Hoje começo a publicar uma sequência de capítulos e todos eles
serão em comemoração ao dia 02/05/2017.
O final de semana estava acabando, e eu agora acabara de sair da casa dele completamente mudada, eu cheguei como Henriqueta e estou saindo como Queta do Senhor Hunter, ou queta do Hunter na intimidade ou ainda apenas uma menina que tem um Dono.
Caminhamos até o metro onde ele me beijou pela última vez naquele dia, estava frio e eu usava um casaco dele, as mangas dobradas, os ombros caídos, mas estava aquecida e sentia seu cheiro, o cheiro que entranhou em minhas narinas e nunca mais vai sair delas.
Peguei o celular e haviam mais não sei quantas mensagens da Joy e minha mãe, pensei em começar a responder a Joy, mas sabia que seriam milhares de perguntas, questionamentos a cerca de tudo, preferi ligar para minha mãe, foi bom ouvir a voz dela, poder dizer que está tudo bem, que estou me sentindo bem, trabalhando bastante, me desculpando por estar quase sem tempo de ligar, ouvir ela dizer que quando se quer se arranja tempo.
Limpei duas lágrimas que surgiam nos cantos de meus olhos, falei com meu pai que me perguntou se eu estava bem, senti sua voz cansada, falamos pouco e mamãe voltou a pegar o telefone, perguntou se eu estava me alimentando bem, todas aquelas coisas que mãe pergunta não importa que idade o filha tenha, não importa onde ela esteja.
- Mãe tá tudo bem com o papai?
- Tá sim filha, tá tudo bem aqui.
Não gostei da forma como ela falou, parecia que não queria me dizer algo ou que não podia me dizer, umas duas ou três vezes o sinal caiu eu tornava a ligar ou ela ligava, senti saudades de casa, ao mesmo tempo que sentia saudades da casa do Hugo que agora era meu Dono. Como vai ser daqui a alguns meses? Como vai ser quando minha bolsa acabar? O que eu vou ser?
Nos despedimos com eu prometendo que ligaria mais vezes, guardei o celular com o coração apertado de saudades de meus pais, levei a mão ao pescoço e senti a gargantilha, minha vida estava mudando, que rumo tomaria?
Já chegando em casa em Greenwich senti uma forte pontada em meu baixo ventre, senti as coxas molhadas, subi correndo e entrei em casa direto para o banheiro, tirei o vestido e joguei ao chão e fui direto para o box, minha menstruação desceu forte acompanhada de cólicas, abri a água morna então lembrei-me da gargantilha em meu pescoço como em tão pouco tempo ela passou a fazer parte de meu corpo? Eu nem a sentia em mim, mas não a queria molhar.
Deixei a água morna cair sobre meu corpo enquanto eu olhava cada detalhe do mimo que Hugo me deu, meu Dono, sorri para mim mesma enquanto sentia novamente cólicas, pelo menos consegui chegar em casa, tenho que agradecer por não ter acontecido na rua, ainda mais eu estando sem calcinha, ou ainda mais quando estava com meu Dono em mim, não quero nem pensar na vergonha que eu teria.
Saí do banho e fui pegar minha agenda para anotar a data da chegada da minha menstruação e só então, ao fazer as contas, percebi que já estava atrasada quatro dias e mais uma vez eu tenho que ficar agradecida, pois se eu tivesse visto antes de ir para encontrar-me com ele nesse momento tão especial e preocupada com menstruação atrasada, pensando que poderia estar grávida não teria sido bom como foi.
Senti uma outra pontada e acariciei meu ventre, virei-me para o espelho estava lá em meu seio a marca da mordida, virei-me de lado com as duas mãos por baixo de minha barriga, um pensamento maluco passou por minha cabeça, grávida dele, será que isso vai acontecer? Como ele reagiria ou vai reagir se vier acontecer? O toque do meu celular me tirou desses pensamentos atendi a Joy.
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Correntes de uma Libertação
Literatura FemininaUma jovem e promissora pós graduanda. Um Homem mais velho e misterioso. Um dia de calor, um encontro fortuito e de uma forma inusitada. O que poderia atrair seres tão diferentes? Ela uma feminista envolvida com movimentos em busca de um mund...