Capítulo 18 - Partida

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            Acordei de madrugada assustada, eu sonhei que estava numa rua escura e sozinha, não sabia por que tinha ido parar lá, estava perdida não sabia para onde ir e pressentia que alguém me seguia. Sentei-me na cama, acordei Hugo que logo sentou-se na cama.

            - O que foi?

            - Desculpe, eu te acordei, é que tive um sonho ruim, eu estava perdida e alguém me seguia, quando achei que iriam me agarrar eu acordei e acordei você.

            - Um sonho, perdida, seguida e prestes a ser agarrada, quem sabe não era eu em seu sonho.

            Dizendo isso ele rola sobre mim, sinto o peso de seu corpo prender-me contra o colchão, sinto o calor de seu corpo, seu beijo em minha boca, é madrugada e já não estou mais assustada agora estou é acesa, ele tem esse poder e sei que ele me deseja, afinal só eu gozei e de uma forma tão intensa que fiquei sem condições de lhe proporcionar também o prazer de gozar, claro que ele poderia ter forçado e ter feito, mas acho que ele percebeu que por mais que eu quisesse eu não tinha condições.

            - Hoje quando eu a coloquei contra a porta e segurei seus braços sobre sua cabeça e depois que os soltei eu percebi que você de certa forma os manteve na mesma posição.

            - Eu não sei o motivo Hugo, mas estava agradável estava excitante estar daquela forma, não ter nenhum controle de nada me excitava, eu me sentia sua, não sei se você entende o que eu quero dizer, pois acho que nem eu entendo, sei que não somos uma casal, não somos namorados, não sei se estamos ficando, não quero que pense que por eu ter dito isso estou esperando alguma coisa mais.

            - Hummm, muito me agrada saber disso, pois eu queria te mostrar essa sensação e acho que consegui, mas eu quero agora, que sinta o mesmo, mas de uma forma mais intensa. Já lhe perguntei de outras vezes se confias em mim para certas coisas que tenho lhe mostrado, lembra de como foi com nosso passeio?

            - Sim eu lembro, e será difícil esquecer, de início você me deixou com muito medo, mas a sensação foi maravilhosa, tanto que você conseguiu me fazer gozar de pé.

           Senti uma liberdade nunca sentida antes ao falar sobre o que gostava em relação a sexo, não sentia vergonha de falar, não sentia medo que ele pensasse isso ou aquilo de mim. E com ele sobre mim eu fui me excitando cada vez mais, sabia que ele também  estava sentia-o em minha coxa, afastei minhas pernas para deixar que ele ficasse entre elas.

            - Então você confia em mim para outras sensações.

            - Sim Hugo eu confio, sinto-me segura aqui com você.

            - Então eu não vou perguntar-lhe mais sobre se confias ou não.

            Não sei de onde ou como, talvez de baixo de seu travesseiro ou entre o colchão e a cabeceira, Hugo pegou fitas, amarrou uma em meu pulso esquerdo e em seguida à cabeceira da cama repetindo o mesmo com meu outro pulso, a sensação de ter os braços puxados para cima, até mesmo com uma certa força desencadeou algo em mim, fiquei mais arrepiada, senti me lubrificar ainda mais, então ele faz o mesmo com minhas pernas, eu estava amarrada à cama toda aberta, não sentia vergonha de estar assim, na verdade a sensação era gostosa, logo me veio a lembrança de como ele me chupou segurando minhas mãos, do que eu senti, eu quis que ele me chupasse, mas assim que terminou de amarrar ele foi subindo seu corpo pele meu.

            Sua boca buscou a minha, eu tinha vontade de abraça-lo de envolver seu corpo com minhas pernas, mas não podia fazer, estranho gostar de querer fazer algo e não poder, estranho gostar de estar a mercê.

Correntes de uma LibertaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora