A Prostituta e o Assassino

C.27 - Lucy II.VII

Passei a viver um dia após outro lamentando a minha existência.
Tentava esquecer o Gustavo, mas quanto mais eu tentava esquecer, mais eu gostava dele.
Tinha que tolerar o sorriso e a felicidade da vagabunda da Raquel por está se deitando com Gustavo, isso me deixava revoltada, eu chorava muito todas ás vezes que ela saia dizendo que estava indo ao "shopping" e voltava sem nenhuma sacola, com a desculpa de que não achou nada que a agrade.

A felicidade de Rebeca me deixava furiosa.
Por que tudo sempre da certo para as pessoas más?

A lealdade de Melina, que faz tudo o que Rebeca ordena é impressionante, ela parece uma cadela abanando o rabo para sua senhora.

— ...Melina faz isso... Melina faz aquilo... — Imito Rebeca dando ordem com o dedo indicado levantado. — Não esquece daquilo que eu te falei...

— ....sim! Senhora madame... — imito Melina de joelho de cabeça baixa. — eu sou a sua escrava pessoal...

E eu com um destino horrível e cruel que não sei como evitar.

Parei de atender as ligações de Gustavo.
Ele continua ligando todos os dias, confesso que adoraria atender a ligação e ouvir aquela voz deliciosa com aquele sotaque que me enlouquece só de pensar. Porém logo vem a imagem de Raquel no celular marcando um encontro com ele, começo a idealizar os dois na cama fazendo amor e eu fico possessa de ódio.
Até parei de entrar no WhatsApp só para não ler as milhares de mensagens dele.

Um dia antes do meu aniversário.

Rebeca já organizou toda a minha festa.
E até marcou um dia de princesa para Raquel e eu.
Ela quer agente sempre juntas como se fossemos duas irmãs.
E eu queria ver Raquel e Rebeca dentro de um caixão com uma coroa de flores muchas por cima, sendo enterrada como indigente. Eu cuspiria em cima das covas delas.

— Lucy vamos logo, se não chegaremos atrasadas no spa. — grita Raquel com aquela vozinha irritante.

—  Já vou... só falta a maquiagem.

— Não precisa maninha, faremos tudo lá.

Maninha é o caralho! Sua ladrona de homem.
Ai que vontade de esganar essa prostituta mirim.

— Não vou sair daqui igual um espantalho queridinha.

— Tá Lucy, só seja rápida. Quero ficar bem bonita para agradar meus clientes que estarão presentes amanhã.

Vaca! O que você quer, é continuar se jogando para cima do Gustavo.

— Pronto Raquel já terminei. — digo no correndo, saindo do meu quarto em direção a sala.

Lupita corre e pula no meu colo.

— Minha garota esperta, se comporte feito uma dama enquanto a mamãe estiver passeando. Está bem?! — digo enquanto caminhava, abraço, beijo e faço carinho nela. — Minha bonequinha fofa.

Lupita late duas vezes.

— Meninas comem alguma coisa antes de saírem. — Disse Melina quando estávamos abrindo a porta.

— Não tia faremos um lanche no caminho. — diz Raquel saindo.

— Obrigada Melina! Mas estou sem fome. — digo dando um beijo no rosto dela.

E lá vamos nós... Roberto, Victor Hugo, Raquel e eu rumo ao dia de princesa.

Fizemos limpeza de pele, sauna, bronzeamento artificial, massagem indiana, hidromassagem com ervas aromáticas especiais entre várias outras coisas.