, após a primeira pergunta:

— Olá! É você a menina de doze anos que fugiu de casa para se casar, escondido dos pais?

"...aquele polícial filho da puta, sabia que ele era um dos infiltrados da vadia da Rebeca..."

Confesso que a vontade é de voltar e escancarar a verdade diante de todos.
O único problema é que a verdade pode destruir a minha família.
Penso em Camila sendo chamada de "irmã de uma prostituta", ou os amigos do Pablo, fazendo uma piada sem graça do tipo... " Sua irmã tem troco pra cem?".
Por esse motivo, resolvi deixar a história do jeito que está.

— Eu quero você e seu amante fora desse hospital agora sua vadia — grita Adolfo com a face alterada, me puxando pelo braço assim que eu apareço.— Sua mãe está entre a vida e a morte, enquanto você fica se esfregando na entrada do hospital.

Por essa eu não esperava, a reportagem estava ao vivo.
Fizeram uma bagunça com
o que eu disse, juntaram com a imagem do meu lamento junto ao Ruan e criaram um conto de fadas onde eu sou a vilã.

— Não tio Adolfo... — Antes de eu terminar a minha frase, ele me solta e me dar um forte tapa na cara.

— Eu não sou tio de uma  piranha...

Ainda sentindo a ardência do tapa, percebo a chegada de Ruan por trás do Adolfo.

— Ótimo... então eu posso fazer isso... — diz Ruan virando Adolfo para o lado dele e lhe acertando em cheio o nariz.

Ele fica um pouco tonto, porém a fúria de Ruan é implacável, ele continua agredindo o Adolfo até uns enfermeiros aparecerem e afastá-lo.

— Eu vou te botar na cadeia seu bandido! — disse Adolfo tentado estancar o sangue que escorre do seu nariz. — E você também sua vagabunda.

Não posso crê que esse é o meu tio Adolfo. Um homem calmo, traquilo, que apoiou minha mãe nos momentos dificios do divórcio dela com o meu papai, assumiu três filhos de outro homem por amor a minha mãe.
Ele nunca foi um santo. Só que não era esse demônio.
Era como um segundo pai pra mim.

— Por... por favor... — Me coloco entre Adolfo e Ruan de braços abertos feito o Cristo Redentor. — Eu imploro ... parem! — Crio forças do além para não desabar em choro. — Ruan, pelo amor de Deus, me tire daqui.

Os enfermeiros soltam os dois. Eu seguro no braço de Ruan, ele vai se acalmando aos poucos.

— Temos que ir embora, não quero que a mamãe acorde e veja o marido dela, agindo feito um babaca, ela não suportará um desgosto desse.

Benjamim, que estava resolvendo uns assuntos pendente para Ruan, se aproxima e se oferece para nos tirar dali no seu carro.
Fomos para o estacionamento, entramos em um chevrolet vermelho.
Estou tremendo, ainda pensando no estado de saúde da minha mãe.

— Para onde vocês querem ser levados? — nos indaga Benjamim, desvirando o volante depois de dar marcha ré.

— Quero ver o Guilherme! — Minha boca falou mais uma vez antes de pensar.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora