Cap 66. I learned from my dad that it's good to have feelings.

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Amelie Ward's point of view

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Amelie Ward's point of view

                   Estava sentada na grama do pasto lendo um livro qualquer, quando senti um vulto ao meu lado e duas crianças passaram quase que voando. Um menino e uma menina que pareciam terem quatro ou cinco anos, brincavam de pega-pega pelo enorme campo e eu sentia como se já conhecesse os dois de algum lugar. Fechei o livro em meu colo e observei os dois brincarem, sorridentes e animados.

                    — O último que chegar é a mulher do padre. — o garoto desafiou a menininha e eu reconheci a voz de Matthew quando criança.

Como seria isso possível? Me levantei num pulo e semicerrei os olhos para enxergar os dois de longe.

                    — Você é sempre tão desnecessário. — a garotinha bufou cansada e um arrepio passou por todo meu corpo, aquela era eu? — Matthew! Me espere, por favor! — gritou correndo atrás do irmão, quando enroscou o pé em um galho preso no chão e caiu de bruços na grama.

— Aii! — reclamei ao sentir uma pontada em meu tornozelo, enquanto a menininha abria o berreiro. Comecei a me aproximar deles e por algum motivo a dor ainda continuava ali, persistente.

Eu lembrava claramente daquela cena em minha cabeça, o quanto eu tinha ficado com raiva de Matthew por me fazer cair de cara no chão, sem contar a dor, que na época para mim, era insuportável. Eu tinha seis anos e Matthew cinco, mamãe tinha deixado que brincássemos no pasto do lado do castelo, já que os guardas mantinham os olhos em nós.

— Pelo amor de Deus, você não consegue fazer nada sem cair como uma banana madura? — Matthew riu, enquanto a pequena figura de mim, berrava de tanto chorar.

                   — Eu odeio você! — ela gritou e meu irmão revirou os olhos, levando uma das mãos a cintura e encarando-a.

                  — Você é muito chata, nem deve ter doído tanto assim, deixe-me ver. — falou se aproximando dela, que deu um grito de pavor ao ver o irmão se aproximar. — Para, Amélie!

— Posso saber o que está acontecendo aqui? — uma voz grossa surgiu atrás de mim, o que quase me fez pular de susto ao reconhecer a pessoa, era meu pai.

Claro, papai sempre aparecia para me salvar quando eu me encrencava. Cansei de contar as vezes em que ele me salvou de levar bronca de minha mãe, por ter quebrado algo sem querer ou por alguma desobediência boba. Meu coração se apertou no momento em que vi papai pegar-me no colo e acariciar meus cabelos, enquanto eu chorava em seu ombro.

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