Reencontro (Parte 1)

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- Não se preocupe minha pequena, você não estará sozinha, estaremos no furgão perto do local marcado para o encontro. Caso eles tentem alguma coisa, nossos seguranças além do delegado que é amigo do neu tio, irão imediatamente para onde você estiver. Dessa vez eles não sairão impunemente. - disse o Yohensen pegando meu celular e enviando mensagens para meu pai, através do número informado pelos advogados juntamente com um investigador. Depois do dia de amanhã, garanto que eles terão o fim que merecem!

Mensagem passada para o pai de Sandra:
"Oi pai, queria ver vc e a mãe, tem como me encontrar amanhã na entrada do Parque Ibirapuera, às 15 horas? Sinto saudades! Aguardo vcs! "
...
...
...
... - Sua bandidinha, miserável e inútil, achou que ia se ver livre da gente? Nem adianta fazer esse joguinho de filha feliz! Você sabe muito bem o que queremos! Não pense que vai fugir novamente, pois iremos te achar e trate de levar dinheiro, muito dinheiro. Esse é o preço para deixarmos você em paz, (por hora! Hahahahahaha). Caso contrário, faremos da sua vidinha medíocre, um inferno e você nunca irá casar com esse idiota que você acha que ama! Estarei aguardando ansiosamente, por você!

Fim da mensagem".

Como o Yohensen suspeitava, era dinheiro que eles queriam. E lendo aquela mensagem, não conseguia me lembrar o momento em que deixei de amá-los, não me lembro quando ou se em algum momento houve amor nessa família.

Eles amavam apenas a si mesmos, e eu era um estorvo na vida deles, quando eles descobriram que eu iria casar com um figurão de sucesso e podre de rico, se acharam no direito de tirar proveito da situação.

Eu não sei se conseguia sentir pena ou rancor, era um misto de asco, tristeza e raiva por achar que em algum momento eles poderiam ser uma família normal e apenas por um mísero segundo me chamarem de filha, me tratarem com carinho e compaixão.

Estava disposta a ir ao local marcado e dar um basta de uma vez por todas!

Era definitivo: para mim meus pais estava mortos e enterrados e minha única família era Sara, o Yohensen e o Dominique, pessoas que não tinham o meu sangue, mas que me amaram incondicionalmente sem querer nada em troca, apenas a reciprocidade de amor, afeição, afeto e carinho, além do cuidado e da atenção diária!

Mesmo com o Yohensen me mimando e conversando comigo o tempo todo, não conseguia esquecer aquela frase e pressentia que amanhã  apesar de ser um dia sofrego seria também um dia libertador.

De tanto pensar, me sentia esgotada, mas após deitar no peitoral maravilhoso daquele que um dia seria meu marido e pai dos meus filhos, consegui dormir. Entre sonhos e pesadelos, enfim chegou o dia D.

O dia que iria confrontar os meus piores pesadelos e que iria expurgá-los de uma vez por todas. Esse será o dia em que poderei né libertar pra sempre do meu passado.

Chegando próximo a hora combinada, o Yohensen me dá as coordenadas de tudo que precisarei falar para que possamos desmascarar as verdadeiras faces do mal. Eu teria que ser forte mais uma vez, eu teria que representar o papel da minha vida sem nem ao menos ter feito um curso extensivo de teatro. Mas, daria meu sangue para me fazer convivente.

Estávamos no carro, Yohensen carregava uma maleta com alguns milhões de reais, não me disse o valor exato, mas eu suspeitava que tinha mais que 5 milhões naquela bolsa.

Antes do horário marcado, fui deixada na porta do Parque Ibirapuera, que em dias normais entraria e apreciaria a paisagem, que ainda não pude ir mas dizem que é lindo!

Mas hoje, em especial não conseguia  olhar o que estava a minha volta, apenas esperava ansiosamente para o desfecho final de mais um capítulo sombrio do livro da minha vida.

Um carro preto de vidros fumê se posicionou um pouco mais a frente de onde eu estava. Eram os seguranças. Mais à frente, um furgão estava em posicionamento.

Precisavamos pegar os dois no flagra, no mínimo queríamos apenas uma agressão verbal que pudesse ser retratada como assédio moral, mas se o negócio ficasse mais sério, os seguranças seriam acionados e eles seriam presos em flagrantes!

Vinte minutos após o horário marcado, minha mãe chegou acompanhada do cara que me espancou por metade da minha vida.

Eu segurava uma mochila simples e com algum dinheiro. Não os milhões, apenas alguns trocados.

- Ora, ora, olha quem está aqui... Espero que tenha obedecido ao papai e tenha trazido o que eu te pedi carinhosamente. Não pedirei duas vezes! E sei que de onde vem esse, virá muito mais!

- Me deixem em paz! - Consegui balbuciar com a voz embargada e trêmula.

- Deixar em paz querida? Quer que agora a gente te deixe em paz? Não mesmo! Agora que seus coroas aqui estão velhos, você quer nos abandonar pela segunda vez? Não mesmo! Estamos doentes e você será nossa galinha dos ovos de ouro... Ou vamos transformar sua vidinha de faz de contas em um inferno e se não pudermos ser ricos às suas custas, você também não será!

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Mais um capítulo quentinho pra vcs, seus lindo que tanto amo!
😍😍😍😍😘😘😘

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora