capitulo 38-eu disse que você não ia conseguir pegar

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O final de semana voou, e quando eu percebi era segunda-feira de novo. Os dias estavam se passando monotonamente, sem grandes novidades. Ou talvez, com algumas novidades, e eu que estivesse meio boba com a volta da any.

Nós duas estávamos nos dedicando a ter nossa amizade de volta, enquanto eu me preocupava em não deixar a joalin nem os meninos pra trás.

Era difícil às vezes, mas a any teria que entender que ela tinha ido embora, e que eu tinha reconstruído minha vida. Tinha criado uma nova vida onde ela não existia, e onde não existiam os planos de tê-la de volta.

Dava pra ver que ela estava se esforçando pra entender, do mesmo jeito que era perceptível o jeito como ela ficava triste quando eu abria mão de alguma coisa com ela para sair com meus outros amigos. Mas bom, a vida era assim.

E o noah a estava mantendo ocupada, com seus planos e suas noites fazendo uma coisa que eu não quero nem imaginar. Então, ela se contentava em sair com ele, ao invés de sair comigo, pelo menos de vez em quando. Ele também estava feliz, eu acho. Estava com uma das meninas mais lindas da escola, e estava tirando todo o atraso de quando ela não estava aqui. E eu podia ter certeza que toda aquela alegria dele tinha uma razão: sexo. Quase todos os dias. Talvez isso não fizesse bem, mas afinal, quem se importa de verdade.

Com relação ao meu relacionamento, tudo estava maravilhoso. Com o noah e a any juntos, ele parou com o ciúme obsessivo, e podíamos curtir nosso tempo juntos de verdade, sem as briguinhas idiotas. Ele continuava fofo como sempre, e eu continuava completamente apaixonada por isso. Acho que estava na cara que nós éramos o casal apaixonado do ano, e disso ninguém podia duvidar. E a maior prova disso era uma pulseira, com nossas iniciais, que eu não tirava do braço nem sob ameaça de tortura.
Enfim, parecia que tudo tinha voltado ao normal, se você considerar a perfeição normal, claro.

Quase um mês se passou, e as coisas ainda estavam indo bem, e eu achava isso incrível. O que não foi tão incrível foi como as coisas voltaram a desandar, como numa fileira de dominós.

Eu estava em casa, numa sexta-feira a noite, já arrumada para sair com o meu namorado.

Ele tinha dito que ia se atrasar um pouco, então eu estava assistindo televisão... com o noah. Ele estava deitado no sofá, eu estava sentada na poltrona e o controle estava na minha mão, ele não parecia gostar muito disso.

- Esse programa é ridículo. – ele disse pra me provocar.

- Eu gosto. E essa é minha casa. – dei a língua.

- É, mas o programa ainda é ridículo. – ele disse, se levantando do sofá, e rindo um pouco.

- Ai, você não deveria estar em algum lugar com a any não em vez de ficar aqui, me enchendo a paciência?

- Deveria... Se eu não tivesse terminado com ela.

Meu coração parou de bater num átimo. Esperei calada até ele voltar da cozinha.

- Você. Terminou. Com ela? – eu disse, enquanto ele se sentava.

-É. Acho que ela não tinha truques novos afinal. – ele sorriu, despreocupado.

- Como eu não suspeitei que esse dia acabaria chegando?

Ele deslizou no sofá pra perto de mim, com o sorriso que eu gostava no rosto.

- Você não esperava que eu casasse com ela, esperava? – ele me olhou. Os olhos dourados demais.

- Não. – eu fiz uma careta pra ele. – Só esperava que durasse mais.

- Durou um mês. Foi tempo até demais. – ele riu, se aproximando mais. – Não sou como seu namorado, Sabi. E não sei como vocês duram tanto tempo sem... Você sabe. - Ele segurou minha pulseira, analisando os pingentes. – Você não tira isso, tira?

- Não, não tiro. E se você esta com ciúmes, eu também não tiro o colar.

- Não é ciúmes. É só...

E ele arrancou o controle da minha mão. O josh se juntou a nós na sala, rindo, assim que isso aconteceu. Noah se afastou de mim rindo, e mudou de canal rapidamente. Futebol.

Eu me levantei da poltrona e andei até ele, que escondeu o controle embaixo de si.

- Me dá o controle, Noah. Agora.

- Não. – ele sorriu divertido.

- ME DÁ. – eu quase gritei, e ele riu.

- Vem cá pegar. – ele piscou.

Não pensei mais de uma vez. Fui pra cima dele, tentando arrancar o controle de suas mãos. Ele girava, me empurrava, e tentava colocar o controle embaixo das almofadas enquanto isso. Ele e meu irmão riam, e eu não consegui ficar séria.

Quando me dei conta, estávamos brincando feito crianças, e rindo como elas também. Estava tão concentrada em pegar o controle, que não percebi quando a capainha tocou, e nem quando meu irmão se levantou pra atender a porta.

Só me dei conta que tudo isso tinha acontecido quando olhei pra porta, e vi o Bailey ali parado, observando a cena seriamente. Saí de cima do noah, peguei minha bolsa e andei até o bay, enquanto arrumava o cabelo. O cumprimentei com o selinho, e senti o ar na sala ficar mais denso. Mas as coisas ainda podiam piorar.

- Eu disse que você não ia conseguir pegar. – noah sorriu.

- Fica pra próxima. – foi tudo o que eu consegui dizer.

Senti o bay me puxando, e acenei pro meu irmão e pro amigo dele, que ficavam dentro de casa, e que sumiram assim que a porta foi fechada.

Entrei no carro com o bay cuidadosamente, enquanto ele se recusava a não dizer nada. Se eu o conhecia, estava se remoendo por dentro, mas parecia que dessa vez não ia quebrar o silêncio.

Com um suspiro, decidi que eu mesma ia ter que fazer isso.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde histórias criam vida. Descubra agora