C.28 - Exterminador I.VIII

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Estou a caminho de volta a escola dos assassinos.
Antes de sair, eu fiz um sexo delicioso com Francisca.

Tenho certeza que ela jamais irá me esquecer.

Acerto as contas na hospedagem com direito a gorjeta.
Troquei as placas do meu carro e estou com documentos novos do carro, são falsos, mas são perfeito.

Em algum lugar na estrada reencontro os quatros policiais que mataram a Perla fazendo um broqueio na estrada.

Dez anos antes.

Quando fugi do internato, aprendi que a rua não era o mar de flores que eu imaginava.
Na minha mente... alguém iria me levar para casa, me dar amor, comida, brinquedo, proteção e carinho.

Aconteceu o contrário.

Era chamado de pivete imundo, trombadinha, moleque nojento, miserável e vários outro adjetivos.

Caminhava durante a noite e dormia durante o dia.
Nenhum horário era seguro, mas com certeza a noite era pior.
Todas as noites presenciava estupros tanto com mulheres quanto com homens de todas as idades, sempre os ataques eram coletivos.

Jovens ricos e bêbados espancavam os moradores de rua até a morte.

As vezes ganhávamos sopão, doações de roupas, cobertores, colchões.
Alguns trocavam por drogas, cachaça e cigarro.

Durante o tempo que permaneci na rua, só consegui fazer uma amizade.
O nome dela era Perla, tínhamos a mesma idade... sete anos.
Foi meu primeiro e único amor.
Cuidávamos um do outro. Descobrimos a sexualidade juntos e era maravilhoso fazer amor nos esconderijos que chamávamos de nosso lar.
Ela era um doce de menina, tão linda, meiga, delicada, corajosa, determinada, ela era a minha vida.

Quatro policias que faziam a ronda naquela noite nos acharam.
Eles me espancaram muito e estupraram a Perla na minha frente com muita crueldade.
Foram horas de pavor nas mãos daqueles que deveriam de nos proteger.
Quatro homens adultos para uma menina de sete anos.

Eu só podia olhar e chorar.

Ela morreu nos meus braços e suas ultimas palavras foram...

- Eu te amo Guilherme!

Um ano depois... fui visto por um homem bom que trabalhava para o conselho tutelar.

Um guarda estava me espancado por que eu estava sentado na praça onde os filhos dos ricos brincavam, os pais não queriam um mendiguinho junto com seus principezinhos.

- Como se chama garotinho? - Ele me perguntou se abaixando para ficar da minha altura.

- Guilherme. - Estava sentindo muita dor das pancadas que levei.

- Cadê seu papai e sua mamãe?

- Eles me abandonaram. - Respondi chorando.

- Qual é sua idade? - Ele enxugou minhas lágrimas com um lenço que ele tirou do bolso de sua calça Jeans.

- Oito anos.

- Vou te levar para um lugar onde você terá comida, roupas limpas, brinquedo, amigos, vai tomar banho, estudar e muitas outras coisa. Está bem?

- Está bem. - disse sacudindo a cabeça em sinal de consentimento.

Fui levado para um Orfanato.

Dias Atuais.

Agora o deus LEX, me entregou esses malditos que mataram a Perla, nas minhas mãos.
Ela era, e ainda é a minha adorada, a unica que já amei e que nunca deixarei de amar.
Nunca entrará outra mulher na minha vida, no meu coração.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora