C.13 - Exterminador I.II

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Estou na frente da casa daquela que me deu a luz. O meu Iphone mostra 07h:02 A.M. a rua está deserta. O sol está brilhado mostrando toda a sua beleza. Estou a duas horas esperando pela mulher do retrato de cabelos negros como a densa noite, combinando com o seu olhar que tem a mesma cor, como se tivesse minusculas estrelas que piscam.
Sua face meiga, delicada, com uma pele branca e as bochechas rosadas, um rostinho amoroso e feliz, como um predador pronta para atacar sua presa, a loba na pele de ovelha.

Terei muito prazer em tirar esse brilho dos seus olhos mamãe. — Penso em voz alta.

Morrer pelas mãos de quem ela deu a luz, esse será o seu castigo.

Alguns carros e algumas linhas de ônibus circulam pela estrada.

Um táxi para em frente a um sobrado a três casas daqui.
O motorista desce e retira do porta mala várias bolsas grandes de viagem, enquanto uma linda jovem negra com os cabelos afro soltos ao vento toca a campainha.
Ela abre a bolsa, pega o Iphone e tira a capa de joaninha, pega o dinheiro que estava guardado ali e paga o taxista.
Ela fala alguma coisa no interfone.
O portão se abre, um casal com as mesma características físicas da jovem a recebe com beijos e abraços.
Todos entram sorrindo.

Minha vida poderia ter sido assim...  — penso em voz alta — se ela não tivesse rejeitado o fruto do seu ventre.

Está na hora, chega de esperar. Saio do carro e aperto o botão do interfone.

Quem é? — Do outro lado uma voz masculina aparentando ser de um velho de setenta anos responde.

Eu sou um oficial de justiça, gostaria de falar com a senhora Cibele Caro Luzdevick, por favor!

Uma senhora de idade bem avançada, com a fisionomia maltratada, os cabelos todo branco, olha com seu óculos de grau na janela.

Isso é alguma brincadeira ou um assalto? — disse o senhor no interfone. — Nós não temos dinheiro meu jovem.

Não senhor! — digo em um tom firme e convincente.

Assim que esse velho maldito abrir o portão, eu pego a minha pistola que está escondida na minha cintura na parte de trás. Rendo ele, entro e mato todos que estão dentro de casa.

Deve ser algum engano meu jovem, a minha filha faleceu há nove anos.

Será que esse velho está tentando me enganar?

Eu estou usando um terno preto uma gravata vermelha escuro com uma blusa branca, óculos escuro e um cavanhaque postiço.

É a respeito da morte do marido dela. — insisto para conseguir alguma informação.

A senhora da janela sai pela porta da frente, desce as escadas lentamente, se aproxima andando devagar até o portão de grades e respira um pouco, como se tivesse andando muito. 

Não abre o portão minha velha. — grita o senhor na porta de madeira envernizada entre aberta.
Ele é um cadeirante.

Ela me entrega um papel dobrado.

Que ele descanse em paz! Aqui está o local onde a minha amada filha está repousando a nove anos.

Resolvo averiguar para ter certeza. Caso contrário volto aqui a noite para acabar com esses velhos mentirosos.

Obrigado senhora!

Ela tira os óculos, enxuga as lágrimas e limpa as lentes com um lencinho branco. Coloca-os de volta, se vira e sobe lentamente com muita dificuldade os degraus até chegar a porta, o velho se afasta, ela entra e fecha a porta.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora