Na delegacia enquanto prestava meu depoimento, fiquei sabendo que o cara que trabalhava em minha empresa e que também se dizia amigo de Sandra não possuía antecedentes criminais e que iria responder o processo em liberdade. Preciso ficar de olho nele.
Já o Raphael não tem como se safar, pois haviam outras denúncias contra ele, quatro mulheres já o haviam denunciado, este, atuava no mesmo modus operandi: se fazia amigo das vítimas, conquistava a amizade delas e as dopava, concretizando o ato em seguida.
Umas das vítimas misteriosamente desapareceu após ir às redes de televisão denunciar o agressor que se safou por ser filho de senador em Brasília.
Mandei o JP investigar mais a fundo sobre esse caso. Vou providenciar para que ele não saia tão cedo da prisão. Ao que tudo indica o paizinho rico dele deu um "cala boca" pra família dela e a vítima sumiu do mapa e todas as notícias que faziam referência ao caso também.
As demais denúncias foram retiradas e os casos foram fechados. Não temos conhecimento do porque os casos foram fechados. Talvez por medo por parte das vítimas ou pela impunidade das leis brasileiras para pessoas que têm muita grana.
A tenente Pâmela me fez mais algumas perguntas e parece que estava se insinuando para mim, mas no momento não tinha cabeça para outras mulheres. Meu pensamento estava na minha pequena menina.
Não contente com a minha falta de interesse, passou-me seu telefone pessoal. Agradeci com um meio sorriso e saí junto com Miguel, o meu advogado e também amigo.
- Cara deixa eu me esfregar em você um pouquinho. O que você passa quando acorda pela manhã, mel? - disse esfregando seus braços em minhas costas e rindo.
- Ah cara deixa disso, queria ter ânimo para pensar em sexo agora, mas estou tão focado em pegar o filho da puta que tentou abusar da minha assistente que se não fosse o JP, ter me tirado de lá, garanto que ele não iria fazer mal a mais ninguém.
- Hummm... essa sua assistente deve valer muito à pena, não o vejo assim transtornado desde... nunca! Será que o coração deste jovem padauã foi fisgado de uma vez por todas? Mas me diga aí, é gostosinha pelo menos, pra valer esses esforço todo? - ele mostrava uma fileira de dentes alvos em um sorriso zombeteiro.
Dei um murro em seu ombro.
- Mas respeito canalha...
Neste momento, o advogado do filho do cão do Raphael (esse era o nome do porco estuprador, tinha nome de anjo mais era o demônio) passou por nós junto com o meliante que cuspiu impropérios à minha pessoa.
- Seu imbecil você vai entender porque não se deve mexer com pessoas como eu. Vai desejar nunca ter me conhecido! - seu rosto estava inchado, havia um corte no queixo e outro acima do olho direito que estava tão inchado que ele só conseguia ver com o olho esquerdo e virava o rosto desajeitadamente para nos olhar. Seus lábios também estavam inchados e ele falava com dificuldade, estavam faltando alguns dentes na boca, mérito meu, pensei orgulhoso - Garanto que quando sair daqui irei dar o troco para você e aquela piranhazinha, filha da puta, maldita. Você sabe quem eu sou e de quem sou filho?
Seu advogado tentava fazê-lo ficar quieto mas ele pedia, aliás, implorava por outra surra. Quando citou o nome da Sandra, senti novamente uma vontade incontrolável de matar aquele cretino, mas fui segurado pelo Miguel.
Teria que tomar medidas de segurança para Sandra, uma vez que eu sabia me defender e tinha minha própria segurança, porém ela estava despreparada, ainda mais agora que o Edu estava solto e com essa droga de justiça, em alguns meses esse escroto poderia estar solto também.
- Para mim, você não passa de um verme estuprador. Por que não abusa de alguém do seu tamanho? Não se preocupe, daqui até lá, garanto que você estará na área vip no presídio gostando muito de levar dedada e outros brinquedinhos a mais no rabo. Alguns dias na cadeia lhe farão muito bem. Você sabe que a lei da prisão não favorece estupradores não é? E como não é formado ainda, vai fazer companhia a alguns que adorarão estrear um cu novo. - disse sorrindo.
