Capítulo 51 - A minha primeira tarde como submissa

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            Conversamos muito durante toda a tarde daquele domingo, perguntava e tinha respostas, muitas vezes meu Dono me disse para ter calma que eu não aprenderia nem entenderia tudo de uma vez, que ele levou anos e anos para saber o que sabe e ainda tem muito a aprender.

            Eu estava sentindo-me outra pessoa queria sugar tudo o que ele soubesse, queria entender como ele entende o mundo em que ele vive e quer viver o estilo de vida escolhido por ele e que espero seja o meu também.

            Muitas coisas me assustaram outras me fizeram sorrir e tivemos, mais uma vez, uma longa conversa sobre o que ele quer e espera de mim, falamos sobre a diferença entre um Dominador e um Sádico entre submissa e masoquista, arregalei meus olhos para muita coisa, me encolhia como uma gatinha assustada num canto, eu sei que não conseguiria de forma alguma suportar nem a metade do que eu via.

            Enquanto conversávamos meu celular ficou o tempo todo dando sinais de vida, mensagem de minha mãe e centenas de mensagens e ligações via WattsApp da Joy, sei que estão em busca de notícias minhas, temos conversado rapidamente e desde sexta-feira que não mando mensagens para elas, também eu não tinha como ficar mandando e hoje aprendi que quando estiver com meu Dono devo deixar meu celular com o som no mínimo.

            É ele me disse, quando pela quarta vez eu peguei o celular para olhar a tela, que essa seria a primeira e última vez que ele me diria isso e que se viesse a acontecer eu seria punida e partindo desse ponto ele quis conversar sobre comportamento meu e punição, que a partir daquele momento que sempre que eu estivesse com ele seriam as regras dele, a vontade dele.

            Não foi de forma alguma uma conversa fácil para mim, na verdade ainda não está sendo fácil aceitar tudo isso. Quando eu iria imaginar que eu concordaria que a pessoa com quem eu estou tivesse o direito de me dar umas palmadas, uma cintadas ou até mesmo umas chicotadas se eu pegasse o celular na frente dele, sei que eu concordei com isso, com medo, com receios que nem sei bem quais, rompendo uma barreira, quebrando todos os meus paradigmas.

            Na hora eu pensei em como eu fui à Delegacia de Polícia para dar queixa de César por agressão e agora eu estou dizendo que Hugo, que agora chamo de Dono, possa fazer isso comigo, possa me disciplinar, essa é a palavra que ele prefere usar a me bater.

           Uma tênue linha separa uma coisa da outra, o mesmo gesto ganha duas conotações totalmente diferente, em alguns casos é agressão e em outros demonstração de querer de mostrar o que quer, de mostrar que dá atenção e que cuida. Numa das conversas que tive eu ouvi uma submissa dizer que uma vez tinha sido perguntada por uma pessoa muito jovem, bem jovem mesmo, falando de briga em escola entre meninos e meninas, e ter dito se era certo bater numa menina. Como responder a isso sendo ela uma submissa? E gostei muito da forma como ela saiu dessa saia justa, dizendo que não se deve bater num menina, que não se deve bater numa mulher quando se é adulto, a não ser que ela te peça, a não ser que ela tenha concordado, mas que isso era coisa para se preocupar mais adiante, quando fosse mais velho.

            Ele também não quer que eu use calcinha na frente dele, e isso eu entendi perfeitamente os motivos ao lembrar-me de Suzanne sendo tocada pelo seu Senhor na frente de todos os presentes, se ela estivesse de calcinha isso não seria possível, foi fácil concordar com isso, bem como sempre que assim que chegar a casa dele eu devo estar nua apenas com a coleira que ganhei hoje ou outras que ele venha a presentear-me

            Agora tem algumas coisas que eu concordei, apesar de estar morrendo de medo, é concordei em pelo menos experimentar ter os bicos de meus seios, só de pensar nisso me sobe um frio pela espinha, enfeitados com prendedores eu não acredito até agora que concordei com isso, mas quando eu fui logo dizendo não a ele eu vi sua fisionomia mudar e ele me disse que se eu fosse para uma negociação com ele com a minha mente assim fechada que não chegaríamos a ponto nenhum.

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