Aluga-se um Coração

Capítulo 14 - Flagra!

Prometi que postaria ontem mas fiquei enrolada com um seminário, desculpa :(  Não se esqueçam das estrelinhas! Ótimo final de semana, beijos <3

*Logan*

Desci do carro e bati a porta com bastante força. Ajeitei a mochila no ombro e busquei pelas chaves de casa no bolso. Levei algum tempo, mas as encontrei. Assim que passei pela porta um ponto rosa voou no meu pescoço. Droga, era tudo que eu não precisava agora.

Afastei a Suzanne, mas, ela voltou a me agarrar.

- Surpresa. — ela disse e abriu um sorriso enorme. — Eu estava com saudades.

- Suzanne, isso não vai dar certo... — murmurei e ela se afastou aos poucos. Cocei a cabeça e a olhei de soslaio.

- Como assim?

- Nós não temos nada e eu já deixei isso claro pra você, então por que continua grudando em mim e agindo como se fosse a minha namorada?

- Porque eu gosto de você, Logan!

- Você não gosta de ninguém — ri sem humor — Abre as pernas pro primeiro que passa.

- Não seja rude comigo!

- Então não grude em mim e não venha á minha casa sem me avisar antes.

- Poxa gatinho, eu tinha preparado uma surpresa pra você.

- Que surpresa?

- Uma parte esta aqui — ela sorriu marota e ajeitou o decote — E a outra eu vou te mostrar lá em cima.

Eu não gostava de trazer garotas para a minha casa por dois motivos: Um, não fazia sentido trazer essas putas para cá; Dois, minha mãe não quer ver nenhuma garota na casa dela nem pintada de ouro. Nãaao, isso não é verdade... Se for pintada de ouro ela deixa sim.

Suzanne era uma chata e muito inconveniente, mas tem um corpo perfeito e sabe ficar calada nas horas certa. Peguei-a pela mão e ela deu uns pulinhos ridículos de felicidade.

...

Puxei a blusa dela e mordi os lábios. Como eu tinha dito: Um corpo perfeito. Nada para colocar defeito aqui.

Ela estava a ponto de tirar a minha calça quando a porta do meu quarto foi aberta de uma só vez.

- Logan Parker! — minha mãe gritou furiosa. 

- M-mãe — gaguejei e empurrei a Suzanne para o lado. Puxei um travesseiro e coloquei na frente. — Por que você não bateu?

- Quais são as regras dessa casa? — ela ignorou minha pergunta e me bombardeou com o olhar. Para terminar com o circo, meu pai chegou ao quarto também. — Você parece que tem o prazer de me irritar!

- O caso não é esse, mãe. — falei tentando, em vão, me desculpar. 

- O caso é que você não é maduro o suficiente. — meu pai interviu. Ele tinha uma expressão séria no rosto e parecia enojado ao me olhar. — É um moleque, que só quer saber de festa, bebida e mulher. Acabamos de voltar do seu Colégio e a sua diretora e o seu treinador tiveram uma conversa franca com sua mãe e eu. Estou decepcionado, Logan! Não importa o que a gente faça, você NUNCA muda. Não se importa com o seu futuro?

- Claro que me importo pai!

- Então por que continua agindo como um idiota? — ele gritou bravo e a minha mãe colocou a mão em seu braço. — Esqueça a Califórnia! — ele disse ríspido. Não, não! Isso não pode estar acontecendo.

- Eu sou maduro! — protestei enraivado.

- Você não consegue nem manter um relacionamento. Como quer que acreditemos que você pode se mudar para outro lugar e morar sozinho? Não sei a sua mãe, mas eu não confio em você. — ele deu de ombros — Desista da Califórnia.

- Mãe, por favor!

- Sinto muito, Logan... — ela disse e engoliu em seco, virando-se e saindo do meu quarto junto com o meu pai.

- Merda de vida! — gritei alto e joguei o travesseiro longe.

- Calma amor... — Suzanne disse e me alisou. Afastei-a em um movimento brusco e levantei da cama.

- Vá embora, Suzanne. — ordenei e joguei as roupas dela em cima da cama. — Agora.

Entrei no banheiro e bati a porta com uma força incontrolável. Eu odeio a minha vida, eu odeio os meus pais, eu odeio ser quem eu sou! Como assim eu não sou maduro? E o que um relacionamento tem haver com isso? 

Eu consigo ter um relacionamento, e eu consigo provar que posso morar sozinho! Obvio!

E era isso que eu faria: Provaria, do meu jeito, aos meus pais que eles estavam redondamente enganados. 

*Chloé*

- Oi mãe, cheguei! — gritei e fechei a porta de casa. Minha mãe veio pelo corredor que ligava a cozinha e a sala, parou e cruzou os braços.

- Oi, como foi na Megan? — ela perguntou e eu tossi fraco para disfarçar.

- Ah, foi tudo tranquilo... — dei de ombros.

- O que vocês fizeram a tarde toda? 

Ok, isso é estranho. Por que as perguntas? Eu sempre ia para a casa da Megan e ela nunca ligava... Se bem que eu não estava na Megan, mas ela não sabe disso. Ou sabe???

- Fizemos a unha, assistimos filme...

- A sua unha não está feita, Chloé.

Parabéns Chloé, você além de burra é a rainha das mentiras.

- Eu disse que fizemos a unha? Quis dizer o dever. — sorri sem graça e ela ergueu uma sobrancelha. Merda, ela sabe.

- Eu fui na casa da Megan, Chloé, e adivinha só?

- O gato dela te mordeu de novo?

- Sem piadinhas! — ela me repreendeu e eu calei a boca — Você não estava lá... Ai liguei para o seu Colégio e falei com a sua diretora.

- Mãezinha, eu posso explicar.

- Detenção! De três dias! E como você ousa não me contar nada?

- O professor não é de Deus, ele entendeu tudo errado! Mãe, deixa eu te explicar.

- Não! Chloé... Você mentiu sem necessidade. Até quando vai esconder as coisas de mim?

Ela tinha um pouquinho de razão, eu vivia mentindo para ela sobre pequenas coisas e algumas vezes por causa de graaandes coisas. 

- Me desculpe.

- Está de castigo por duas semanas...

- M...

- E se reclamar aumento para três! — ela disse séria e eu bati o pé no chão.

- Isso é injusto.

- Ainda estou ouvindo a sua voz?

Grunhi de raiva e subi as escadas correndo. Saco! Tudo isso por culpa daquele professor maldito.

Fechei a porta do meu quarto e liguei o computador. Acessei o site da Universidade de São Francisco e quase babei. Eu não via a hora de me formar logo e ir para a universidade... Eu sei que vai ser algo bastante diferente e uma mudança de ares intensa, mas eu estava louca para conhecer gente nova e madura, totalmente diferente dos idiotas do meu Colégio.

Só que... Bem... Sempre que temos um sonho ou desejo muito grande aparece um empecilho né? Comigo, que sou azarada, não poderia ser diferente. A Universidade é cara, e os meus pais não tem condições de pagar...

Minha mãe já tentou me convencer a trocar de universidade, mas, eu não quero. Tem que ser essa e ponto. 

Soltei um suspiro e desliguei o computador. Eu precisava quebrar os meus porquinhos para saber quanto eu tinha, e começar a economizar mais.