Nós nos arrumamos correndo e fomos nos encontrar com ele no metro da Oxford Street. Como sempre ele já estava lá, foi uma sensação diferente encontra-lo estando com a Joy junto, já aconteceu isso antes, mas muito rapidamente e em outra situação, agora ela sabe o que ele é realmente meu. De longe o avistamos.
- É minha amiga ele sempre elegante, começo a achar que você fez uma bela escolha apesar...
- Não me venha com apesares Joy, e ele me escolheu, e tens razão ele está sempre muito elegante e aos meus olhos da forma que ele esteja.
Mais alguns passos e já estávamos juntas a ele.
- Oi, lembra-se da Joy?
Eu confesso que fiquei tensa nessa hora, queria ter dito - "Oi Dono" – mas não saiu de forma alguma, clara que havia certa tensão no apesar de Joy saber de tudo.
- Boa noite Joyce, é claro que me lembro, afinal se ela não tivesse lhe entregue certo bilhete.
Imediatamente lembrei-me do dia da minha defesa de tese, até mesmo do que pensei sobre Joy.
- Boa noite Senhor Hugo.
Percebi que Joy também estava meio sem jeito de como falar com ele e foi ele quem quebrou esse clima.
- Hugo chame-me Hugo.
Sorri para ele, senti o quanto ele queria nos deixar à vontade.
- Então a minha menina está com uma hóspede.
Essa era a primeira vez que ele me chamava assim diante de alguém fora do nosso mundo BDSM e ele fez isso me segurando pelos cabelos bem junto à minha nuca e puxando-me para beijar-me a boca, meu corpo todo arrepiou naquele momento, senti-me contrair sob o vestido, fiquei nervosa achando que todo mundo que passava havia percebido a forma como ele me pegou, preocupada que os meus bicos, que latejavam, demonstrassem meu estado, apesar de aprisionados em um sutiã. Ele soltou-me, eu sentia as pernas bambas.
- Estou sim.
Parei por uns segundo olhando em seus olhos, eu sabia o que eu lia em seus olhos, eu sabia o que ele queria.
- Estou sim meu Dono.
Esse foi outro momento de libertação meu, de agora em diante eu poderia chama-lo o tempo todo assim diante de minha amiga.
- É Hugo a Queta está me recebendo muito bem, ontem chegamos mortas em casa, acho que eu não conseguiria dar nenhum passo a mais.
- Então a noite foi boa.
Magnífica para a minha primeira noite aqui.
- Eu fiz reserva em um restaurante aqui perto.
Passamos a caminhar em direção a John Princes Street, quando viramos a esquina senti o mexer em minha bolsa, abri-la e colocar algo dentro, eu não percebi direito o que era, olhei para Joy e vi que ela não percebeu nada pois estava encantada olhando para os prédios e os transeuntes. Entramos num restaurante simples e bem acolhedor.
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Correntes de uma Libertação
Chick-LitUma jovem e promissora pós graduanda. Um Homem mais velho e misterioso. Um dia de calor, um encontro fortuito e de uma forma inusitada. O que poderia atrair seres tão diferentes? Ela uma feminista envolvida com movimentos em busca de um mund...