A Prostituta e o Assassino

C:44 - Lucy III.V

Escolhas fazem parte da vida humana, são importantes para formar o nosso futuro.
Agora e se elas te levarem ao lugar errado?
Alguns diriam para continuar fazendo novas escolhas baseadas no fracasso das antigas.
Pois bem... e se essa possibilidades fosse arrancada de você?

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O semblante do Guilherme muda para de um sociopata.
Um calafrio invade o meu ser, ele caminha na minha direção como um olhar frio e cruel.

- Sua vagabunda! Quem te contratou? Pra quem você trabalha? - ele me sacode pelos braços, após me levantar- Você é desprezível!

Minha mente trava e não consigo entender o que essas palavras significam.
É então que algo pior acontece.
Só percebo que levei um soco quando já estou indo com toda força para o chão e tudo escurece.

Desperto com barulhos de vários tiros, não reconheço o lugar até que as memórias começam a emergir feito um raio de flash.
Boate, Carona, Beijos e um sexo delicioso com o amor da minha vida.

- Gui! - meu coração acelera, enquanto percorro o meu olhar pelo quarto.

Vejo Gideão abaixado na porta que está fechada, ele segura uma arma.

- Cadê o Guilherme?

- Se abaixa Lucy, alguém matou o Jefferson e agora está vindo pra cá. - diz Gideão sinalizando com a mão.

Estou aterrorizada, outra morte de alguém que eu conheço. O pior é que eu não sei onde está o meu amor.

"...será que estar ferido ou até mesmo..."

- Morto?! - penso em voz alta, depois de me deitar no chão.

- Acredito que o David ainda está vivo.

"... não posso acreditar que tudo isso esteja acontecendo comigo..."

O Guilherme e o David estão desaparecidos, o Jefferson e o embaixador estão mortos, Raquel e Melina estão chateadas comigo e agora um lunático está nos atacando.

- Já pediu ajuda a Beccy?

- Nos dividimos para te encontrar, o David ficou com o lado de fora, o Jefferson foi em direção a uma porta no corredor e eu estava entrando aqui no quarto, quando ouvi a metralhadora e vi o Jefferson caindo, entrei e me abaixei, quando peguei o celular a bateria estava baixa e desligou.

- Liga do meu.

Pego meu celular e entrego a Gideão, estou muito preocupada com Guilherme, a minha vontade é de sair para procurá-lo. Isso está me angustiando.

- O chefe, eu estou com a Luciana, o Jefferson está morto, tem alguém tentando nos matar... me desculpa chefe... esta vivo... eu não sei... - o Gideão fica cinco minutos em silêncio - entendido... sim chefe.

Ele desliga o telefone e coloca no bolso da calça Jeans escuro.

- Esse celular é meu.

- São ordens do chefe.

Ouvimos mais tiros e eu fico com os nervos a flor da pele.

- Precisamos sair daqui. - digo com o coração na boca.

- Não sabemos quem está atirando, quantos são, nem mesmo o que eles querem. Estamos em desvantagem.

- Mas o Guilherme está lá fora, ele precisa de ajuda.