Capitulo 29-eu só queria me despedir direito

2.8K 147 71
                                    


Dormi até mais tarde no domingo, cansada da noite anterior. Não percebi o dia passando, e quando dei por mim, já era hora de dormir novamente. Minha cabeça ficou o tempo inteiro cheia dos flashes da noite de sábado, e eu tive alguma dificuldade pra me concentrar.

Dessa forma, a segunda feira chegou antes que eu pudesse realmente estar pronta pra ela.

Cheguei na escola cansada, e me sentei na última mesa no canto da sala, deitando minha cabeça sobre ela e fechando bem os olhos. Mas eu não precisava olhar para reconhecer a voz ansiosa que veio falar comigo.

- Conta tu-do. – joalin disse, mesmo cansada, eu ri.

- Ai, Jô , você é boba demais. – falei, ainda sem me levantar.

- Boba nada, ok ? Você pegou aquele vestido meu, então algumas coisas boas devem ter acontecido. Conta. – ela insistiu.

É, ela não ia desistir enquanto não soubesse o que tinha acontecido. Mas eu estava morgada demais pra falar todos os detalhes, ou até pra me lembrar deles.

- Bom, ele me levou pra um restaurante, foi fofo como sempre, e me beijou do jeito mais perfeito do mundo.

- Ah. – joalin suspirou. – E foi só isso que aconteceu a noite toda?

- Foi amiga. Foi só isso. – eu olhei pra ela. – Eu te contaria se tivesse mais alguma coisa, não acha?

- É... – ela pareceu aceitar.

- Saco, o professor chegou.– bufei.

A primeira aula do dia era física. Uma maravilha. Você acaba de acordar e já estoura seus neurônios tentando aprender a matéria.

- Tudo bem, deixa eu ir pro meu lugar. – ela disse, se levantando.

- Ah, Jô . Hoje eu levo seu vestido pra você, ok?

- Ok, sabi. – ela sorriu.

O resto do dia se passou indistintamente. Eu estava com sono demais pra notar em alguma coisa que não fosse realmente interessante. No intervalo, o noah me olhou umas duas vezes, mas nada que durasse mais de cinco segundos.

A joalin  ficou o tempo todo dando indiretas, numa tentativa de arrancar alguns detalhes da minha boca. Bom, ela saberia deles em um dia que eu não estivesse tão quase-morta. E, finalmente, a hora da saída. A única coisa que me fez despertar de verdade. Era possível que aquilo ficasse mais perfeito?

Pisquei algumas vezes, sem acreditar que ele podia estar ali de verdade.

- Sabi, aquele é o...? – joalin também parecia não acreditar.

- bay. – eu completei a frase, tentando me fazer acreditar na realidade.

Ele estava encostado no carro, e o sol batia de leve em seu rosto. O cabelo não estava penteado "pra cima", como sempre. Estava quase... Despenteado. Ele ainda não tinha me visto e, Deus, como estava lindo.

- Jô , eu vou lá, ok?

- Tudo bem. – ela disse, sorridente. – Depois me conta, hein?

- Ok. Beijo, amo você. – eu falei, completamente distraída.

Fui ao encontro dele, que sorriu assim que nossos olhos se encontraram. Eu perceberia depois que já tinha começado a sorrir desde que o vira.

- O que está fazendo aqui? – eu disse, quando estávamos a uns oito passos de distância, ainda sem parar de andar.

- Vim te ver. E te levar pra casa. Se você... quiser.

- É claro que eu quero. – sorri, eufórica.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora