Cap 40. It's crazy to me, I even see you in my dreams.

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Justin Bieber's point of view

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Justin Bieber's point of view

Dois dias tinham se passado desde que Amélie tinha sumido no mundo, dois insuportáveis dias, tendo que aturar a maldita pressão em cima de mim, sem contar o nariz inchado e um olho roxo que o desgraçado do Matthew tinha me arrumado. Evitei meu pai o máximo que pude, soube que ele tinha tido uma conversa séria com Lydia e Matthew, que aliás, não olhavam na minha cara desde a briga no escritório. O pior de tudo era continuar a competição como se nada tivesse acontecido, tive que eliminar mais seis garotas, Alyssa, Angelina, Khaterine, Grace, Madeline e Alexandra, sobrando assim, Marie, Sophie, Olivia, Kaytlin, Leah e o lugar de Amélie. Apesar de tudo eu tinha fé que a encontraria ou que por um milagre ela voltasse. As buscas continuavam e em todos os vilarejos próximos o desaparecimento da princesa já tinha sido anunciado, qualquer um que visse ou soubesse do paradeiro dela e viesse até o castelo provando a informação, receberia uma gorda quantia em dinheiro.

Marie não estava nem aí se Amélie estava presente ou não no castelo, eu diria até que ela estava aliviada. Ela já tinha me cobrado mil vezes o fato de eu ter dito que a escolheria, porém eu já não queria e nem podia mais fazer isso, enquanto eu não achasse Amélie, aquela competição não acabaria.

Eu queria fugir de tudo aquilo, eu me sentia sufocado e sem rumo, queria poder gritar para todo mundo que eu estava ficando louco com o sumiço de Amélie e que precisava dela comigo urgentemente. Decidi passar o dia na biblioteca dela, já que ninguém me procuraria lá e eu poderia pelo ficar em um lugar que me lembrasse Amélie, que pudesse me fazer sentir a presença dela. Assumo que isso era uma forma de autodestruição, saber que eu poderia nunca mais vê-la mas mesmo assim, continuar alimentando a ideia de que ela voltaria e ficar indo atrás coisas que me fizessem lembrar o seu jeito de agir, de falar, de ser. Eu realmente não me importava se tivesse que viver de lembranças para o resto da vida, contanto que o som de sua voz permanecesse em minha mente para sempre. Eu estava perdendo a cabeça totalmente.

Me deitei em um dos sofás que ficava no meio da biblioteca, finalmente um momento de paz. Eu olhava para o enorme teto repleto de imagens de arcanjos num céu azul onde tudo parecia perfeito. Parecia que dentro de mim, um vácuo me preenchia cada vez mais, o tempo parecia não passar, o desespero tomava conta de mim mais e mais. Eu queria procurar Amélie, andaria por mil anos se fosse preciso, até encontrá-la, porém se eu tentasse procurá-la por conta própria era capaz de meu pai me prender dentro da masmorra se fosse preciso. Eu me sentia um inútil, um merda sem vontade própria.

Depois de tanto pensar e odiar a mim mesmo, acabei caindo no sono, já que eu não dormia desde que Amélie tinha desaparecido.


[...]

Me vi saindo de uma pequena cabana no meio do nada. Usava apenas uma blusa branca e uma calça escura, estava descalço e o vento frio e forte fazia meu corpo tremer enquanto eu andava pela grama, tentando chegar a algum lugar, que eu mesmo não sabia onde. De repente o lugar já não era mais aberto e enormes árvores faziam uma perfeita trilha por entre a floresta. Eu olhava ao redor, mas não reconhecia aquele lugar, uma neblina pairava entre as árvores e eu ouvia som de pássaros ao longe. De acordo com que a neblina sumia e eu continuava a caminhar, comecei a ver com clareza as árvores, porém ainda não conseguia ver que frutos elas produziam.

Algo parecia me guiar pelo caminho, era como se eu estivesse procurando por algo e sabia que estava ali, muito perto, porém não conseguia encontrar. Senti algo cair em minha cabeça e quando olhei no chão, centenas de maçãs estavam ao meu redor.

— Que porra é essa? — murmurei enquanto olhava para o chão, quando senti uma mão em meu ombro. Me virei e me assustei com a figura a minha frente. — Mãe? — minha voz saiu fraca e ela sorriu, me dando um abraço tão forte que eu realmente pude sentir seu toque. Eu chorava, chorava muito e ela acariciava minhas costas.

— Justin, meu amor, seja forte, por favor, seja forte. — ela sussurrava e uma sensação de desespero me matava por dentro.

— Eu a perdi, eu perdi Amélie para sempre. — eu repetia várias vezes e minha mãe me deixava chorar abraçado a ela.

— Você não a perdeu, Justin, nunca a perderá. Não importa o que aconteça, vocês sempre estarão conectados e sempre irão achar o caminho de volta um para o outro. — sua voz suave era quase cantarolada.

— Eu não aguento mais, isso é tudo minha culpa. Só minha culpa. — eu sentia as lágrimas descerem sem sessar e ela levantou meu rosto, fazendo com que eu encarasse seus olhos verdes.

— Você só fez o que achava que era certo, não se culpe tanto. Certas coisas são destinadas a acontecerem, não importa o que fazemos para fugir dessa situação, se for para ser, será. — ela sorriu. Sua aparência continuava a mesma que eu me lembrava antes dela ficar doente, sempre parecendo transparecer serenidade.

— Eu sinto sua falta. — murmurei e ela deu um beijo em minha bochecha. — Por que você tinha que ir embora?

— Como eu te disse antes, certas coisas são destinadas, Justin. Saiba que eu nunca irei embora, eu sempre estarei ao seu lado mesmo que você não me veja, eu sempre estarei com você. — ela acariciou minha bochecha e se afastou. — Lembre-se Justin, não deixe o poder suba para sua cabeça. A hora decisiva está chegando e você precisa estar preparado, fique perto das pessoas amadas e seja forte. — minha mãe me deu um último sorriso e desapareceu.

Olhei para o chão e as maçãs tinham sumido, levantei meu olhar e Amélie me olhava de longe, seu sorriso ao me ver me surpreendeu. Ela me estendeu a mão e eu comecei a andar, ou melhor, correr até ela. Eu precisava sentir seu toque, ouvir sua voz e saber que tudo estava bem. Quando parei a sua frente e segurei em sua mão gelada, sua expressão ficou triste e toda a floresta em volta de nós se desfez, fazendo Amélie desaparecer no nada.

Acordei ofegante e estava todo suado, meu coração palpitava e a única coisa que pude ver era a luz das velas acesas em cima da mesa de leitura. Passei a mão pelos cabelos rapidamente e as imagens do sonho ficavam se repetindo em minha mente. Eu dificilmente sonhava com minha mãe e quando sonhava, ela nunca falava nada, apenas ficava me olhando. Eu estava assustado, confuso e intrigado, não sabia o que fazer depois das palavras de minha mãe, eu nem mesmo sabia se aquilo foi real ou apenas coisa da minha cabeça.

Eu precisava com urgência desabafar com alguém e a única pessoa que me entenderia e me ajudaria nessa situação, era meu melhor amigo.

The Only One || Justin Bieber Onde histórias criam vida. Descubra agora