A tenente Pâmela juntamente com o delegado o algemaram e o encaminharam ao presídio.
Ao sairmos da delegacia, haviam muitos repórteres na porta. Gostaria muito de saber como essas notícias se propagam.
Repórter 1: - Senhor Yohensen, é verdade que o senhor agrediu o filho do Senador Mário Mendes?
Repórter 2: - É verdade que ele tentou estuprar a sua namorada?
Repórter 3: Ela usa drogas? Você também usa junto com ela?
Repórter 4: Ela está na sua casa agora?
Muitas perguntas ressoaram juntamente com os flashes em nossos rostos. A única coisa que eu podia fazer era ficar calado, porque em se tratando de jornalistas, tudo que eu dissesse, mesmo que fosse em favor de alguém, para a proteção de alguém seria distorcido para o bel prazer da audiência.
- Nada a declarar! Nada a declarar!
Fomos em disparada aos nossos respectivos carros.
Dirigi por um bom tempo, precisava pensar em algo que apagasse a cena em minha memória, daqueles caras abusando da minha doce e amada Sandra.
Meu telefone tocou diversas vezes e não havia me dado conta até olhar o visor e ver que meu tio Dominique me ligava pela décima vez. Parando o carro em um acostamento, atendi a sua chamada.
- Yohensen, como você explica sua imagem no Jornal da Manhã espancando o filho do Senador Mário Mendes? O que deu em você? Está se drogando agora? Os advogados do senador não param de ligar para a empresa e para meu telefone o ameaçando de processos por agressão. - ele gritava ao telefone exasperado.
- Mantenha a calma! Respire e expire - disse num tom de voz cansado em saber como a vítima sempre se transformava em vilã. Soltando o ar devagar, expliquei toda a história - Quando o senhor foi à minha casa com Sandra, eu havia me dado conta de que fui um babaca e fiz exatamente tudo o que havia pedido.
- Procurou uma terapeuta e foi pedir desculpas à sua assistente, mas o que isso tem a ver com essa confusão toda? - disse ele em tom de confusão.
- Pois bem, havia acabado de sair da terapeuta e liguei para Sandra que não atendia meu telefone de maneira nenhuma e conhecendo ela e sabia que não ficaria sem atender o telefone profissional, comecei a sentir um mal pressentimento. Consegui que um amigo pudesse rastrear o celular e o que ele descobriu meio que confirmou as minhas suspeitas.
- O que aconteceu?
- O sinal estava informando que ela estava em um local diferente dos quais costuma frequentar, estava vindo de uma zona de metrô abandonada, depois de muito tentar contato com ela, quando consegui, ela estava me pedindo socorro. Então, chamei alguns dos meus seguranças e pra encurtar a história, quando chegamos lá, estava tendo uma boate intinerante, mas clandestina. Encontramos dois caras tentando estuprar a Sandra. Ela havia sido drogada pelo filho do senador, o tal do Raphael e mais um cara que era nosso empregado e se fez passar por amigo dela, se eu não chegasse, ela teria sido estuprada da pior forma possível e não lembraria de nada do que tivesse acontecido anteriormente.
- O quê, um dos nossos? Sabia que essa história tinha um furo e que você não agiria se não tivesse um bom motivo! Agora que tudo está explicado tenho cartas na manga para brigar de peixe grande para peixe grande. Você fez muito bem filho, e eu me orgulho por você! E onde ela está agora. Talvez seja necessário vocês saírem da cidade por enquanto...
- E tem mais, Sandra não é a primeira vítima dele. O problema é que as outras não querem denunciar ou têm medo. Pedi para o JP investigar o que realmente aconteceu. Não podia ficar de braços cruzados vendo o amor da minha vida sofrendo de uma maneira tão brutal, tio!
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Olá meus amores, esperem que estejam gostando da história. Agradeceria se vcs pudessem me dar ⛧⛧⛧! Me fariam uma mulher muito feliz e cheia de dentes!
Beijinhos procêis!
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AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO)
RomanceSandra, viveu sua infância e parte da adolescência em um lar abusivo, onde lhe faltava amor e carinho, sendo abusada pelos pais física e emocionalmente. Seus pais a odiavam por motivos que ela desconhecia. Mas para sobreviver a negligência deles...