C.25 - Lucy II.VI

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Uma semana depois.

Estou voando com uma linda asa de borboleta sobre um campo florido, com o vento contra o meu rosto, me sinto livre feito um andorinha, indo em direção rumo ao horizonte, só que eu estou indo para uma belíssima cachoeira que brilha feito cristal.
Sinto o perfume das flores e o som das águas.

Mamãe Laura, papai Adriano, meus irmãos Pablo e Camila, meu tio Adolfo e minha melhor amiga Selena, estamos brincando de apostar quem chega primeiro na cachoeira.

Todos nós estamos alegres e sorrindo.

De repente Rebeca aparece em pé, bem na minha frente. Começo a cair após a colisão.
No chão, Célio corta minhas asas, sinto dores intensa por todo o meu corpo.
Olho para o céu e todo estão voando, brincando e sorrindo, indo em direção a cachoeira.

Você é uma prostituta número sete. — diz Sérgio pelado. — Agora chupa meu pau!

Acordo suando frio, com a chamada do meu Iphone.

Bom dia Gustavo! — atendo com voz de sono.

Eu estou ligando só pra dizer que te amo minha linda!

Ele me liga todos os dias, no mesmo horário. De manhã, de tarde e a noite.

Onde está sua esposa? — pergunto me levantando.

Caminhando na praia, mas eu quero falar de nós.

Por favor Gustavo! Já pedi para me esquecer, isso é loucura.

Quanto mais você nega, mais eu fico interessado. Você ainda irá gozar muito em meus braços.

O meu corpo se incendeia só de ouvir ele falar, esse sotaque dele me mata de desejo, a imagem do nosso primeiro beijo vem em minha mente e meu corpo treme sentindo a falta dos seus lábios, sua pegada, seus carinhos, ele é um anjo lindo que roubou meu coração.

Não! Pare de dizer essas coisas.

Se ficou nervosinha é por que está excitada.

O quê... não! Eu... eu... vou desligar Gustavo.

Lucy espe...

Desligo o telefone.

Que rapaz gostoso, me enlouquece só com o som da voz.

Tomo uma ducha, escovo os dentes, passo hidratante, visto um short lilás e uma blusa preta.

Tento novamente ligar para minha mãe.

"... o número discado não existe. Por favor! Consulte a lista telefônica..."

Acontece o mesmo quando tento ligar para a polícia.
Rebeca é muito inteligente.

Alguém bate na porta.

Pode entrar... está aberta. — digo colocando o celular encima da cômoda ao lado da minha cama.

Luciana!

Meu coração acelera, sou possuída por uma ira que me consome a alma.
Me viro já voando no pescoço dela.
Nós duas caímos no chão, ela se vira e sobe em cima de mim segurando meus braços.

Luciana se acalme, eu não quero brigar com você!

Sua piranha,vagabunda, falsa, eu quero que você morra! — Falo tentando me soltar. — Você tem que paga pelo que me fez sua prostituta mirim.

A Prostituta e o AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora