C:50 - Lucy III.VIII

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Constantemente observo os vizinhos, desejando ter a vida perfeita deles.
Estão sempre sorrindo, com sua família unida e seus projetos sendo realizado.
Será isso inveja? Ou apenas uma forma de fugir de minha cruel e sombria realidade?

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Meu celular vibra, mas não posso atender, estamos correndo pelo corredor.
Fomos direto para o quarto da minha mãe Lurdes e trancamos a porta.

- Temos que ligar para polícia. - digo ofegante.

Estamos tensos.

- O meu celular e o de Camila ficaram nos nossos quartos. - comunica meu irmão, com um semblante apavorado.

- O meu está descarregado filha. - minha mãe fala mexendo na gaveta. - Onde será que está o danado, desse carregado.

Meu celular toca novamente e para minha surpresa é o meu amado Gui.
Deve ter sido um anjo, que tocou no coração dele, para me ligar na hora exata.

- Socorro Gui! - exclamo ao perceber, que somente ele pode me ajudar agora.

Estou me sentindo nos meus contos de princesa, onde o príncipe é um guerreiro poderoso, capaz de tudo para salvar sua amado donzela.

"...a ironia é que de donzela, só tenho o nariz e as orelhas..."

Mamãe me olha, estranhando um pequeno sorriso na minha face.

- Lucy... - diz Guilherme, mas eu o interrompo. Acredito que ouvi um barulho de um dos homens da Beccy, por dentro da casa.

Começo a fechar as cortinas, o que faz com o quarto, fique mais escuro, meio assustador para um momento como esse.

- Eles estão aqui, meu celular não faz ligação para a policia. Me ajude Gui.

- Acelera o máximo Ruan. - escuto a voz de Guilherme. Provavelmente está no carro de algum amigo, irmão ou um parente.

- Fica calma meu amor, eu já estou chegando.

Como assim? Será que ele não entendeu nada.

- Me diz o que está acontecendo irmão. - ouço uma voz no fundo.

"...então ele tem um irmão..."

Minha mãe, agora procura o carregado na bolsa. A Camila revira as gaveta do guarda roupa e o Pablo está olhando debaixo da cama. É até engraçado, ver ele com a bunda para o alto.

- Gui, por favor me escute, não da tempo de você vim do Rio. Chama a polícia, tem muito capanga da Beccy aqui e também, você não pode vim sozinho pra cá meu amor, seria suicídio.

Acho que fui bem clara dessa vez.

- Eu prometo querida.

Respiro aliviada, graças a Deus, que ele entendeu.

- Acho que o Adolfo, levou lá pra baixo. - minha mãe conclui depois que reviraram o quarto.

- Tudo bem mãe, meu namorado vai ligar pra polícia.

- Que história é essa de namorado Lucy? Quem são esses homens, que estão invadindo a minha casa e por que parece, que você está envolvida nisso?

Entro em choque e não sei como explicar, exatamente tudo em um momento como esse.

- É... hum... ah... é...- pisco e olho para tudo, menos para olhos da minha mãe.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora