capitulo 13-estou bem

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Então eu senti uma mão afagando as minhas costas, e logo ouvi uma voz, que parecia ser a do dono da mão.

- Ei, você está legal?

- Não, eu não tô legal. A menos que você ache que isso parece legal.

- Tá, desculpa. Eu vou embora. – ouvi a voz se afastar.

Parabéns Sabina, de verdade. Afaste mais um, você não precisa deles mesmo. Eu não podia fazer isso comigo de novo.

- Ei, espera. Eu...Desculpa.

Ele voltou devagar e se sentou ao meu lado.

- Quer me falar o que está acontecendo?

- Se você me falar seu nome primeiro.

- Matthew. O seu deve ser sabina , certo?

- Certo, mas, como você sabia?

- Ah, para. A melhor amiga da any, a menina que se transformou de uma hora pra outra em uma das mais lindas do colégio. Eu conheço você.

- Ah, para você. Ninguém me conhece assim. Ninguém nem gosta de mim nesse inferno de escola.

- É, se eu não fosse da sua sala no ano passado, eu não te conheceria tanto assim. – ele me olhou com um sorriso no canto da boca. Especulativo.

Passei a mão nos meus olh. para tentar afastar as lágrimas, numa tentativa ridícula de vê-lo melhor, pra tentar lembrar. Ele não era tão bonito quanto vocês sabem quem, mas era definitivamente bonito. O cabelo era um pouco grande e saía por baixo do boné, que estava virado para trás. Seus olhos eram de um castanho escuro e tinham profundidade. Os lábios um pouco cheios, com a cor adequada aos lábios de um menino. Me demorei um pouco demais nessa parte do rosto dele. E, sem precisar pensar duas vezes, conclui que eu definitivamente me lembraria dele se já o tivesse visto. Ele continuou me olhando com o mesmo sorriso dançando no canto da boca.

- Você realmente não se lembra, não é? – ele indagou.

Sorri de leve, tentando esconder a vergonha.

- Não, eu não...lembro. – respondi tímida.

- Fica tranquila, nós nem conversávamos nem nada. – ele deu de ombros.

- É, eu acho que minha aparência definitivamente assustava as pessoas até a metade do ano passado.

- É... – ele riu.

- Mas como eu nunca te vi esse ano? Era pra você estar na minha sala de novo, não? Ou você pediu pra trocar de sala? Eu te assustei tanto assim?

- Eu meio que tomei bomba. – ele colocou as mãos na cabeça, meio que se desculpando.

- Ah...tá, explicado então. – eu sorri.

E então o sinal bateu, anunciando o final do recreio. Soltei um suspiro pesado e olhei pra porta.

- Desanimada pra ir pra sala?

- Quase isso. – eu cerrei meus olhos em direção a saída.

- Vamos logo. Ou você vai querer estudar na mesma sala que eu ano que vem? – ele se levantou.

- Quem sabe? Mas... eu não vou pra aula.

- Não vai?

- Não.

- Como você pretende sair dessa escola?

- O muro lá de trás é mais baixo, acho que consigo pular.

- É a primeira garota que eu conheço que fica tão animada quando pensa em pular um muro.

Eu fiquei meio confusa com as palavras dele, mas depois percebi o que ele quis dizer. Eu estava sorrindo, afinal. Isso era quase bom.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora