capitulo 10-se você for meu presente de natal

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Dei um suspiro baixo e andei até a sala, com o noah e meu irmão atrás de mim.

O josh se sentou do lado da minha mãe, ficando de frente pro noah, que tinha sentado do meu lado.

Comecei a comer numa boa, até que eu senti alguma coisa na minha perna. A mão dele.

O que eu ia fazer? Gritar com ele? Pra todo mundo ficar sabendo de tudo que já tinha acontecido? Claro que não.

Tentando ser o mais silenciosa possível, olhei pra ele. E descobri que ele estava olhando pra mim. E estava sorrindo. Era quase o meu sorriso, só que com muito mais malicia.

Eu não podia falar pra ele parar, então só mexi meus lábios. Ele entendeu o que eu quis dizer, mas, como era típico dele, não obedeceu. Abriu ainda mais o sorriso pra mim, acrescentando mais malicia nele e balançou a cabeça fazendo que não.

Depois disso, olhou pra frente, e, com a mão livre, continuou a comer. Mas eu ainda não conseguia. Sua mão subia pela minha coxa, e ele a apertava delicadamente. Minha mãe olhou pra mim, e pro meu prato cheio.

- Não vai comer filha? Achei que você tava com fome. – ela perguntou.

- Eu tô mãe. – coloquei uma garfada de comida pra dentro. Ele apertou um pouco mais forte a minha perna, e um pouco mais pra cima. Eu gemi. No mesmo instante, minha mãe e meu irmão olharam pra mim. – Muito boa a comida mãe, hmm.

O desgraçado disfarçou o riso enchendo a boca de comida. A mão dele parou, mas ainda continuava na minha perna.

Comi o mais rápido que eu podia, aproveitando o momento de distração dele. Parecia que ele realmente tinha se esquecido de mim.

Quando eu estava quase terminando de comer, a mão dele criou vida de novo e voltou a subir pela minha perna. Ele ainda dava apertadas de leve, mas nada que eu não pudesse controlar. Ele estava quase chegando aonde eu imagino que ele queria chegar, quando eu coloquei minha mão embaixo da mesa e arranhei a dele.

Depois fiquei virei meu rosto para onde ele estava sentado, e ele me olhou rindo. Sua mão acariciou minha perna e subiu mais um pouco.

Me levantei da mesa com um movimento brusco, e sem olhar pra trás subi pro meu quarto.

Bati a porta com força quando entrei. Ai, mais que droga! Porque eu? Ele podia ter qualquer menina e tinha que ter me escolhido sem nenhum motivo lógico? Argh, como eu odiava ele. Odiava, odiava, odiava. Não aguentei ficar ali por muito tempo, fazia muito silêncio.

Peguei meu celular na gaveta e coloquei os fones. Aumentei o volume no máximo, ignorando o protesto dos meus ouvidos. Deitei na cama de barriga pra baixo e prestei atenção na música. Não queria lembrar do noah agora. Passaram-se mais ou menos umas cinco músicas e eu estava começando a ficar com sono, mas com preguiça demais pra me levantar e tomar banho pra ir dormir.

Deixei minha cabeça tombar de lado no travesseiro e fechei os olhos. Minha paz não durou muito tempo. Eu não ouvi a porta se abrindo, mas de repente, alguém beijou o meu pescoço, bem perto da minha orelha, e uma mão foi colocada no meu quadril.

Eu não precisei abrir os olhos pra saber quem era. Era a pegada que eu reconheceria em qualquer lugar. Não só a pegada. O cheiro, o beijo. Tudo ali parecia gritar o nome dele.

Arranquei os fones de ouvido e, ainda sem abrir os olhos nem me virar, falei com ele.

- Será que você pode sair do meu quarto?

Eu senti seu corpo se aproximando, e quase se deitando sobre o meu. Ele falou no meu ouvido.

- Não.

- Vai fazer o papel da criancinha mimada agora, é?

- Se você for o meu presente de natal, eu não me importo.

- Vai embora pra sua casa, vai. Some do meu campo de visão.

- Ta tão bom aqui.

Seu corpo se encostou no meu, mas não totalmente. Ele estava meio em cima da cama, meio em cima de mim. Agora já era demais. Eu me virei, só pra encontrar seu rosto a uma proximidade perigosa do meu.

- Vai embora. – eu falei bem devagar. Ele se aproximou mais um pouco. Eu podia sentir sua respiração. Ele estava próximo demais.

- Eu não quero sair daqui. Você não quer que eu saia daqui. Então, eu não vou a lugar nenhum. – ele falou devagar, destacando cada palavra.

- O que foi? Agora além de tudo é surdo? Se eu tô pedindo pra você ir embora, é porque eu não quero você aqui.

Ele me olhou e sorriu, meio presunçoso. Depois levantou um pouco a cabeça e colou seus lábios na pele perto da minha orelha.

- Eu posso até ser surdo, mas eu não sou idiota.

Eu estava ofegando. Não sabia se estava pensando direito. Toda vez que ele chegava perto era assim, parecia que meu corpo se desligava da cabeça e eu perdia o controle. Eu odiava isso.

- Ah é? – respondi depois de alguns segundos. – Bom, isso é uma surpresa para todos.

Ele riu baixo no meu ouvido, e o hálito quente me fez arrepiar.

- Ah Sabina, sempre se fazendo de difícil. Quando é que vai assumir que me quer?

Eu estava pronta para responder. Mas antes que eu pudesse sequer piscar, a boca dele estava no meu pescoço. A mão dele – que estava no meu quadril – percorreu meu corpo até chegar à parte de trás do meu joelho, e quando chegou ali, puxou minha perna, encaixando-a em cima dele. Quase do mesmo jeito que ele fez na piscina.

- E-eu não que-quero você. – respondi, quase um minuto atrasada.

Ele não respondeu. Seus lábios continuavam beijando meu pescoço suavemente, e iam descendo para os meus ombros. Suas mãos acariciavam a perna que estava em cima dele. E foi então que eu desisti. Ali, eu não precisava mais lutar. Nem resistir, nem fingir que não queria o corpo dele, o que era bem diferente de querer ele, que fique bem claro.
Apenas fechei meus olhos e tentei aproveitar o momento. Aproveitar o meu momento com ele.

- NOAHHH, SUA MÃE CHEGOU. – josh gritou.

Olhou pra porta, pra mim de novo, e depois se levantou.

Eu não sei bem qual era a expressão no meu rosto, mas isso não importava nem um pouco perto da pergunta que tinha acabado de surgir na minha cabeça.

O que será que ele tinha dito pra minha mãe pro meu irmão pra ele conseguir subir e ficar esse tempo aqui em cima?

A desculpa dele não foi nem um pouco relacionada a mim, isso é obvio. Mas, ele era bastante esperto, e do jeito que minha família idolatrava ele, eu duvidava que algum deles ttivesse questionado qualquer coisa que ele tenha inventado.

Mas, isso não era a coisa mais importante também. O mais importante agora era como eu estava me sentindo. Quase bem demais, pra falar a verdade. Me desviei desse pensamento, afinal, eu só o desejava de corpo. Se por algum milagre, tivesse como eu misturar o corpo e a pegada do noah, com a personalidade do pepe, eu seria a mulher mais feliz do mundo. E bom, também a criadora do homem perfeito.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora