A Prostituta e o Assassino

C:59-Lucy IV.II

— O quê? — Quilherme e eu expresamos surpresa ao mesmo tempo.

Será um truque dessa senhora ou Rebeca está tramando alguma coisa com essa mulher?

— Você só pode está brincando, não é? Francisca. — Guilherme a olha como se o mundo dele estivesse acabado.

Meu coração doe ao ver o estado que Guilherme fica.
Não gosto da ideia de Guilherme ter um filho com outra mulher, apesar desse menino ser o fruto de um sexo casual. Não é como o nosso bebê que é o fruto de uma grande amor e uma grávidez planejada.

— Podemos conversar na sala? Para não acordar o Jhonny.— Francisca pergunta retirando o menino do colo dele.

Guilherme está calmo de uma forma preocupante.
Ele jamais aceitará ficar longe do filho.
Estou com medo dele matar a Francisca. Sei que ele é capaz disso.

— Fala. — Guilherme diz sério assim que chegamos na sala, ele está em pé de braço cruzado.

Francisca é uma mulher muito bonita, as sardas no seu rosto lhe dão um certo charme, que combina com seus cabelos ruivos e seus olhos castanho claro.

— Você tinha apenas 16 anos quando descobri que estava grávida. Não sabia de onde veio e não sabia para onde você tinha ido. Você simplismente desapareceu. — ela respira, pisca os olhos e continua com uma voz rouca. — Sabe como é a vida de uma mulher viúva que mora em um bairro pequeno e aparece grávida?

Estou começando a entender a Francisca, ela deve ter enfrentado a maior barra.

— Isso não justifica nada Francisca. — indigna-se Guilherme. — Você quer que eu peça perdão? — ele se ajoelha, seus olhos estão vermelhos e escorrer uma lágrima em seu rosto. — Por favor Francisca me perdoe. Me deixa criar o meu filho.

— Eu não estou te punindo John... — Francisca fala como se sentisse ofendida.

— Guilherme. — ele diz abaixando a cabeça. — O meu nome verdadeiro é Guilherme Caro Luzdevick.

O semblante de Franscisca muda dramasticamente.

— Não te direi o que penso sobre isso. Você não se importa com meus sentimentos. — Francisca está nervosa, mas mantem uma postura impecável. — Eu que fui culpada por ter me envolvido com um muleque que tinha idade para ser meu filho.

— Qual é a sua idade? — minha boca fala sem eu querer. — Desculpe...  acho melhor deixar vocês conversarem sozinhos.

Estou me sentindo envergonhada, parece que estou sobrando.

— Não há necessidade minha jovem. Eu tenho trinta e nove anos. — ela responde séria.

"...porra eu dou entre vinte e cinco á trinta anos pra ela. Quero o nome desse creme facial que ela usa ou será que ela fez plástica..."

— Eu agora sou um homem responsável. — a voz do Guilherme me tira dos meus pensamentos. Ele levanta de vagar. — Estou com vinte e um anos. Aquela é a minha esposa Luciana, iremos ter um filho...

— Vocês dois pensão que são adultos só porque terão um filho? — Ela o enterrompe. — Ai meu Deus do céu, é muito difícil se criar uma criança...

— Eu sei... — Guilherme se altera.

— Sabe? E mesmo assim sai engravidando todas as mulheres que rebola a bunda  pra você?

O clima fica tenso.

— Não é bem assim. — ele responde.

— Deixa eu explicar sem interropções, por favor. — ela gesticula com a mão e anda de um lado para o outro. — Devido ao meu apego ao trabalho, demorei três meses para perceber que estava grávidas. Fiz o exame e deu positivo. — ela respira como se quizesse chorar. — Eu te procurei tanto.— ela chora. — Agora sei porque não achei o Jonh Style.