capitulo 64-depende das sejas intenções comigo

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Quando chegamos a tal festa, fomos direto para o quintal, que era todo gramado, com algumas poucas árvores.

A casa estava lotada e, no meio de tantas pessoas, eu nem sabia quem era o dono dela. Não me preocupei muito com isso. Metade das pessoas ali também não parecia saber.

A música estava alta e a batida era do tipo que te faz querer dançar. Várias pessoas dançavam. Uma mesa com diferentes tipos de aperitivos tinha sido colocada em um canto, do lado de uma mesa com uma variedade enorme de bebidas, a maioria já pela metade. Pepe foi até ela, encheu quatro copos com uma mistura das garrafas que estavam no local, e veio nos entregar. Como ele tinha cumprimentado algumas pessoas que estavam no caminho, imaginei que ele era quem tinha dado um jeito de irmos naquela festa.Joalin foi a única que não bebeu.

- Eu sei que é difícil de acreditar Cells, mas isso aqui está gostoso. – falei pra minha amiga, que se recusava a acreditar.

- Bebe um pouquinho, amor. Só pra você relaxar um pouco. — Matthew falou e sorriu envolvendo a namorada em um abraço de lado.

- Alguém tem que dirigir na volta. Hoje eu vou ser a responsável. — ela protestou, e todos olhamos pra ela, perplexos.

- Deixa ela gente, a joalin ta certa. Eu bebo o copo dela, pronto. – pepe disse e tomou o copo da minha mão, que teoricamente era de Joalin.

Todos nós rimos. Eu estava me sentindo bem. Despreocupada, sem nenhum pensamento me incomodando.

Depois de dançarmos, brincarmos, conversarmos com algumas pessoas até então estranhas e bebermos mais, fomos nos sentar.

Eu estava exausta, mal sentia meus pés. O Pepe foi buscar mais bebidas, e na sua ausência, o casal começou a se pegar do meu lado.

- Não. Se quiserem fazer alguma coisa, vão pra outro lugar. Sem putaria do meu lado. – protestei e eles riram.

- Qualquer coisa você entra na brincadeira e pronto. – Matthew riu, ele já estava bêbado, e minha amiga, sã, deu um tapa um pouco forte demais em seu braço. Eu ri em seguida.

- Você não pode beber. – Joalin olhava pra ele.

Sem responder, ele avançou para ela, beijando-a e fazendo com que os dois quase caíssem sobre mim.

- Já falei que não quero putaria aqui! – resmunguei.

Matthew se levantou rindo e levou a joalin pela mão. Ela sorriu pra mim um pouco antes deles sumirem do meu campo de visão.

Instantaneamente, imaginei o motivo daquele sorriso meio malicioso dela, mas já tinha bebido muito para fazer aquele tipo de analise. Pepe chegou com três copos na mão um minuto depois.

- Ué, onde foram? – ele perguntou, quando só viu eu.

- Foram fazer alguma coisa mais interessante do que conversar com a gente. – disse, rindo.

- Alguém vai se dar bem hoje. – ele estava sorrindo e quase cantando. Me entregou meu copo, colocou o que seria dado ao Matthew na mesa, e se sentou com o seu na mão.

- Ei, é da minha amiga que você está falando!

- Ela já é bem grandinha pra tomar conta dela mesma.

Eu ri de leve, e ele sorriu pra mim.

- Eu tô morta de tão cansada. – suspirei.

- Vou te fazer melhorar. – ele declarou, então pegou meu copo da minha mão, e virou metade do copo do Matthew dentro do meu. Colocou a outra metade no seu copo.

- Você está tentando me embebedar. – olhei pra ele que sorriu. Um sorriso bobo.

- E isso é ruim? — ele falou, não era uma pergunta.

- Depende das suas intenções comigo quando eu estiver bêbada. – eu ri da minha própria piada. Naquele ponto eu já tinha certeza que a bebida estava mexendo comigo.

Ele se aproximou de mim e falou no meu ouvido.

- São as piores possíveis. – ele riu logo depois te ter falado isso.

- Acho que nós já bebemos demais. - eu sorri. Eu não estava raciocinando bem, mas tinha certeza que tinha álcool demais na minha corrente sanguínea.

- Eu tenho certeza. – ele disse, virando o conteúdo do seu copo em sua boca. Jogou a cabeça para trás, encostando-a no sofá logo depois. Eu fiz a mesma coisa. Ficamos algum tempo em silêncio.

- Sabi, lembra da primeira... E única... Vez que a gente ficou?

- NOSSA. Viajou no tempo aí, foi? - perguntei exageradamente, ele riu, e eu ri também.

- É, um pouco sim. – ele se sentou de frente pra mim, na medida do possível, já que estávamos em um sofá.

- Lógico que lembro né, pepe.

- Lembra que você falou que um dia a gente ainda ia poder ficar de novo? – ele se aproximou, centímetros a mais.

- Lembro sim. Quanto tempo isso, cara. – disse descontraída.

- E a gente ainda não ficou. – ele me lembrou.

- É a vida né. – dei de ombros, fingindo não notar o clima notável entre nós.

- Sabina...

- Você está bêbado. Eu estou bêbada. Sabe quais as chances da gente se lembrar disso depois? Não vale a pena. – o olhei firme.

- Não poder nos lembrar é um argumento que eu usaria pra te convencer a fazer isso. – ele  riu.

- E se nós nos lembrarmos? – eu perguntei, arfando, já que ele estava perto demais.

- Quais são as chances? – ele sussurrou, antes de colar os nossos lábios.

No silêncio que se seguiu, tudo se encaixou. Era assim com o Chaz. Suave, natural, delicado. Como da primeira vez, foi ótimo. A única que diferença era que naquele momento a bebida nos deixava mais atrevidos... Mais corajosos.

Ele se inclinou para cima de mim e eu não me importei com quem estivesse vendo. Não chegamos a nos deitar. De alguma forma, era quase como se ele me respeitasse demais para fazer isso.

Ficamos ali não sei por quanto tempo. Foi até a joalin chegar, nos chamando pra ir embora.

Já eram quase cinco horas da manhã.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora