A Prostituta e o Assassino

C:57-Lucy IV.I

Olá queridos!  🌹🌹🌹

Bem vindos a nova fase de Lucy.

Estava morrendo de saudades, seus lindos.

VOCÊ SÃO OS MELHORES LEITORES DO MUNDO.

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Eu deveria está radiante de felicidade.
Tenho o meu grande amor, temos um lar só nosso e um bebê crescendo dentro de mim.
Só que me sinto estranha.
Estou tão confusa.
Uma hora eu quero esse filho e depois tenho medo.
Eu não odeio ele, sabe. É que... não sinto nada.
Eu pensava que uma onda de amor e ternura iria invadir meu ser, fazendo de mim uma pessoa melhor, uma super mãe.
E agora é nada.
Simplesmente eu com um bebê crescendo dentro de mim.
Estou com dez semanas de gestação, não tenho barriga, nem sinto ele mexer.
A parteira daqui tem conversado muito comigo. É a única amizade que eu fiz aqui no Ceará.

— Vamos Lu! O helicóptero já chegou. — grita Guilherme.

Ele não entende que para eu me arruma, preciso de tempo.
O Guilherme tem uma mania muito chata de resolver sair do nada e me dar cinco minuto para me arrumar.
Isso é um absurdo.
Que mulher se arruma em menos de duas horas?

— Luciana. Por favor querida, você já nasceu linda.

— Só falta o brilho lábial Gui.

Estamos indo passar o natal na casa de um homem chamado Issacar, o Guilherme disse que ele é como um pai para ele.
Ele me contou uma linda história de amor de um deus chamado Lex e uma humana chamada Lexia, que tiveram um filho semideus chamado Alexandre.

— Lu... você ainda não colocou os sapatos. — sorrio sem graça para o Guilherme que apareceu na porta do quarto e viu que eu havia mentido quando disse que já estava pronta. — Você está maravilhosa amor, põem o sapato e vamos.

Droga! Agora não vai dar para trocar de roupa, não estou me achando bonita.
Estou me sentindo inchada, enjoada, feia, desconfortada e irritada com o Guilherma agora.

— Pronto apressadinho.

— Não Luciana. Esse sapato alto não, vai fazer mal para o meu filho.

Só me faltava essa, ele querer controlar o que eu uso, é a gota d'água.

— Sempre usei saltos. Estou acostumada. — respondo e passo na frente dele, indo em direção a escada.

Guilherme segura meu braço e me lança um olhar sério que me arrepiou dos pés a cabeça.
Sei que ele não vai me machucar, estou com o filho dele crescendo na minha barriga.

— Me solta agora.

— Não.— ele está decidido a me obrigar a colocar uma sandália baixa. — Deixa de ser irresponsável Lucy, olha o tamanho desse salto.

Ele é modelo plataforma, mas não faz mau algum, sempre usei. O Guilherme que é super protetor. Até demais para o meu gosto.

— Quer saber Gui, desisto. Não vou mais. — fecho a cara.

Cansei de brincar de casinha. Está na hora de acordar para a vida real.
Guilherme vai ter que aprender que o mundo não gira ao redor dele.

— Porra Lucy! O que você quer de mim? Eu te amo caramba. Estou tentando... sei lá... nunca tive uma família. Não sei como é caralho.

Agora eu é que fiquei confusa. Entender a mente do Guilherme é como entender a criação do universo.

— Eu quero ir de salto alto.