Cap 37. Where do broken hearts go?

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Amélie Ward's point of view

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Amélie Ward's point of view

            O barulho do vento batendo nas folhas das árvores era apavorante. Eu sentia um frio na espinha enquanto o cavalo andava lentamente pelo meio da floresta, assumo que estava em pânico. Era comum naquela região que várias tribos pagãs fizessem rituais ou até sacrifícios no meio da floresta, então não eram só os rebeldes que me preocupavam. O que me restava era rezar para ser protegida por uma força maior até o amanhecer, ou até que eu achasse um lugar seguro.

               A luz da lua refletia na água do rio, enquanto eu passava pela margem. Já parecia ser tarde da madrugada, pois a neblina pairava entre a água e o mato que crescia na parte rasa do rio. O cavalo era obediente e silencioso, eu quase não o ouvia andar e apenas o som de alguns insetos por meio da floresta era audível.

             Talvez o medo e aquela sensação de desgosto dentro de mim, pioravam cada vez mais a situação. Eu tinha decidido deixar tudo para trás por causa de um coração partido, se eu dissesse isso à alguém, a pessoa riria e acharia que eu era louca, óbvio. Mas a verdade era que, para mim, ir embora era a única saída. Eu não aguentaria ter que passar dias, meses ou até anos vendo Justin com Marie, até que eles decidissem partir para o Canadá. Eu preferia ficar sozinha e tentar achar outra vida para mim, do que sofrer mais ainda. Minha cota de decepções tinha se esgotado totalmente e o pior de tudo, eu me culpava.

            Cada vez mais eu sabia que estava me afastando do castelo e assim, deixando aquela vida para trás. Tinha momentos que eu temia ter uma crise de pânico, as vezes a única coisa que via era a luz do lampião que hora ou outra eu levantava para poder clarear o caminho. Eu podia jurar que ouvia alguns passos e barulhos entre as árvores, o que eu repetia mil vezes para mim mesma só ser coisa da minha cabeça e que nada de ruim me aconteceria.

              Com o passar das horas eu já não tinha a mínima ideia de onde estava, a única coisa que sabia era que estava amanhecendo. De acordo com que a luz do sol clareava o caminho entre as árvores, eu pude ver ao longe um enorme e lindo pasto com centenas de macieiras e um rio extenso. Eu nunca tinha ido tão longe para fora do castelo, então qualquer tipo de nova paisagem, era estonteante. Decidi que daria um tempo para o cavalo descansar e tomar água, pois havia horas que ele me carregava sem sessar.

              Desci do cavalo e o levei até a beira do rio. Abaixei a toca da capa para poder observar o horizonte, o rio parecia não ter fim e as macieiras acompanhavam a sua margem até se perder de vista. Respirei fundo, para onde eu deveria ir para que encontrasse meu verdadeiro lar? Eu sabia que não seria nada fácil, mas pelo menos no começo eu poderia ficar em uma hospedaria até que achasse alguma coisa para fazer. Ninguém saberia quem eu era de verdade, sem os trajes típicos de princesa, eu era só uma garota normal que saiu do campo atrás de alguma oportunidade na cidade, e se nada desse certo, era só embarcar em um navio para outro lugar. Simples, certo?

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