capitulo 18 - ainda era bom

3.4K 203 10
                                    


Pela manhã, quando acordei, não consegui me lembrar do sonho que tive, mas não me preocupei com isso.
Olhei pra ele ao meu lado. Ainda estava dormindo, e parecia mais inocente do que da ultima vez que eu o vira assim.

Eu precisava experimentar alguma coisa.

Coloquei meus lábios nos dele com muita delicadeza, fazendo uma leve pressão. Hmm, era bom. Mesmo que dessa vez ele não estivesse me pressionando contra uma parede, ou sendo completamente irresistível, ainda era bom.

Olhei pela janela. O sol não estava totalmente à mostra, ainda devia ser cedo, mas era possível perceber que seria um dia lindo. E falando em como seria o dia, acho que ele não seria tão perfeito se minha mãe visse quem estava ao meu lado na cama. Era a hora dele voltar pro quarto do meu irmão, onde ele deveria ter dormido.

- noah, ei, acorda. – eu sacudi um pouco o braço dele. Ele murmurou alguma coisa inteligível e voltou a dormir. – Acorda, rápido. Ninguém pode ver você aqui. – eu sacudi o braço dele com mais força, mas ele ainda não dava sinais de que iria acordar. – Ai que droga, sai da minha cama noah.

Eu aumentei a força, o que quase fez com que ele caísse da cama. Ele finalmente abriu os olhos.

- Finalmente, hein! – disse, brava.

Ele deu um sorriso fraco; ainda devia estar com sono.

- Dá pra sair daqui? Ninguém pode te ver nesse quarto. Eu acho que ninguém acordou ainda então dá pra você ir pro quarto do meu irmão.

Ele bocejou e se sentou na cama. Ficou me olhando, ainda com o sorriso fraco.

Abri a boca para falar pela décima vez, mas não consegui dizer nada. Os lábios dele encontraram os meus e suas mãos percorreram o meu corpo, como se ele quisesse mais do que ele já tinha recebido noite passada. Lutando contra minha vontade de continuar ali e com a força dele, consegui fazer com que ele me soltasse. Ele me olhou um pouco confuso, enquanto eu apenas apontei para a porta.

- Ok, já entendi. Ir pro quarto do seu irmão. Fingir que eu dormi a noite toda. Eu sei. - a voz dele ainda estava um pouco rouca por causa do sono.

- Se você sabe, o que ainda está fazendo aqui?

Fiz a cara mais cínica que consegui, apesar de achar que não tive bons resultados. Ele estava tão lindo. Era quase impossível ficar nervosa com um rosto e um corpo daqueles. Quase. Ele ainda não se mexia. Era como se o seu corpo ainda não tivesse entendido que ele precisava sair dali. Eu me sentei na cama e estava pronta pra dar um empurrão, um soco, um tapa, um beliscão, um beijo... Qualquer coisa que o fizesse se mexer.

- Tudo bem, tô indo.

Ele se virou pra mim, e com a mais leve pressão, encostou os lábios sobre os meus.

Ele sempre me confundia quando agia assim. Não parecia ser o cara que eu conhecia.

Depois, se levantou, saiu do meu quarto e não houve mais nenhum ruído. Ele provavelmente já deveria estar no quarto do meu irmão, fingindo que passou a noite sonhando com carneirinhos.

Tomei um banho e desci pra comer alguma coisa. Não prestei muita atenção nisso, nem no resto do meu dia, e, pra dizer a verdade, nem no resto da semana. Tudo passou muito rápido, quase despercebido. Era como se eu não pertencesse mais àquele mundo. Eu estava sempre pensativa e meio desligada, o que causou algum estresse da parte da minha melhor amiga, dos meus professores, da minha mãe, e do meu irmão. Mas eu não estava ligando pra isso.

Com relação ao noah, bom, nós estávamos... Nos ignorando. Parecia que a dose de sábado à noite tinha sido suficiente pra nos manter longe um do outro por algum tempo. Eu tinha algumas teorias com relação a isso. Parecia que nós dois éramos uma espécie de droga um para o outro. Precisávamos de doses regulares para nos manter. E sempre procuraríamos por mais. Isso era quase preocupante. Eu nunca tinha sentido um desejo tão forte por alguém na minha vida. E saber que isso era só o próprio desejo, me fazia pensar se eu não estava me tornando algum tipo de animal, guiada apenas pelos meus instintos.

Bom, estar completamente, ér, saciada com relação ao meu desejo principal me deu tempo para outras coisas. Outras coisas leia-se: outros meninos.

Não, eu não estava de caso com outros meninos, ainda não. Mas eu tinha conseguido dois ótimos amigos. Pepe e Matthew. Um ex-ficante lindo e alguém que me ajudou quando eu chorei na escola. Com o Matthew eu conversava todo dia, tanto na escola quanto por mensagem, e ele sempre me fazia rir muito. Com o pepe eu conversava bastante por mensagem, e durante a semana, quando eu fui no clube, ele estava sempre lá.

Os dois foram na minha casa em um dia a tarde também, foi demais. Principalmente porque o noah estava lá e ficou olhando um pouco pra minha, digamos intimidade com os garotos, foi quase engraçado.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora