A Prostituta e o Assassino

C:55 - Bônus_Beccy

— Eu acho melhor você desistir dessa vingança Beccy. — Cassiano Bellavista, meu sócio me alerta pelo celular. — Os lexilianos são assassinos proficionais, você não tem a menor chance.

Dou passos curtos de um lado para o outro no escritório, dentro do meu apartamento no Lebron.

— Isso nunca! — uso um tom de voz ameaçadora. — Eu sou o chefe dessa organização, já mandei caçar e matar a todos. São homens como qualquer um... e homem sangra.

Eu agora tenho muito poder, posso derrotar qualquer um que se coloque em meu caminho.

— Chefe, eles tem o exterminador, esse homem é um mito. São mais de 500 pessoas mortas por ele sozinho em menos de 4 anos.

— Obedeça as minhas ordens e deixa que desse exterminador cuido eu.

Já tenho um plano para acabar com o Guilherme Caro Luzdevick, o golpe será tão rápido e certeiro que ele nem saberá o que foi que o atingiu.

— Certo chefe.

Desligo  o telefone e antes que eu pense em fazer alguma coisa, o Érick entra...

— Por que não me avisou que estávamos sendo enviados para uma missão suícida?

Esse garoto está ficando cada dia mais abusado, tenho que colocar uma rédia nele.

— Não devo satisfação a ninguém pirralho, você deve me obedecer sem questionar, eu sou o teu chefe e se põem no seu lugar. — Se ele fosse o superman, me fuminava com uma visão de calor. — Me faça o relatório.

Estou contente ao ver o progresso do Érick, ele está sendo treinado para trabalhar ao meu lado como o pai dele. O melhor chefe que eu já conheci. Tudo que sou hoje, devo ao grande Leon Forte Dellvidor.

— Com certeza você já sabe Beccy. — ele se senta, cruza as pernas, apoia os braços abertos em cima do sofá e me olha como se quizesse voar no meu pescoço. — Seus informantes da delegacia deve ter feito a faxina e te passado os acontecimentos.

Sempre que um dos meus é preso, eu dou um jeito dele chegar morto na prisão para não abrir a boca.
Damos o nome de "faxina".
É a minha forma de insentivá-los a serem os melhores, sabendo que não existe a opção de se render.

— Por que você foi o único que escapou?

Meu celular vibra, olho e recebi uma mensagem.

Carregamento completo.

Graças à Deus uma boa notícia. Cinco garotas entre 9 a 11 anos acabam de chegar na ilha, logo estaram ápitas para trabalhar pra mim.

— Meninas novas? — Érick me interroga com uma aparência preocupada.

Aposto que ele está me escondendo alguma coisa.

— Desenbucha muleque.

— Caralho Beccy, você me mandou atrás do Exterminador. Eu sou tão descartável assim pra você? — ele se levanta, caminha na minha direção e fixa bem o olhar nos meus. — De que espécie você é?

Estava demorando pra ele se sentir homem o suficiente pra me afrontar.

— Esse é o seu pai... — digo mostrando um foto antiga já amarelada pelo tempo, que fica guardada na minha gaveta com sistema de tranca por digital. — eu não espero pouco de você... no mínimo, que seja melhor que ele.

Jogo a foto em cima dele e me viro para ele não perceber um momento de fraqueza em mim. Pisco várias vezes, tentando imperdir uma lágrima de rolar.
Afinal, ao contrário de que todos pensam... vilões também tem sentimento.