C.8 - Lucy I.VIII

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Antes de iniciar a narrativa deste capitulo. Quero lhe comunicar que estou sem internet. Por isso escrevi este capitulo pelo celular.
Desculpe os erros ortográficos. Fiquem agora com a continuação de Lucy.

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Contemplo uma deslumbrante vista de pequenas ondas após as limpas areia da praia que deságua no oceano.
Corro alegremente sentindo as areia por entre os dedos dos meus pés, o vento fresco em minha rosto provocando o balanço dos meus cabelos. Tiro minhas roupas e me lanço nas águas geladas nadando como uma sereia. Eu tenho fixação pela praia.
Perdi a noção do tempo que estava degustando da maravilhosa sensação de curti uma das minhas paixões, até que me dei conta de onde eu estava. 

—Ilha? Como assim ilha? Eu moro em Goiás.— penso — Como estou em uma ilha enorme como essa?

Ouço passos.

Saio da praia e coloco a minha roupa, aguardo para ver se é alguém que pode me socorrer.
Erick aparece saindo da floresta. Atônita, não consigo esboçar reação.

Número sete, acabou o passeio. Célio me enviou para te buscar, já está escurecendo e você nāo vai querer passar a noite aqui sozinha... ou vai?

Como eu permaneci congelada, ele me deu um tapa na cara.

Acorda número sete. — disse Erick com um semblante de preocupação.

Tento digerir tudo. Olho a minha volta.
De começo penso se tratar de um sonho ou melhor um pesadelo. Afinal, nada faz sentido.

Célio?  — indago visando esclarecimento. — Passeio? Me buscar? Mas do que você está falando?

Erick faz cara de bravo.

Puta que pariu! Sabe o que mais odeio em você número sete?

Meu nome é Luciana! Não sou paranormal para adivinhar seus pensamentos.

Essa mania que você tem de estar sempre me fazendo perguntas. — Ele responde gesticulando com as mãos e revirando os olhos, mostrando uma faísca de fúria e seu rosto.

Eu não me importo com a sessão dramática dele. Na verdade nesse momento só me importo em saber a verdade.

Foda-se Erick! Agora me explica, porque a minha ficha ainda não caiu.

Erick se senta na areia da praia olhando para o horizonte que tem um tom alaranjado claro, olha pra mim e da um tapinha na areia indicando para eu me sentar. Me sento e observo o vai e vem das ondas que ecoa uma linda sinfonia.

Nos quartos, no corredor, ao redor da casa e até mesmo na floresta Luciana, tem câmeras escondidas em pontos estratégicos.

O quê? Não! Eu...

Entenda Lucy, a sua prisão é mais do que um quarto e paredes.

Choro ao perceber que em nenhum momento estive livre, era apenas um linda ilusão, uma falsa sensação de liberdade.

Porque me fizeram pensar que havia a possibilidade de fugir? Por que não falaram nada logo  no começo?

Falamos o tempo todo. Você é que não quis ouvir.

Isso para mim foi a gota d'água.

Qual é Erick, isso por acaso é alguma piada? Nunca me disseram que eu estava presa em uma ilha. Isso não teve a menor graça.

Mas falamos que você não tinha escolha. — O semblante dele está sério e o seu olhar penetrante. — Entenda logo de uma vez isso Lucy.

Acredito que revolta é a palavra correta para descrever o que eu sinto nesse momento.

Passa um filme na minha mente dos momento com minha família.

No natal meus irmãos e eu passávamos com o nosso pai Adriano.
Ele sempre dizia...

—  Depois da burrada que cometi com a sua mãe não me casarei novamente.

Festejávamos na casa dos nossos avós paternos Murilo e Ana Vitória.
Acho que nem preciso dizer que eramos os centros das atenções.
O Ano Novo passávamos com a mamãe e o tio Adolfo, em variados lugares importantes.
No ultimos viajamos para o Rio de Janeiro e passamos na praia de Copacabana.
No carnaval fomos para Salvador  na Bahia. Foi maravilhoso!
No meu aniversário de 10 anos comemoramos na Disney.
Minha vida era maravilhosa, cercada de muito amor e carinho.
Como posso aceitar uma vida de sofrimento, maus tratos e solidão?
De maneira nenhuma vou me tornar uma prostituta. Eu vou é pensar em uma forma de escapar sem ser detectada pelas câmeras.
É exatamente isso o que farei.

Olho para o Erick e digo confiante.

Nunca. Eu sempre tentarei fugir, nem que seja até à morte.

Ok! Tem mais uma coisa.

Caralho, mais? Fala logo de uma vez.

Ele abaixa a cabeça como se realmente se sentisse mal por ser o portador dessa informação. Passa as mãos nos fios do seus cabelos escorridos e castanho claros.

Quando o Célio te sequestrou você não veio primeiro pra cá.

Do que você está falando Erick? Quando eu acordei, estava em uma pequena cidade.

Sim! Eu sei. Fica bem longe daqui, é onde o Helicóptero pousou.

— Então é isso, mas para onde eu fui levada?

Primeiro para uma clinica médica ilegal, onde foi implantado um chip contendo toda informação sobre você e um sistema de localização, Algo bem simples, mas com perfeitos resultados. Depois para um hospital particular com médicos que trabalham para o chefe. Passou por uma série de exames e por ultimo trazida para está ilha por um helicóptero particular. Você é um investimento muito caro que dará muito lucro.

Hãnm? — falo por impulso. — Mas isso é desumanos! Vocês são uns malditos monstros do inferno!

Eu nunca ouvi dizer que isso existe na vida real. São coisas que assistia nos filmes, novelas, séries, não na vida real. Pior ainda viver isso na minha própria pele.

Eu sou diferente Lucy! — Diz Erick colocando a mão direita sobre o peito do lado esquerdo.— Eu te amo!

—  Amor? — pergunto furiosa  —
Não Erick!  Você não faz a menor ideia do que é o amor. Você é igualzinho a todos eles. Agora entendo  por que minha mãe dizia que os homens não prestam. Vocês são uns canalhas que só pensam em si mesmo, em sexo e dinheiro. Eu odeio você com todo meu ser!

—  Mas Lucy eu...

Já basta Erick! Você veio para me levar de volta para o meu purgatório, não é? Então vamos!

A parti daí, não emitimos nem mesmo um ruido. Saí andando e ele me ultrapasso nos guiando por um atalho.
Chegamos lá, a noite.
Todos os guardas riam, cochichavam me olhando e debochando de mim.
Tomei um banho. Comi o meu "maravilhoso" arroz, feijão, angu e suco de laranja.

Arrasada com a descoberta da verdadeira condição que me encontro. Só quero dormi e não acordar mais.
Só que o destino quando eu nasci resolveu que todo castigo para mim é pouco.

Célio entra no quarto.

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Que reviravolta!

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Beijos e até o 9° capítulo!

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A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora