O outro dia passou muito rápido. Por algum motivo eu não conseguia tirar o que aconteceu da minha cabeça. Não tinha sido nada, não é? Ele nem me beijou, nem nada. Eu estava me preocupando demais. Quando eu cheguei em casa, grande surpresa, ele estava lá. Estava na cozinha, sendo um inútil como sempre. Eu já tinha decidido fingir que nada tinha acontecido, eu não queria que ele imaginasse que eu tinha ficado grilada com aquilo.
- Não tem mais casa não? – perguntei petulante.
- Está falando comigo? – ele me olhou.
- Não, eu tô falando com o armário noah.
- Começou cedo hoje, ainda não viu o que acontece quando mexem comigo? Ou você vai querer que eu fale mais da any?
- Idiota. – disse entredentes.
Quando eu voltei pra casa à noite, só queria dormir. Um dia na casa da joalin falando de todo mundo da escola realmente me deixava cansada. E quando eu entrei no meu quarto, o pedaço de lixo estava sentado na cadeira onde eu sentava pra usar o computador. Do lado do meu irmão é claro. O que é isso, ele ia morar aqui em casa agora?
- josh. No corredor. Agora! – disse brava.
- Ah, espera um pouco gatinha. – ele olhou pra mim e sorriu. Em qualquer outro dia eu sorriria de volta, mas hoje não. Isso de o noah.viver aqui em casa agora estava me deixando bem nervosa.
- Agora. – ordenei.
Ele assentiu e me seguiu até o corredor.
- O que foi? – josh perguntou.
- O que ele ta fazendo aqui? O que ele ainda ta fazendo aqui? - perguntei, de braços cruzados.
- Calma sabi, ele vai dormir aqui. – Josh explicou como se aquilo não fosse nada demais.
- O QUÊ? A mamãe está sabendo disso?
- Está sim, na verdade, ela quem chamou ele. – ele disse tranquilamente.
- POR QUÊ?
- Você quer parar de gritar? – ele me olhou feio. – A mãe dele foi dormir na casa do namorado e ele ia ficar em casa sozinho.
Ah, claro, coitadinho.
Bufei, soltando o ar.
- Tudo bem, mas mantenha ele BEM longe de mim e do meu quarto.
- Ta, ta. – ele deu de ombros.
- Eu tô falando sério. – foram minhas últimas palavras.
Desci e fui beber água, eu precisava me acalmar. Depois subi, tomei banho, e fui para o meu quarto. Eles não estavam mais lá. Deitei na minha cama e dormi muito rápido.
Eu estava mais cansada do que eu esperava. E no meio da noite, descobri que estava com mais sede do que eu esperava também. Desci, enchi meu copo, e bebi em paz.
Mas quando eu fui sair dali, bom, ele estava na porta. E estava mais gato do que nunca.O cabelo dele tava meio bagunçado, mas de um jeito diferente. Ele estava sem camisa, e só estava usando alguma coisa que parecia um short de dormir branco. O rosto dele estava diferente também. Estava meio... inocente. E de novo, com o sorriso meio safado no rosto.
- O que foi, ta me perseguindo agora? –indaguei.
- Eu estou começando a me perguntar até quando você vai fingir que não gosta disso. – noah disse.
- Eu não gosto – andei até a porta – E então, vai me deixar sair ou vai ficar aí, sendo mais insuportável do que nunca?
Ele chegou pro lado, e eu andei pra sair dali, mas quando eu estava a um centímetro de ir pra fora da cozinha, ele colocou o braço na minha frente, e me puxou pela cintura até que eu ficasse de frente pra ele.
- Sabe, eu não consigo acreditar que você não gosta. – ele me empurrou pra dentro da cozinha, ainda com o corpo junto ao meu.
- Você devia acreditar, não faz bem ficar se iludindo.
Ele me encostou na bancada e falou no me ouvido.
- Se você não gostasse, - ele falou perto do meu ouvido e depois mordeu minha orelha. Eu arrepiei. – Você não ficaria assim.
Eu não consegui falar nada, e ele entendeu meu silêncio como um sim, ou alguma coisa parecida. Ele girou, ficando de costas para a bancada, e puxou meu corpo com força para si. A pele quente dele me fez arrepiar de novo. Que droga. Eu precisava dar um jeito de fazer esses arrepios pararem. Depois, ele tirou meu cabelo do pescoço com uma das mãos enquanto a outra continuava me segurando. Ele começou a beijar meu pescoço delicadamente enquanto subia para encontrar meus lábios.
E de repente eu percebi que não queria sair dali. Era bom demais. Mas a parte de mim que não se deixava cair em tentação me alertou que se ele sequer me beijasse, no outro dia a escola inteira estaria falando que nós transamos. E eu não podia deixar isso acontecer, eu ainda o odiava, não?
- M-me solta noah. – eu mal conseguia falar. Ele parou de me beijar.
- Você não quer isso.
- Me solta! – eu quase gritei. E empurrei o corpo dele.
É claro que ele deixou que eu saísse. Ele era muito mais forte que eu, como todos sabemos.
- Você ainda vai implorar por isso.
- Vai sonhando. Eu te odeio, não te suporto, lembra? Ou seu cérebro já inutilizou a parte da sua memória?
- É tanto esforço para fingir que isso é verdade. Não vai demorar muito, você vai pedir pra que isso aconteça.
- Vai brincar com a sua mão Justin. Me deixa em paz.
E eu saí dali correndo pra ir me trancar no meu quarto, me deitei na cama e fiquei pensando. Por que ele estava fazendo aquilo? Ele nem gostava de mim. Ele me odiava, assim como eu odiava ele. Mas ele com certeza sabia como me deixar louca, disso eu não tinha dúvida. Foi muito difícil falar pra ele parar hoje, eu não sabia o que eu faria da próxima vez, se é que teria uma próxima vez. E pela primeira vez eu percebi uma coisa. Apesar de tudo, eu QUERIA que acontecesse. Mesmo que eu duvidasse do meu autocontrole eu queria muito que ele me pegasse daquele jeito de novo. Mesmo que eu tivesse problemas para fazê-lo parar. E talvez da próxima vez eu não tentasse impedir. PARA. Se acontecer de novo, eu vou tentar impedir, tenho que tentar. Porque senão ele vai ficar se gabando.
Mesmo assim, não era hora de pensar nisso, eu tinha uma festa na minha piscina planejada pro final de semana, e se eu começasse a me preocupar com outras coisas na terça feira (hoje) ia tudo pro beleléu. Eu tinha que dormir, porque amanhã a joalin ia vir aqui pra gente planejar tudo.
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o melhor amigo do meu irmão-urridalgo
RomanceSabina é uma garota comum, e com a convivência do melhor amigo de seu irmão, que no entanto odeia, cresce um amor onde jamais qualquer um acharia possível. Mas é um dos mais belos amores. Eles descobrirão esse grande amor por um simples jogo de sedu...