Onde Estou?!

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POV Sandra

Sinto uma dor latejante na têmpora, meu ombro parece que está solto. Não sei ainda o que houve, ou onde estou ou ainda pior, para onde vão me levar.

Pelo que me lembro estava chegando em minha casa, quando um cara mascarado me abordou, me pegando desprevenida, me deu uma chave de braço por trás e me levou para um carro, estava quase perdendo os sentidos quando fui arremessada no fundo do automóvel que se parecia com um furgão. Caí como um saco de batatas.

Me recordo que com o impacto, bati a cabeça e meu ombro se deslocou. A dor foi tanta que desmaiei. Não tive tempo de reclamar, pedir socorro, ou tentar correr!

O medo é latente, tão palpável, que posso senti-lo através do suor frio que desce pela minha têmpora. Estou presa, minhas mãos atadas às minhas costas, não me dão escolha, a não ser ficar parada onde estou.

Acordo em um outro lugar, sombrio, úmido, sinto o chão arenoso sob meu corpo. Está tão silencioso. Nenhum som, ninguém por perto.

De repente, o horror me invade!
Ninguém vai saber que estou aqui, vou morrer! Sinto lágrimas quentes descerem pelas minhas bochechas, minha cabeça lateja mais ainda e tudo fica escuro novamente.

Não sei quanto tempo se passou. Minutos? Horas? Dias? Estou com muita sede, tento gritar mas o único som que sai dos meus lábios se misturam a sons de passos e conversas abafadas vindo da área externa da casa.

Se eu não fosse tão teimosa, estaria agora na cama quentinha e aconchegante do Yohensen e agora talvez eu pague o preço do meu orgulho com a vida.

Agora mais passos se aproximam... Vozes soam cada vez mais fortes, uma me parece estranhamente familiar, mas, não consigo distinguir a quem pertence.

Estão cada vez mais próximas, sinto um medo absurdo tomar conta do meu ser. Não me recordo de sentir algo assim, nem nas vezes em que meu pai me agredia, porque de certa forma, aquilo era rotineiro e constante. Dessa vez, é diferente. É muito pior!

A porta é aberta, uma mulher loira, entra, aparentando ter 45 a 50 anos, mas suas feições são gastas, possui um olhar sombrio e perverso.

Devido ao medo, mantenho os olhos fechados quando ela se aproxima, meu instinto grita para meu cérebro que é melhor permanecer assim.

Sinto um bico de sapato empurrando minhas costelas e ombro, sem a preocupação de estar me causando danos. Solto um gemido de dor, e em troca ouço uma risada maléfica, como aquelas risadas de bruxas, dos contos de fadas. Mas, meu conto era de horror.

- Vejo que a Bela Adormecida acordou! - sua voz é cortante como metal. - Vamos ver os danos causados pelos meus meninos. Nunca se importam com a nova "mercadoria"! Quantas vezes já falei que precisamos delas inteiras, para o nosso "comércio"?

- Desculpe chefe, mas tivemos que agir rápido, o namorado dela estava muito perto quando a colocamos gentilmente no carro. - disse um brutamontes, este tinha quase dois metros de altura e parecia um armário, seu rosto era talhado a facão e possuía uma grande cicatriz que atravessava seu olho esquerdo do supercílio até a bochecha.

- Agora teremos que dar um jeito nesse monte de estrume aqui, até o dia da sua comercialização. - disse me cutucando novamente com o pé - Como sabem o mestre não gosta de peças danificadas.

Espere aí, eu era a mercadoria? Uma peça danificada? O que eles pretendiam fazer comigo? Quem era esse maldito mestre de quem eles falavam? Porque eu estava ali?

Muitas perguntas me rodeavam, mas de uma coisa eu tinha certeza, nenhuma delas me deixaria feliz!

- Por favor, não me matem! - disse, em um momento de pânico, não podendo controlar as palavras que saiam da minha boca.

- Hahahahahahahaha, matarmos você? Não pequena criança, a última coisa que iríamos querer, seria o seu fim! Para o seu desprazer. Pena que o mestre não poderá dizer a mesma coisa. Depois que ele terminar, você desejará nunca ter nascido!

A voz conhecida falou novamente, se tornando cada vez mais familiar.

- Senhora, o banho da cadela está pronto, quer que eu a leve e faça esse serviço? Para mim seria um prazer imensurável! - disse, e por mais que eu tentasse me lembrar daquela voz, não conseguia, também não conseguia ver seu rosto, pois ele estava atrás de mim.

- Não, o mestre foi bem enfático quando disse que ninguém do sexo masculino poderia tocá-la! Ela irá com as próprias pernas, não é gracinha? - dizendo isso, me puxou pelos cabelos, me fazendo levantar, sentindo uma dor terrível tomar conta do meu ser. - Não tente nada que a faça se arrepender! Lá fora está bem seguro. Nem sonhando você escaparia daqui! Agora ande!

Ao me levantar pude ver de quem era a voz tão conhecida e familiar. Não pude esconder meu grito de surpresa e descontentamento:

- Você!

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Olá meus amores, muito tempo sem escrever né? Desculpem a demora! Mas espero que a partir de agora além da inspiração, eu tenha um tempo extra pra dedicar a vcs!
O que vcs acham que acontecerá com Sandra? Será que o Yohensen, conseguirá salvá-la do cativeiro? E de quem é a voz misteriosa que está ajudando os sequestradores? A seguir, cenas dos próximos capítulos! (sempre quis dizer isso! (Hahahaha)
Se estiverem gostando da história comentem e se puderem me dar estrelinhas, ficarei muito contente!
😘😘😘 da louca!

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora