C:58-Exterminador III.II

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Puta que pariu!
Do nada Luciana desenterra as lembranças de um passado que até este momento eu já havia esquecido.

Por que agora? — é dificil entender a mente da minha amada. — É por causa da festa?

Não deveria de tê-la deixado sozinha em um ambiente totalmente desconhecido. Principalmente no estado dela.

Não! — ela pisca negando com a cabeça. — Eu... bom... chega de segredos entre nós.

Não me arrependo de me tornar um assassino.
Matar é libertador para mim, é como um proprósito ou um destino.

Foi um tempo difícil, onde eu sofri muito, amor. As pessoas não são receptivas e amorosas com os moradores de rua. 

Imagino amor... só que você disse que saiu da rua aos oito anos e foi levado para um orfanato.

Eu acreditei. Realmente acreditei que tudo seria perfeito por lá. Foi mais uma bela ilusão de um menino orfão que só queria sentir a alegria de ter um pai e uma mãe.

Sim meu amor, era como um sonho se tornando real. — estávamos  conversando frente a frente. Olho no olho. — O senhor Natanael Farias era o dono. Ele prometeu me arrumar um lar, com pais adotivos. Disse que eu nunca mais seria maltratado, que teria um futuro de glória, que tudo que eu passei na rua tinha um plano divino. Que Deus escreve certo por linhas tortas.

Naquela época pensei que ele estava falando de Zeus.
O deus da mitologia grega. Havia estudado isso na matéria de história. Os alunos adoravam falar das guerra entre os deuses do Olímpo.

— Você foi adotado por Issacar e por isso criado para ser dessa religião maluca?

— Maluca? É isso que você pensa Lucy? Qual é porra!

— Perdão Gui. Eu ás vezes falo sem pensar.

As vezes é o cacete. Luciana não tem filtro na língua.
Só que a amo assim mesmo. Ela me faz tão bem que já não saberia viver sem ela.

— Não.  Eu quis ser um assassino. Vou te contar. Só respeite a minha fé bebê.

— Sim. Eu prometo, mas eu sou católica Gui. Não quero mudar de religião.

— Lu, o que nos uni é o nosso amor, não nossas religiões. Você é livre para fazer suas escolhas.  Eu só quero envelecer ao teu lado.

A beijo com muito carinho, sentindo a emoção do momento. Tenho tanto medo dela um dia ela me deixar que cada minuto perto da Lucy é especial. Ela faz cada dia ser valer apena.

Me afasto e começo a contar o que aconteceu quando cheguei no orfanato.

⏰ ⏰ TREZE ANOS ATRÁS ⏰ ⏰

Reconheci alguns pivetes que esbarrei pela rua, éramos inimigos, na rua existem disputas por território e eu já havia perdido um lugar para eles.


Olha lá Camaleão, o bichinha foi enquadrado aqui nessa prisão. — avisou Morcegão para o chefe dele. A maioria preferia nomes de animais. — Bora lá dar as boas vinda pra esse otário.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora