Revanche

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Pov Eduardo (03 dias atrás)

Expulso de casa, sem amigos, sem emprego e agora com a ficha suja na polícia! Não tinha para onde ir.

Mas se Deus não pode me ajudar, com certeza o diabo pode.

Andava desesperado pelas ruas da cidade chuvosa e a noite estava fria e em um momento de cansaço absoluto adormeci, deixando minhas coisas descuidadas.

Ao acordar, estava apenas com as roupas do corpo. Nem documentos, nem roupas e nada mais me restava. Estava morrendo de fome e maltrapilho.

Havia um restaurante na esquina, onde todas as pessoas comiam e conversavam felizes, bem aconchegadas e isso não era justo. Eu merecia estar ali! Maldita cadela, me levou tudo! Até a minha dignidade!

Sem pensar muito, abordei um senhor que saía do restaurante e este parecia ter dinheiro. Faria isso só dessa vez.

Achando um pedaço de vidro, avancei contra o senhor, ameaçando-o, pedi com grosseria que ele entregasse sua carteira.

O senhor não se abalou e continuou andando.

- Estou falando sério, passa a carteira, velhote maldito. Ou lhe corto todo! Você pode escolher me entregar por bem ou por mal!

- Vejo que você é enérgico. Vamos fazer o seguinte, faremos uma troca: lhe dou alguns trocados se você fizer um trabalho para mim.

- Trabalho?! - pensando dessa forma, abaixei a arma. - que tipo de trabalho?

-Me acompanhe, que lhe explicarei tudo e você decide o que fazer depois!

Ainda desconfiado, mas sem muitas opções, o segui, apesar de ser estranhamente perigoso, já não tinha muita coisa a perder.

- pelo que vejo, você parece um garoto inteligente, mas não tem muito direcionamento do que é a vida! Posso lhe mostrar um leque de oportunidades!

Hum... Quando a esmola é demais, o santo desconfia.

- E o que o senhor quer em troca? - andávamos a passos largos e lado a lado, entramos em um restaurante e passamos pelas pessoas que comiam e conversavam alegremente. - É, porque de onde venho, aprendi desde cedo a primeira regra básica da vida: não existe almoço de graça!

- Entre! - disse me olhando com uma cara enigmática, mas mandando do que pedindo eu entrar em uma sala escura, acendendo a luz pude observar que o velhote tinha dinheiro, parecia ser o dono daquele lugar. Um ambiente muito bem decorado, poltronas de couro davam um ar de elegância ao local.

Fechando a porta, atrás de mim, ordenou que eu me sentasse e pediu que eu contasse a minha história.

Então, chamou uma moça bonita e jovem pelo telefone e ordenou que a mesma trouxesse comida para dois.

Lambi os lábios sentindo o estômago roncar. Haviam quase três dias sem comer, estava desesperado e olha o que a maldita fome me fez fazer?

- Veja bem, trabalho para um cara que chamo de "Mestre", não me pergunte o nome dele porque eu não sei. Na verdade ninguém sabe! E estava justamente procurando algumas pessoas para fazer um trabalho para ele quando você apareceu e você tem o perfil perfeito para o trabalho.

- Que tipo de trabalho é esse? - perguntei desconfiado.

- Digamos que tudo tem seu tempo! Me conte a sua história enquanto comemos e então poderei dizer do que se trata, mas garanto que se fizer o seu trabalho direito, será muito bem recompensado.

-E caso eu não o execute ou não queira participar deste trabalho?

- Bem, em caso de você não o executá-lo com maestria, tenho certeza que o Mestre se encarregará pessoalmente de fazer com que apareça em algum lugar com a boca cheia de formigas! Se você optar em desistir, neste exato momento, terei a satisfação de falar com alguns amigos da polícia que você tentou me assaltar! Então você escolhe o que fazer. Isso se chama livre arbítrio. - disse olhando em meus olhos e com muito sarcasmo e escárnio no olhar, sorriu, mostrando alguns dentes que brilhavam reluzentes como ouro.

Engoli em seco e ainda sustentando o meu olhar no dele, aceitei a primeira opção.

O velhote sorriu e me convidou a comer com ele.

Após contar toda a minha história vi em seus olhos um raio de felicidade que a princípio não havia entendido. Até descobrir qual seria meu verdadeiro trabalho.

Não poderia ser melhor. Iria matar dois coelhos de uma tacada só, bem, um talvez morresse, mas o outro sofreria um bocado antes de partir.

De barriga cheia, apertei a mão do capeta, já que Deus não poderia me ajudar, com certeza o diabo se encarregaria de mim!

Hoje:

Conversava alegremente com o braço direito do Mestre e ela me falava que seria uma peça fundamental neste plano dele. Isso mesmo, meus queridos leitores. Ela é mulher e se chama Carmem. É uma mulher muito bonita apesar da sua idade. Aparenta ter 45 anos, mas possui 55 anos. É morena corpo bem feito e cheio de curvas, e o que tem de bonita tem de autoritária e perversa.

Ao entrarmos no recinto, havia a nossa primeira vítima

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Ao entrarmos no recinto, havia a nossa primeira vítima. O mestre é uma pessoa muito influente no país, mas por trás da capa de pessoa pública, esconde um ser sanguinário, perverso e frio, o que faz dele um dos maiores traficantes de escravas sexuais da América Latina. Perdendo apenas para os EUA. É também uma pessoa extremamente rica.

O trabalho que me foi dado, é o de receptar mulheres bonitas e possíveis vítimas para o nosso negócio. O velhote que internamente chamo de "velhote" mas que é chamado de Dom Léo, é o responsável em adestrar as escravas, até que elas cheguem aos seus devidos destinos obedientes e mansas. As que não seguem por essa linha, acabam mortas.

Tento não pensar muito nelas, quero apenas fazer o meu trabalho e ser bem recompensado por isso. Simples assim.

Após minha decadência total, desde o episódio em que fui preso até chegar aqui se passaram 3 dias e eu não esperava que minha vingança fosse tão rápida e plena. O mundo não dá voltas, ele simplesmente capota...

Não foi o meu trabalho escolher e receptar a primeira mulher. Ainda estou aprendendo as técnicas de conquistas e de como atrair as vítimas sem que elas percebam que estão caindo em uma armadilha sem volta.

Mas ao vir a primeira vítima caída no chão, nada poderia ser mais prazeroso do que ver Sandra jogada ali naquele cubículo sombrio, humilhada, e em breve, abusada de todas as formas possíveis. A primeira vítima deste lote, foi uma questão de honra para o Mestre. Sei que ela foi raptada por vingança. Não só a do Mestre como a minha também. A minha vingança começa aqui e agora!

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora