Cativeiro (parte 1)

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Me levaram para um quarto simples, havia uma cama com grades nas laterais, e uma cadeira no canto, nela estava uma peça única de langerie vermelho, rendado e transparente, sapatos pretos lamboutins, altíssimos. E uma capa preta de veludo com capuz. Nada mais de móveis. A janela também era gradeada, dando pra ver pouco da parte de fora da casa, não me dando noção alguma de onde eu estava.

Não consegui demorar muito porque a mulher, me puxou pelos cabelos, fazendo meu couro cabeludo arder.

- Tire a roupa! E sem gracinhas! - disse me mostrando um teaser recém tirado do bolso.

Me despi, ficando apenas de calcinha e soutien. E a mulher demonstrando impaciência me deu um tapa na cara, fazendo minha bochecha formigar.

Imediatamente tirei o restante das peças que faltavam. Ao tentar me cobrir com as mãos, levei outro tapa.

Meu corpo exalava horror e silenciosamente, lutava para que as lágrimas que beirava meus olhos e insistiam em enchê-los, não caíssem. Ainda sentia dor pelo ombro deslocado.

Aquela mulher maléfica, sem mais e nem menos vendo minha cara de dor, simplesmente deu uma volta para trás de mim e sem aviso colocou meu ombro no lugar. O que me fez urrar como um animal ferido. Outro tapa na cara, desta vez mais forte.

- Muito bem, está ficando uma cadelinha bem obediente! Agora dê uma volta, quero ver seu corpo! - disse com um brilho diferente no olhar. - muito bom! Ótima aquisição o mestre terá... Entre no box! - sua voz expressava urgência.

Então para não ser alvo de outro tapa, entrei no box e de cabeça baixa permaneci.

Uma rajada de água forte e gelada bateu em minhas costas, me tirando da inércia. Ela havia ligado uma mangueira de compressão e parece que sentia prazer ao me ver sentindo dor.

- Se abra para mim! - Não consegui entender o que ela quis dizer com isso, então abri as pernas.

Sua gargalhada era sonora e me fazia lembrar das risadas dos contos de fadas onde a bruxa que estava prestes a devorar as criancinhas, sorria alegremente por ter uma mesa tão farta.

Ainda rindo desligou a mangueira, e se aproximou, me fazendo encolher ainda mais.

- Mas como é bobinha! Não me admira aquele maldito que prendeu meu menino, ainda não tenha lhe comido!

Senti um aperto no coração ao me lembrar do Yohensen. Será que ele estaria procurando por mim? Será que irei vê-lo algum dia? Será esse meu fim?

Novamente a maldita me tirou dos meus pensamentos infortúnios me mandando virar de costas e segurar em minhas nádegas, como se estive as abrindo.

Estava em situação de horror! Não conseguia me mexer, tamanho o meu constrangimento.

Então, senti um choque em minha coxa esquerda, me deixando paralisada.

- Acho que tenho o dia todo! - disse aos berros.

Enquanto eu estava caída no chão ela abriu minhas pernas, passando a mão em meu sexo, alguns pêlos cresciam ao redor. Então tirando uma corda vermelha fina do bolso, amarrou meus braços atrás das costas e manteve minhas pernas bem abertas.

- O mestre ordenou que ninguém a tocasse, mas isso não quer dizer que que eu não possa brincar um pouquinho - disse rindo, conversando mais consigo mesma do que comigo.

Novamente ligou a mangueira e colocou o jato de água em minha vagina e ânus, alternando, entre um e outro.

Senti algo estranho entre o prazer, a excitação, raiva e nojo, asco. Tudo ao mesmo tempo. Meu coração começou a acelerar, algo martelava e pulsava em meu sexo, o fazendo palpitar.

Estava ao mesmo tempo ruborizada e horrorizada. Minha voz saía em gemidos, fazendo com que a mulher soltasse um sorriso de escárnio. E eu me odiando cada vez mais por sentir algo tão sensual com tudo que estava me acontecendo.

Aumentando a força da água, manteve - a em meu sexo, o que me fez gritar.

-Grite, minha criança, aqui todas as paredes são revestidas com material acústico. Você não é a primeira que passou por aqui e nem será a última. Nosso comércio dá uma grana preta, sem contar a satisfação de ver jovens boas como você cair nas nossas garras e se transformar em em verdadeiras putinhas sem pudor algum!

Mais um pouco de pressão e algo explodiu dentro de mim, me deixando fraca, sem forças para reagir. Após me desamarrar, jogou uma toalha para que eu pudesse me enxugar, e em seguida novamente me puxou pelos cabelos, me jogando na cama. Mandou que eu deitasse e esticasse os braços e não tentasse nenhuma gracinha.

Assim o fiz. Então, tirando dois pares de algemas do bolso, colocou cada uma em um braço meu. Saiu, apagando a luz e fechando a porta. Mesmo com todos os acontecimentos dos últimos dias, tentei me manter acordada, mas o sono foi chegando e me levou para um mundo feliz e onde nada disso acontecia.

No dia seguinte, a maldita abriu a porta com força, fazendo com que eu despertasse é acordasse assustada. Tirou minhas algemas, me levou novamente para o banheiro e me deixou fazer minhas necessidades. Tomei um banho, escovei os dentes e novamente me enxuguei.

Colocando a cabeça para o lado de fora, ordenou a um dos guardas que estavam do lado de fora que trouxesse o meu de jejum em seguida, entrou com uma bandeja, com algumas frutas, um pão com manteiga e um copo de suco de laranja.

- Coma! Quero que esteja disposta para o dia seguinte. Sentei-me na cama e percebi que não comia comida de verdade desde ao último dia na casa do Yohensen. Estava faminta e já se passaram quatro dias que estava nesse inferno. Mas, parecia uma eternidade. Em questão de minutos havia devorado as frutas e o pão. Ao beber o suco, senti um gosto estranho, mas, não me importei, tomei até o último gole.

Carmen, me olhou satisfeita e com um brilho diferente no olhar me desejou bons sonhos, saindo em seguida. A princípio não havia entendido, pois ainda era dia, os primeiros raios de sol iluminavam o quarto.

Senti o corpo mole, mas ao mesmo tempo minhas veias queimavam por dentro, como se fogo passasse ao invés de sangue. Meus olhos se fecharam e não conseguia me manter sentada, e nem abrir os olhos, apesar de conseguir sentir mãos me acariciando e, me depilado, me alisando, me tocando, me vestindo. Me sentando em uma cadeira que andava sozinha. O que estava acontecendo? Será que estava sonhando? Não saberia distinguir o que é real ou o que é imaginário. Só conseguia sentir.

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Oi meus lindos e lindas, desculpem a demora! Segue mais um capítulo novinho em folha para vcs! Espero que gostem e compartilhem essa história. E se realmente gostarem me dêem um voto de confiança. Espero que vcs estejam tendo uma semana maravilhosa!
Beijos pra vcs! 😍😍😍😍

AMOR PARA RECOMEÇAR (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora