Capítulo 12 - Segunda-feira

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            Manhã de segunda-feira nunca foi, pelo menos para mim, uma manhã boa de acordar, mas essa está linda até mesmo a cambaxirra que canta perto da minha janela lá pelas cinco e trinta da manhã não me incomodou, eu acho que foi por eu já estar meio desperta que seu canto estava diferente, fiquei por uns minutinhos ouvindo, e dessa vez sem espraguejar.

            Abri a janela, queria ver de onde vinha o canto, a fraca luz do nascer daquele dia entrou iluminando meu quarto, ao apoiar minhas mãos no parapeito eu fechei meus olhos, senti a sensação dele por trás de mim ao me vendar, me senti nua eu queria estar nua e vendada como estive.

            Sem pensar eu comecei a fazer minha camisola subir aos poucos descobrindo minhas coxas, as nádegas metade das costas, logo abaixo dos meus seios eu dei um jeito de prendê-la, não podia fazê-la subir mais, não tinha o mar à minha frente e sim outras janelas.

            Comecei a passar minha mão por minha barriga, preciso dar um jeito nela, desci para meu ventre, comecei a tocar os primeiros pelos pubianos, fiquei um tempo brincando com eles, puxando levemente, fui afastando minhas pernas, só ouvia o canto da cambaxirra, levei meus dedos ao início de minha fenda, tornei a brincar com os pelos ao redor dela, sentia pulsar, separei os lábios e descobri o quão molhada eu estava, levei a mão em concha cobrindo-a toda, fechei e apertei minha coxas, de olhos fechados imaginei a mão dele, de olhos fechados eu não ouvia mais a cambaxirra, ouvia apenas a minha voz que chamava por Hugo.

            Assusta abri os olhos e me afastei da janela, no meu íntimo eu gritava por ele, fechei a janela temerosa de que tivesse realmente gritado fui para minha cama, deitei de bruços com minha mão entre as pernas, serpenteei sobre meu colchão a cambaxirra cantava e eu chamava por Hugo enquanto gozava para ele, ofegante relaxei sobre os lençóis.

            - Henriqueta.

            Ouvi ao longe minha mãe e o som de batidas na porta.

            - Filha, você tem que ir para a universidade? São nove horas.

            Respondi qualquer coisa inaudível para ela, me espreguicei na cama a sensação é de que eu estava em um sonho bom, mas um sonho que não deixou lembranças poderia ter dito para minha mãe que já não precisava mais ir à universidade por esses dias, que já havia entregado a versão final de meu trabalho, mas eu preciso ir sim, eu preciso ir encontrar alguém.

            Tomei um banho rápido escolhi a saia que eu estava usando quando o vi pela primeira vez, sei que não é uma saia bonita ou que me favoreça a silhueta, mas ela tem um significado todo especial para mim; tomei o café que minha mãe me serviu e corri para a universidade a droga do meu carro mais uma vez me deixou na mão, tive que ir de ônibus, já cheguei praticamente quase na hora do almoço, fui direto à biblioteca, passei uns minutos percorrendo os corredores próximos, meu coração dava pulos eu imaginava que a qualquer momento e sairia de alguma sala, ou ao dobrar em algum corredor nos esbarraríamos novamente.

            Não o encontrei e nesse meio tempo liguei duas vezes para casa querendo saber se alguém havia me ligado, minha mãe me disse para que eu não me preocupasse, pois se alguém, e ela frisou essa alguém e deu um risinho, ligasse ela daria meu telefone.

            Fui até a sala do meu orientador, mas ela estava trancada de lá fui para o restaurante onde almoçamos, eu não estava como fome eu só procurava por um certo par de olhos azuis.

            Voltei para o centro onde estudo e assim que cheguei encontrei a Suzana que também é uma orientanda do professor Lobstein, só que ela está iniciando seu doutorado.

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