Entrei no meu quarto e me deitei na cama, de barriga para cima e com os olhos fechados.
Mal faziam cinco minutos que eu estava ali, senti uma leve movimentação dentro do quarto, acompanhada de um ruído leve demais.
Tinha certeza de que o que estava se mexendo era a cadeira do computador, e mais certeza ainda de quem a mexia. Apertei mais olhos, como se ele fosse ir embora com isso. Ele percebeu que eu não estava dormindo, nem morta.
- Deixa eu adivinhar... Não aconteceu nada. – Noah debochou.
- Não foi bem nada. Muita coisa aconteceu, e aquilo chegou muito perto de acontecer.
- Mas aconteceu?
Eu suspirei, ainda de olhos fechados.
- Não. – admiti.
- Era isso que eu queria ouvir. – ele parecia estar sorrindo. – Você se lembra da aposta, né?
Eu abri os olhos e me apoiei em um dos cotovelos, ficando deitada de lado, virada pra ele. Noah estava com o short que ele sempre usava pra dormir na minha casa, mas naquele dia estava usando uma camisa branca também. Tentei não me prender a isso.
- E você se lembra que eu já fiquei com você hoje né? – ele abriu o meu sorriso preferido, sem tirar os olhos de mim. – Por favor, não dá pra você esquecer da aposta? É só dessa vez. Se tiverem mais apostas, eu não peço mais pra você esquecer, juro.
Ele se inclinou para frente, encostado os cotovelos nos joelhos, e juntando as mãos.
- Não dá, Sabi. Sabe como é, eu realmente já estava esperando por isso. – ele sorriu mais um pouco.
- Você ficou esperando por isso?
- Digamos que eu já sabia que ele ia amarelar. – ele deu de ombros.
- Ele não amarelou, Noah. Minha mãe chegou.
- Claro, sempre alguma desculpa.
Eu cerrei meus olhos em sua direção, enquanto ele apenas mexeu no cabelo e sorriu.
- Você é a pessoa mais idiota que eu já conheci. – eu disse, ainda com os olhos cerrados, enquanto cruzava as pernas. O vestido, por ser um pouco mais solto, desceu um pouco pela minha perna, deixando uma parte da minha coxa exposta. Vi quando o seu olhar se fixou ali e ele mordeu os lábios.
Tudo isso durou cinco segundos.
- Se você acha isso, é porque não conhece seu namorado direito. Ele é a pessoa mais idiota que eu já conheci, e olha que eu conheço muitos idiotas. – ele falou depois de piscar duas vezes, mas eu não prestei muita atenção no que ele dizia. O olhar dele no meu corpo dizia mais do que ele podia imaginar.
- Eu aposto que você ficou imaginando como seria essa noite. – eu sorri um pouco. – Você estava louco pra isso acontecer. – eu me inclinei pra frente e o encarei firmemente, ainda com o sorriso no rosto. – Você. Me. Quer.
- Do mesmo jeito que qualquer outro garoto de quer. Tirando o seu namorado, é claro, já que ele realmente parece ser gay. – eu ignorei a última parte.
- Não. Você me quer mais do que eles. Você é quase viciado em mim, não é? Você realmente precisa que nós passemos essa noite juntos.
Ele se inclinou um pouco mais, o suficiente para levantar um pouco meu queixo com a ponta do dedo.
- Não quero tanto quanto você quer, Sabi. Pode ter certeza disso.
Eu me apoiei nos meus braços, consequentemente arredando para trás. Ele encostou na cadeira, também se afastando. Ficamos nos encarando por alguns segundos.
- Você não consegue resistir a mim, e eu sei disso. – afirmei.
- Você não resiste a mim. – ele rebateu.
- Consigo resistir por mais tempo que você. – garanti.
- Eu duvido. – ele me desafiou.
- Se eu fosse você não duvidaria de mim. Você não duraria nem dois minutos nas minhas mãos.
- Você se renderia em um minuto, meu amor.
- Vai sonhando. Você não é tão bom assim.
- Quer ver?
- Só se for pra ver você não resistir e implorar pra ficar comigo.
Ele se levantou e foi até a porta, trancando-a. Depois se virou pra mim, sem sair do lugar.
- Quer ver quem desiste primeiro? – ele sorriu maliciosamente.
- Eu não vou brincar de te seduzir, Noah. Não vou competir isso.
- Só porque tem medo de perder.
- Só porque eu acho que é infantil, isso sim.
- Não. É porque você tem medo de não resistir. E depois, de gostar muito de ficar comigo, e de ver como nossa relação é fácil. Tem medo de preferir ficar comigo do que com ele.
Eu voltei a cerrar os olhos.
- Faça o seu melhor. – eu falei pausadamente, destacando cada palavra.
Ele sorriu e tirou a camisa, enquanto andava na minha direção. O corpo perfeito apareceu e eu tive que fazer algum esforço para minha expressão normal. Ele foi até a cama, e se ajoelhou atrás de mim, colocando suas mãos nos meus ombros.
- E o um minuto começa agora. – ele falou, antes de encostar os lábios no meu ombro, enquanto sua mão descia para a minha barriga.
Ele passou seus braços ao meu redor quando levou a boca ao meu pescoço, e ficou algum tempo assim. Meus olhos se fecharam involuntariamente, me fazendo aproveitar demais aquilo. Por fim, ele posicionou suas mãos na minha cintura, e apertou forte de um dos lados, mordendo a ponta da minha orelha logo em seguida. Eu arrepiei.
- E o um minuto termina agora. – ele falou, baixo, no meu ouvido, se levantando da cama e voltando para a cadeira. – Fácil demais, Selena, fácil demais.
- Isso é o seu melhor?
Eu me levantei e fui até ele. Seguindo o primeiro instinto que me veio, sentei em seu colo, de frente para ele. Aproximei nossos rostos o máximo que pude sem encostá-los. Passei minhas mãos pelo seu pescoço, deixando que elas fossem até seu cabelo, se enroscando ali. Ele estava um tanto apreensivo.
- É demais pra você, Noah ? – eu falei no seu ouvido, mordendo sua bochecha, próximo à boca, logo depois.
- Não chega nem perto do que posso aguentar.
Ele abriu o zíper de trás do meu vestido, e deslizou as mãos pelas minhas costas. Quando se aproximou da base da minha coluna, me puxou mais para si, deixando meu rosto um pouco acima do seu.
- Acabou de dar um tiro no pé. – eu sorri.
Passei as mãos pelas alças do vestido, e ele caiu até a minha cintura, deixando a parte de cima do meu corpo à mostra. Eu sorri quando vi a cor do meu sutiã: preto. Ele também estava olhando, e era quase como estivesse se controlando.
- Ouvi dizer que é a sua cor de lingerie favorita. – eu sorri, maliciosa devido ao nosso jogo.
Ele respirou fundo e passou as mãos por debaixo da minha coxa, se levantando comigo presa a ele logo em seguida. Rápida e silenciosamente, ele me encostou na parede, ainda no colo dele.
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o melhor amigo do meu irmão-urridalgo
RomanceSabina é uma garota comum, e com a convivência do melhor amigo de seu irmão, que no entanto odeia, cresce um amor onde jamais qualquer um acharia possível. Mas é um dos mais belos amores. Eles descobrirão esse grande amor por um simples jogo de sedu...