A Invasão

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Centenas de agentes trajando roupa preta invadem o local, ouço gritos, vidraças quebrando, tiros, correria!

Mas que porra é essa?! É assim que eles me pedem para ter calma e permanecer na sala?!

Vejo alguém caindo no chão, ouço vozes na sala ao lado da minha, passos apressados irrompem o corredor, mas tiros, o vidro da minha sala explode a minha frente me fazendo ficar deitado no chão e milhares de pequenos pedaços caem em cima de mim.

Momentos de terror passam por mim como um filme. E imagino que Sandra está no fogo cruzado, completamente desprotegida.

Sem pensar duas vezes, me levanto do lugar onde estou e pulo para a área onde ela estava minutos antes de tudo acontecer, o de as meninas faziam o desfile do circo de horrores.

Alguém está caído ao chão, uma das meninas que entraram com minha garota, está morta. Sinto o sangue parar de correr pelas minhas veias, em meu ouvido, ouço o delegado Chavez, mandando que eu ficasse onde estava, pois, Sandra havia fugido mais ninguém a encontrou. Mas que eles já a  estavam procurando.

Então vi o cara que estava conversando antes e que estava sendo meu adversário principal no leilão, segurando uma moça, que escondia o rosto por um capuz e continha uma arma encostada em suas costas. Era Sandra.

Não pude evitar segui-los. Não podia deixar que os guardas deixassem que ele escapasse e muito menos com o minha menina! Se fosse preciso daria a minha vida por ela!

O cara que se intitulava de "Mestre" segurava firmemente no braço esquerdo dela, imobilizando-a. Eles estavam se dirigindo para cobertura do hotel, e quando lá chegaram, havia um heliporto. Mas nenhum helicóptero havia pousado ainda.

Mas eles não esperavam que lá também estivessem policiais altamente armados e o clima ficou mais tenso quando ele apontou a arma para a cabeça de Sandra e pediu passagem jurando que a qualquer movimento, estouraria seus miolos!

Agindo por impulso, e sem ser visto por ele, entrei no campo de visão dos policiais e pedi silenciosamente que ficasse onde estavam, e em questão de milésimos de segundos, mirei e atirei.

Um baque surdo, e gritos histéricos tomavam conta do lugar! O tiro havia acertado a orelha e parte do couro cabeludo do homem, que pelo susto e pela dor havia deixado a arma cair, e afrouxado o aperto no braço de Sandra. Esta, também assustada, gritava,ria e chorava ao mesmo tempo. Os policiais o agarraram e o algemaram.

Pelo visto o maldito deveria ter muito dinheiro, pois um helicóptero de luxo se preparava para pousar, mas ao ver o circo armado, deu meia volta e voava para longe.

Tive a impressão de ver um antigo funcionário das empresas do meu tio no helicóptero. Mas, em meio à confusão, o pensamento se dissipou e pude segurar a minha linda e querida Sandra. Porém, ela não me reconhecia pois ainda estava com a maquiagem e seguindo o disfarce.

Enquanto eu tentava segurá-la em meus braços pedindo para que ela tivesse calma, a equipe da polícia  lia os direitos que aquele maldito filho da puta tinha e o estavam levando para baixo

Mas o único direito que ele deveria ter era de a bala ter sido certeira.

O agente Chavez e sua equipe vieram até onde estávamos.

- Sr. Yohensen, sua ajuda foi de grande valia para conosco. Obrigado por não tê-lo matado. - disse apontando para o verme  que descia as escadas com dificuldade. - Essa é apenas a ponta do iceberg, mas com muito esforço, quebraremos por completo, a rota das escravas Sexuais na América Latina e norte-americana. Sem esse canal das Américas, os países europeus também se enfraquecerão.

- Sr. Yohensen?! Mas como?! - Sandra me olhava atônita, sem acreditar no que estava vendo!

Sorri, um sorriso genuíno. Então, retirei os enchimentos do corpo que me faziam parecer mais gordo e mais velho.

Em seguida retirei a peruca e a máscara de silicone que me deixavam completamente diferente de quem eu sou.

Em seu rosto, pude ver lágrimas descendo descontroladamente e ao mesmo tempo que chorava, estava sorrindo, me abraçando.

- Eu te amo! E jamais deixaria que algo ou alguém te fizesse algum mal.

Ela me abraçou e me beijou como se não houvesse amanhã e isso aqueceu meu coração.

Foi meio piegas, mas dizer o que realmente sentia, abraçando-a  carregando-a no colo, a tirei daquele lugar.

Por incrível que pareça, quando irrompemos portas à fora daquele maldito lugar, dezenas de repórteres estouravam seus flash em nossa direção.

Com a ajuda dos seguranças e agentes da polícia federal, conseguimos entrar em um carro da polícia que nos aguardava.

Sem dar nenhuma entrevista deixamos o local e seguimos para o aeroporto onde meu tio Dominique e Sara esperavam ansiosos por nossa volta.

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Olá meus amores, esse capítulo foi um pouco menor do que os outros, mas prometo que os outros seguintes serão mantidos no mesmo padrão de sempre.
Espero que curtam e se puder, comentem e indiquem aos seus amigos!
Fico feliz em tê-los acompanhando minha história.
Beijinhos!

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora