C:37 - Exterminador II.II

862 85 40
                                    

Nunca acreditei em amor a primeira vista, até ser atingido com a flecha do cupido no meu peito.
Porém no meu caso, esse cupido é um tremendo filha da puta.

⏳💎⏳💎⏳

As nossas testa estão coladas uma na outra.

- Você sentiu isso? - Ela me pergunta com a voz mansa e suave, se afastando aos pouco, mantendo os olhos fixos aos meus.

Meu coração está acelerado, isso não podia ter acontecido.
Não posso me apaixonar por essa vagabunda, ela merece morrer.

- Coloque a sua mão no peito, minha bela dama e terás a resposta para sua pergunta.

Não posso ser fraco, eu sou o exterminador, mas ela mexe tanto comigo, de uma forma que eu não consigo me controlar.

- Está acelerado.- diz Lucy com um lindo sorriso.

Ela tem uma energia que me domina, sinto vontade de tê-la completamente nua, se entregando aos desejos da carne em meus braços.

- Permita me beijá-la novamente. - digo acariciando a sua bochecha com o polegar.

Ela consente com a cabeça.

- Você é tão linda Lucy.- digo me aproximando lentamente.

Eu nunca fiquei nervoso perto de uma mulher, até agora.
Elevo delicadamente o seu rosto com o polegar, para que os seus lábios se encaixem aos meus. Pude sentir a sua respiração, seu cheiro de rosas e seus batimentos cardíacos. Chupo seus lábios e sua língua deliciosamente. Eles tem aroma e gosto de morango, isso me enlouquece, meu corpo quer mais, eu a quero por inteiro, por isso não consigo dominar meus desejos masculinos e passo a mão em seus seios e ela afasta a minha mão com um tapa.

- Esse tempo todo você só estava querendo transar comigo Guilherme? - ela diz com um tom de voz forte e um semblante sério. - Você me acha fácil só por que sou uma prostituta? Pensa que abro as pernas para qualquer um?

Ela passa a mão no cabelo colocando para trás.
No momento fico confuso, não consigo decifrar os sentimento dela, tem alguma coisa errada, parece que estou montando um quebra cabeça com peças que não se encaixam.

- Por favor Lucy... me perdoe! Eu não quero te desrespeitar, me dar mais uma oportunidade de mostrar quem sou de verdade.

Droga! Meus pensamentos parecem uma bola de futebol rolando no campo, sendo controlados por uma força maior chamada paixão.

- É melhor eu ir.

Ela se vira para sair e eu seguro o seu braço.

- Permita me ao menos abrir a porta do carro para você?

Sinto uma estranha necessidade de permanece perto dela o máximo de tempo possível.

- Sim. - ela responde piscando os olhos que estão avermelhados e cheios de lágrimas.

Eu desço após puxar o freio de mão, caminho até o outro lado do carro, abro a porta puxando a maçaneta, estico a mão para ela usar como apoio, ela suavemente coloca suas delicadas e macias mão na minha, apoia os pés com os sapatos alto branco no chão e se levanta graciosamente.

É estranho como sinto amor e ódio ao mesmo tempo.

- Obrigado Lucy, por me dar a honra de trazê-la em casa.

- Preciso ir Gui.- Luciana diz tentando conter as lágrimas.- Obrigada pela carona.

Ela se vira e caminha contra o vento, com seus cabelos dançando no movimento do seu andar em direção a um apartamento luxuoso, que eu tenho certeza que ela não tem condições de pagar o aluguel.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora