capitulo 50- vai dizer que você não gostou?

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Já tinha desistido de filosofar quando ouvi três batidas na porta. Abri os olhos sem ânimo, e me deparei com o Noah, parado na entrada do meu quarto.

- Posso entrar? – ele perguntou.

- E desde quando você pede? – eu ri.

- Desde que a Any foi embora com um sorriso malicioso no rosto.

- Será que a gente podia não falar nela? Não quero pensar na any agora. – ele entrou no quarto, e se sentou na cama.

- Mas devia pensar nela o tempo todo. Eu já te disse sobre a inveja, Sabi. E você já deve ser percebido a habilidade dela em se virar contra uma pessoa.

- Já. Mas de qualquer jeito, prefiro não fazer isso agora. – dei de ombros.

Ele se deitou ao meu lado, me forçando a arredar para o canto.

- E o que você quer fazer agora? – ele quis saber.

- Ficar tranquila pra sair com o bay à noite. Quero me focar em pensamentos felizes.

- Posso te fazer ter pensamentos felizes. – mesmo sem olhar, eu podia imaginar o meu sorriso preferido iluminando seu rosto. Ele não mudaria nunca.

- Muito obrigada, mas eu passo. Você já fez mais do que devia hoje.

- Vai dizer que você não gostou? – Noah sorriu.

- Eu não vou dizer nada. – eu sorri um pouco. – Prefiro não me manifestar.

- Quem cala consente.

- Não funciona assim pra mim. Pra mim, se eu ficar calada vou apenas te deixar na dúvida. E pra alguém tão confiante de si mesmo isso já deve ser bem ruim pra você.

- Nossa. Legal saber como sua mente funciona.

- Vá se acostumando.

Ele soltou uma risada meio irônica, e logo depois suspirou.

- Mulheres bem podiam ser mais simples. – Noah falou depois de um tempo.

- Você não pode nos culpar por pensar que sexo não é a solução para todos os problemas.

- Claro que posso. Se vocês pensassem assim, nós homens não teríamos tantos problemas.

Eu me apoiei em um dos cotovelos para poder encará-lo. Ele me olhou e sorriu, esperando minha resposta. Eu pensei um segundo, e mudei o rumo do que eu ia dizer.

- Vocês preferem as complicadas. Se gostassem mais daquelas que acham que sexo é a resposta de tudo, você viveria atrás da sina.

O assunto começou a ficar mais interessante. Eu me sentei na cama e cruzei as pernas, virada pra ele. Ele deitou de lado pra me ver melhor.

- Então, vocês gostam daquela que pisa em todo mundo? Daquela que não fica ninguém? – eu quis saber.

- Se você quer colocar dessa forma, sim.

- E só porque dá mais moral falar que vocês ficaram com ela do que com uma mais fácil?

- Com você falando isso parece tão mais idiota. – ele riu.

- É idiota. Mas interessante. – falei, e ele sorriu.

- Então pra você a mentalidade masculina é interessante. – ele disse, não era uma pergunta. – Já é melhor do que achar que é infantil.

- Só porque é interessante não quer dizer que não seja infantil.

- Mas ainda é melhor do que ser complicada, como a de vocês.

- Talvez... Mas quem é que vai discutir isso, né?

- É um assunto bem complicado. – ele se virou, e voltou a encarar o teto. Ficamos em silêncio por algum tempo, e eu me distraí em olhar ao meu redor. Meus olhos foram parar em um relógio que marcava quase seis horas.

Faltavam aproximadamente duas horas para o bailey chegar na minha casa e eu ainda estava de biquíni.

- Sai daqui. AGORA. – ordenei.

- O que foi que eu fiz agora? – ele me olhou perdido.

- Você me prendeu na piscina, e por causa disso eu ainda estou de biquíni.

- Eu não tenho problema nenhum com isso, se você quer saber. – ele sorriu inocente.

- Não tem nada a ver com você, noah. Vou sair com o bay, lembra? Tenho que me arrumar e ainda estou nesse estado.

- Bom, considerando que eu vou tomar banho e trocar de roupa, sim, você tem que sair.

- Mais uma vez, eu não tenho problema nenhum com isso. – ele sorriu.

Eu me segurei para não empurrá-lo da cama. Respirei fundo uma vez.

- Eu não vou pedir de novo. – eu falei pausadamente. – Se você não sair em três segundos, eu grito.

Ele se sentou na cama, de costas para mim, antes de se virar para me olhar.

- Como se ficar aqui fosse me fazer ver algo que eu não tivesse visto. – ele sorriu, malicioso. Eu o empurrei com força para fora da minha cama, e ele se levantou e ficou parado na porta, sem sair. – Você ainda tem uma chance de me deixar ficar.

- SAI! – eu gritei, enquanto jogava o travesseiro nele. Noah se moveu antes que o objeto pudesse atingi-lo, e foi em direção ao quarto do meu irmão rindo.

Eu me levantei e fui me arrumar para o meu namorado. Parecia uma eternidade desde que eu o vira pela última vez

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora