Naquela noite de sexta-feira fui encontrar com meu Dono em um restaurante japonês, nas imediações da Oxford Street, ficamos em um reservado e fomos servidos segundo as tradições, inclusive tendo nos sentados em um tatame no chão ao invés de uma mesa normal e cadeiras, eu estava de vestido e precisei puxa-lo um pouco para cima para poder facilitar que eu me sentasse, e é claro que como ele sempre quer eu estava sem calcinha. Foi diferente de tudo, não sou nenhuma especialista em usar os pauzinhos japoneses, ou melhor, hashi que é o nome correto.
      Em determinado momento Dono ficou olhando para os que ele tinha em mãos para logo em seguida olhar em direção aos meus seios, senti seu olhar e senti-os manifestarem-se, não sei explicar, mas naquele instante pensei nele prendendo os meus bicos com os hashi e os levando à sua boca, de imediato meu corpo reagiu entre as coxas.
      Ao final Dono falou algo com a moça que nos servia, mas ela nada respondeu fez apenas um movimento de cabeça e retirou-se, ficamos ainda por um tempo ali conversando enquanto esperávamos que ele terminasse o seu saquê, quando a moça voltou entregou ao Dono um pequeno embrulho. Ele ajudou-me a levantar e abraçou-me por trás, apertando-me contra ele.
      - Minha menina eu quero uma noite japonesa com você.
      Não entendi direito o que ele quis dizer com isso, e apenas respondi.
      - Como Dono quiser.
      SaÃmos de lá para a casa dele e assim que chegamos e ele me fez ficar nua no meio da sala ainda com todas as luzes apagadas eu senti minhas mãos suarem e minha boca seca, mais uma vez o desconhecido me assustava e excitava ao mesmo tempo. Ele então colocou em minhas mãos o embrulho que trouxe do restaurante.
      - Abra minha menina.
      Com certa ansiedade comecei a abrir o embrulho e dentro estavam os dois pares de hashis que usamos, senti aquele arrepio percorrer meu corpo enquanto ele acendia algumas velas vermelhas, assim que senti o cheiro da cera queimar lembrei-me de Roma, ali na sala escura iluminada apenas pelos bruxuleares das chamas de meia dúzia de velas eu aguardei que ele voltasse do quarto.
      Vi em suas mãos cordas cuidadosamente enroladas e de colorações diferentes, o que Dono estará pensando fazer? Mas logo tive a resposta ao ele fazer-me sentar no sofá, juntar meus pés e começar a um trançado amarrando meus dedos e em seguida pés a pernas.Â
      Foi um trabalho cuidadoso e lento e ali eu era apenas o manequim dele, e para ser sincera eu não senti muita interação entre nós.
      Ele então depois de olhar arrumar um nó ou outro ele fotografou, foi a primeira vez que fui fotografada por ele, quando se deu por satisfeito ele começou a soltar cada um dos nós com a mesma tranquilidade com que os fez, ele parecia completamente absorto nesse jogo de pura paciência.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Correntes de uma Libertação
Chick-LitUma jovem e promissora pós graduanda. Um Homem mais velho e misterioso. Um dia de calor, um encontro fortuito e de uma forma inusitada. O que poderia atrair seres tão diferentes? Ela uma feminista envolvida com movimentos em busca de um mund...