Um Tempo Depois...

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Passaram-se algumas semanas após ter encontrado minha família verdadeira e minha vida tinha mudado completamente.

Meus pais me "obrigaram" a passar mais tempo com eles e me levaram para a casa deles, que ficava num dos bairros mais chiques de São Paulo, o Itaim Bibi, mas só fui com uma condição: que a Sara pudesse me acompanhar para onde eu fosse.

Aos poucos fui descobrindo que meus  pais são donos de construtoras e residem em um prédio lindo, e cada um dos filhos tem um apartamento. Logo estamos todos juntos mais cada um no seu canto.

Continuo morando com a Sara e entre nós nada mudou. Ela continua sendo minha amiga e é agraciada também pelos meus pais, que também a "adotaram" como filha deles... Nossa amizade se solidificou ainda mais.

Eles são muito gratos à ela, pois ela foi quem me protegeu e cuidou quando ninguém mais cuidava. Mesmo tendo idades quase parecidas, foi todo o meu suporte.

Às vezes acho que Deus a colocou em minha vida como um anjo da guarda e também sou muito grata a Ele, por me proporcionar ter uma amizade tão verdadeira quanto a dela. Isso é sorte para poucos!

Meus irmãos estão sempre com a gente e o Antônio está gamado na Sara, que parece que também está curtindo essa paquera, e apesar dela, assim como eu, estar se adaptando à esse negócio de termos um "lar, doce lar", tem um certo receio por ele ser muito galanteador. A fama de garanhão anda léguas.

Ihhhhh, acho que já vi essa história em algum lugar, será que se parece com a minha?

Mas, se rolar algo mais sério, eu torço para que ambos sejam felizes. Aí, além de amiga, também será minha cunhada! Olha que bacana!

Ah, lembrei!

Perguntei ao Yohensen o que o meu pai disse para ele no dia em que se conheceram... 😂😂😂😂

Meu pai disse que queria ter uma conversa muito séria com ele depois, e já tem algum tempinho que o Yohensen está todo misterioso e atendendo algumas ligações de um número estranho, mas muito parecido com o número do papai.

E quando pergunto quem é ou do que se trata, ele desconversa. O que me dá a ideia de que ele e papai estão tramando alguma coisa.

Ele pensa que me engana e eu finjo que acredito.

Mamãe vive insistindo de que eu não preciso trabalhar, que eu sou uma mulher rica e tal, porém, eu continuo trabalhando com o meu noivo.

Aprendi a me virar sozinha, aprendi a conquistar o meu e isso seria difícil de sair de mim. Mesmo sabendo que meus pais podem me dar a vida que qualquer menina sonhe, eu sempre precisei buscar a minha sobrevivência e não era agora que iria parar... Não é ingratidão de querer aceitar o que eles têm a me oferecer, mas sempre trabalhei, não iria conseguir ficar levando vida de dondoca, entre salões e shoppings. Eu realmente gostava do que fazia.

Mas, todas as terças e sextas, almoçava com a mamãe e Juju, e conversávamos sobre a vida e planejamentos para o futuro.

Também fazíamos compras, desse momento eu não abri mão, de jeito nenhum. Momentos com elas, poderiam ser até sentadas na porta da casa, ou na porta da rua, mas, eram os melhores.

Quando se tem uma família de verdade, sem dor e sem mágoa, a gente faz questão de sempre estar por perto, mesmo que seja pra falar besteiras, o importante é estarmos juntos!

Paulo e Antônio estudavam na USP também, mas diferente de mim, ambos cursavam no período matutino, enquanto que eu cursava à noite.

Enquanto Paulo cursava engenharia e seguia os passos do papai, o Antônio era totalmente bicho grilo, amando a natureza, tendo como sua maior paixão o estudo pelos oceanos, a oceanografia.

Tinha voltado à universidade, os dias estavam super corridos mas esse era o tempero para uma vida feliz! Estava realizada na vida profissional, na vida familiar e amorosa. O que mais iria querer da vida?

Meus pais sentiam o maior orgulho por mim, pois, mesmo sem ter recursos consegui passar em uma das maiores universidades do país, por ser uma ótima aluna, em breve teria que estagiar para ter carga horária para poder formar, e futuramente iria ter que sair do meu cargo de assistente do Yohensen para ser assistente de uma das maiores empresas de advocacia de São Paulo.

É tanto o papai quanto o Dominique tinham advogados em comum nessa empresa, estava super feliz pois iria aprender com os melhores e quando pudesse realmente advogar, adoraria trabalhar na vara da família e ter meu próprio escritório.

Enquanto pensava em como minha vida havia dado uma reviravolta de 360°, meu celular toca. Era meu lindo noivo.

Ligação on:

- Oi Linda, temos um jantar para irmos na sexta-feira, está livre? - sua voz era de empolgação.

- Pra você estou sempre livre! Devo me preocupar com o que vestir? Do que se trata o jantar?

- Não se preocupe com a roupa, providenciei tudo. Você virá se arrumar aqui em casa- ele deu uma risada no telefone. - quero você como a mais linda de lá, como sempre!

- Sim e do que se trata? - perguntei intrigada.

- Fecharei o maior contrato da minha vida, mas antes tenho uma surpresa para você que só poderei contar quando chegarmos lá. Mas, fique tranquila, você irá me ajudar e não será pouco!

- Você é suas surpresas! Saudades de você, vamos nos ver hoje, posso passar aí?

Ligação off.

Não poderia estar mais feliz!

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora