Pouco tempo depois Andrew entrou com um enfermeiro, que tirou a agulha do meu braço e mediu minha pressão mais uma vez. Ele me disse que estava tudo bem comigo e com o bebê, mas que eu precisava ter mais cuidado. Depois de meia hora escutando ele falar sobre pré-natal e como devia procurar um obstetra, finalmente fui liberada.
— As meninas estão no quarto da Angie e querem te ver. - Andrew avisou, mas eu não sabia se já estava pronta para falar com elas desse assunto. - Mas se você quiser a gente pode ir comer alguma coisa antes. - sugeriu como se pudesse ler minha mente.
— Isso! Estou morrendo de fome. - respondi já indo em direção a praça de alimentação do hospital.
— Vai começar com essa história de comer por dois? - riu.
— Nem posso, a Amanda ia me matar. Nossa! - pus a mão na minha testa ao me lembrar. - Eu não contei nada disso para ela ainda.
— Relaxa! Ela vai entender. E nesse tipo de profissão qualquer coisa que chame atenção e dê matéria é bom.
— É, mas com isso vem as perguntas e dramas. Como de quem é o pai e agora com a gravidez da Megan... - só de pensar em toda confusão que tudo isso ia dar, minha cabeça já começava a doer.
— Quando a hora chegar a gente dá um jeito. Só tenta não pensar nisso agora. Você pode até comer tudo isso sem arrependimentos. - ele apontou para a prateleira cheia de doces e bolos, que me fizeram salivar só de ver.
— Pior que poderia comer tudo isso mesmo. - admiti me sentando em uma das mesas que estava vazia.
— Só hoje! - Andrew avisou se sentando também. - Depois vou ter que deixar meu lado médico ficar no seu pé para comer bem.
— Olha quem fala! Antes de eu ficar no seu apartamento você só tinha macarrão instantâneo e lasanha de microondas.
— A culpa não é minha que passei muitos anos da minha vida em um república.
O tempo passou voando entre risadas e histórias, principalmente comigo comendo quase tudo que pude. Se não fosse por uma mensagem da Mel provavelmente ficaríamos ali até a hora de fechar. O que mais gostava sobre o Andrew era como ele conseguia transmitir paz e me fazer sentir segura, independentemente da situação.
— Antes da gente ir eu queria fala uma coisa. - ele mudou para um tom sério me fazendo franzir o cenho com medo do que ele falaria. - Eu sei que está muito cedo para falar disso e não quero passar a ideia errada, mas eu só queria você soubesse que eu estou aqui para o que você precisar. Eu não ligo para o que qualquer pessoa tenha a dizer sobre você ou sobre quem é pai desse filho. O que eu sei é que mesmo sendo uma situação difícil eu ficarei sempre ao seu lado e amarei esse bebê tanto quanto eu te amo.
Fiquei completamente sem palavras, enquanto meus olhos já lagrimejavam. Merda de hormônios. Eu não sabia nem o que sentir. Claro que eu sabia que podia contar com ele, mas quando isso é diretamente falado para nós é como se tomasse outras proporções. Ainda mais levando em consideração a quantidade de confusão que ele teve que passar por minha culpa, mas mesmo assim ele sempre esteve lá para mim quando eu precisei.
— Obrigada! - sorri antes de abraçá-lo. - De verdade! Você já fez tanto por mim, mesmo tendo que se meter em confusões por isso. Eu nem mereço toda essa sua generosidade, mas pode ter certeza que eu sou muito grata por isso e por ter alguém como você na minha vida.
— E eu não vou sair dela até que você me peça. - acrescentou limpando uma lágrima que fugiu dos meus olhos. Seus olhos continuavam presos aos meus e eu já começava a sentir minhas bochechas se esquentando por isso. Até que ele começou a se aproximar, fazendo meu corpo se enrijecer, mas ele deu um beijo em minha testa, sorrindo para mim em seguida.
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A única estrela no meu céu [CONCLUÍDA]
RomanceKyle Collins pode ser a maior estrela entre as celebridades, mas para Alicia ele é muito mais do que isso. Ele é a única estrela que ilumina a escuridão que ela tem como vida. Presa em um ambiente problemático tanto na sua escola quanto em sua própr...