Maratona 6/7
- Eu vi. Acho que todo mundo viu. – tentei rir de leve. Para minha sorte, obtive bons resultados.
- É... Acho que ela pensa que estamos juntos.
- Você acha? – eu olhei pra ele e sorri de canto. Estava ficando boa naquilo de fingir não me importar.
- É quase uma certeza. – ele sorriu de volta. – Droga! Vou ter que falar pra ela que não temos nada.
- Por que droga? Pensei que você tivesse que dispensar meninas toda hora. – eu falei, meio irônica. Ele deu uma risada no mesmo tom.
- É porque é a savannah. Ela não é o tipo de menina que está acostumada a levar fora ou ser dispensada.
- Pensei que ela fosse medíocre na cama. Isso meio que não faria todos os meninos, hm, dispensarem ela?
- É uma questão de opinião. E a maioria dos meninos da escola não estabelece o mesmo padrão que eu.
- E como se estabelece um padrão, Sr. Exigente? – ergui a sobrancelha.
- Depende das meninas com quem você já dormiu. Se uma delas for boa demais, você acaba estabelecendo um padrão muito alto. – ele piscou pra mim, e eu não precisei de mais nada pra entender que aquilo tinha sido uma indireta. De repente, uma nova e estranha alegria tomou conta de mim, possivelmente devido ao fato de saber que eu era muito boa, na opinião dele. Me controlando o suficiente, lancei pra ele um olhar de superior misturado com ironia. O sorriso que obriguei a tomar conta do meu rosto combinava com esse olhar.
- Você também não é nada mal. — dei de ombros.
- Eu sou o melhor que você já teve, e você sabe disso. – ele se gabou.
- Talvez... Mas meu padrão não é alto. É fácil ser o melhor que eu já tive.
- Eu fiz o seu padrão ficar alto, e você sabe, Sel. Nada do que você disser vai me fazer acreditar no contrário.
Eu sorri pra ele de uma forma prepotente, enquanto ele me olhava com meu sorriso preferido estampado no rosto.
- Tudo bem, então. Não vou discutir com você.
- Porque sabe que eu estou certo.
- O que você quiser, noah. — minha voz mostrava meu sorriso.
Ficamos dois minutos em silêncio, e eu cheguei a pensar que tinha acabado. Quando eu já tinha me distraído, ele se levantou da poltrona e me levantou do sofá.
Logo depois, sentou-se onde eu estava sentada e me puxou pela mão até que eu sentasse em seu colo, de frente pra ele. Eu permiti que ele fizesse isso. Queria ver o que ele iria fazer.
- Fala. – ele disse, com o rosto perto do meu. Era uma ordem, não um pedido.
- O que?
- Que eu sou o melhor que você já teve.
- E se você não for?
- Sabi...
- Não vou falar. – teimei.
- Nós dois sabemos que é verdade. Você só precisa falar. – ele estava acariciando meu braço de leve enquanto falava. O rosto também se aproximava do meu aos poucos.
- Se nós dois sabemos que é verdade, eu não preciso falar. – eu disse, e ele riu.
- Você não vai morrer se disser.
- Você também não vai se eu não disser. – contra-ataquei
Ele respirou fundo uma vez, como se tentasse ser paciente.
- Por favor, Sabi? Eu preciso ouvir. – ele estavas quase implorando. Contentou todo o poder de seus olhos grandes e penetrantes em mim.
Suas mãos agora estavam na base da minha coluna, me prendendo com força em seu colo. Seu olhar tinha uma mistura de concentração e alguma coisa que me deixava comovida. Eu estava fraquejando, e sentia isso.
- Por que precisa? Você é tão confiante de si mesmo, não é? – perguntei-lhe.
- Por favor? – seu olhar ficou mais intenso.
Eu sabia que era só mais um truque dele pra arrancar de mim o que ele queria ouvir, mas de repente eu não me importava. De repente eu me sentia capaz de revelar pra ele a verdade que nós dois já sabíamos. Ele tinha me vencido.
- Você é.
- Sou o que?
- O... Melhor que eu... Já tive. – eu olhei pra baixo por um instante, mas ele levantou meu queixo, me fazendo olhar pra ele.
- Obrigado. – ele me mostrou o sorriso que eu tanto amava — Você também é a melhor que eu já tive.
- Ok. Disso eu já sabia.
- E eu também já sabia o que você me disse.
- Que discussão inútil. – eu ri.
- Pode até ser pra nós, mas pro nosso ego é bem importante.
- Tanto faz.
Ele apenas sorriu mais uma vez e me beijou. E mais uma vez, estávamos conectados de uma forma que me surpreendia. Mas talvez, naquele momento, o que mais me assustasse não fosse a conexão que tínhamos, mas o que se passava na minha cabeça. Eu era uma confusão ambulante.
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o melhor amigo do meu irmão-urridalgo
RomanceSabina é uma garota comum, e com a convivência do melhor amigo de seu irmão, que no entanto odeia, cresce um amor onde jamais qualquer um acharia possível. Mas é um dos mais belos amores. Eles descobrirão esse grande amor por um simples jogo de sedu...